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sábado, 30 de abril de 2011

Um espaço um pouco mais crítico

                                         

No início dos anos 60 do século anterior a revolta dos guetos da cidade de Filadelfia, nos Estados Unidos, cujo prefeito declarara: "A partir de agora as fronteiras do Estado passam pelo interior das cidades", que foi uma frase destinada aos cidadãos discriminalizados do estado americano., que traduzia o reflexo ideológico do "Muro de Berlim" que havia sido construído na capital do Reich durante a vigência do nazismo na Alemanha. Desde o acontecimento, que ocorreu em 13 de agosto de 1961 - fase da Pré-Modernidade -, a afirmativa se confirmou em cidades como Belfast e Londonderry, que segundo o autor Paul Virilio "até bem pouco tempo algumas ruas contavam com uma faixa amarela separando o setor católico e o setor protestanteantes, antes  que ambas as partes se mudassem para mais longe deixando um "no man's land" (terra de ninguém) dividir ainda mais nitidamente suas residências".

Ainda, segundo o autor, teve Beirute, em que haviam setores Leste  e Oeste, fronteiras internas, com seus túneis e avenidas minadas. A frase em questão dita rebelara um efeito que atingia tanto as capitais do país, quanto o interior das cidades americanas da época, e que atualmente atinge todos os países do mundo, em que cidade e empresas sofriam e sofrem reflexos vindos da economia multinacional, o que nos remete à Globalização.

Nos anos de 1960 - anos de Pré-Modernidade - houve uma reorganização urbana mundial, o que  contribuiu para o esvaziamento de cidades como Liverpool e Sheffield, na Grã-Betanha, que se transformaram em cidades dormitório, por serem próximas à outras cidades com centros urbanos vigorosos - como acontece com as cidade de Duque de Caxias e Xerem, em que muitas vezes, pessoas que residem nelas trabalham no Rio de Janeiro -, ou como em Detruitou Saint Louis, nos Estados Unidos etambém como em Dortmond, na Alemanha.

Foi a partir de 1970 , com o início da crise do petróleo, que a construção de aeroportos ganhou o "status" da luta contra a pirataria mundial, em que os projetos arquitetônicos "passaram a ser concebidos em função da contaminação terrorista" e também a organização dos espaços passou a conceber, por exemplo, zonas de chegada e de partida: sistemas de desvio de tráfego, em que a arquitetônica passou a refletir precaussões à segurança nacional, em que os aeroportos, na Modernidade, e já na fase Pré-Moderna também, tornaram-se Fortes, pois os portos ou as estações de trem do passado, eram tidos como os locais de trocas do passado - no Japão as precaussões na arquitetura são referentes aos terremotos, que se sucedem à todo momento no país.

Atualmente, segundo Paul Virilio, diversas áreas residenciais americanas têm o policiamento realizado através de circuito interno de televisão que são ligados à postos televisivos de monitoramento, que se transformaram no local de encontro da Modernidade e não mais nas estações de trem e as delegacias.

Na Modernidade a ruptura de continuidade não se dá mais nos limites do setor urbano, mas sim na "duração" dos eventos e acontecimentos sociais.

Virilio argumenta: "Duração esta que as tecnologias avançadas e a reorganização industrial não cessam de modificar através de uma série de interrupções e de oculttações sucessivas ou simultãneas  que organizam e desorganizam o meio urbano".

A Revolução dos Versos é fruto dessa fragmentação da sociedade. Foi daí que surgiu as Sopinhas de Versos, que são trechos de poesia, e não poesias inteiras - e cansativas - que é o reflexo da dinamicidade social, do encurtamento da "duração" dos eventos e manifestações ocorridas na sociedade de massa, que é envolvida por vários segmentos de informação. Nesta sociedade cabe ao leitor-consumidor escolher e consumir o seu nicho de preferências...

                                                                      Dennys Andrade    

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