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sábado, 30 de abril de 2011

Um espaço um pouco mais crítico

                                         

No início dos anos 60 do século anterior a revolta dos guetos da cidade de Filadelfia, nos Estados Unidos, cujo prefeito declarara: "A partir de agora as fronteiras do Estado passam pelo interior das cidades", que foi uma frase destinada aos cidadãos discriminalizados do estado americano., que traduzia o reflexo ideológico do "Muro de Berlim" que havia sido construído na capital do Reich durante a vigência do nazismo na Alemanha. Desde o acontecimento, que ocorreu em 13 de agosto de 1961 - fase da Pré-Modernidade -, a afirmativa se confirmou em cidades como Belfast e Londonderry, que segundo o autor Paul Virilio "até bem pouco tempo algumas ruas contavam com uma faixa amarela separando o setor católico e o setor protestanteantes, antes  que ambas as partes se mudassem para mais longe deixando um "no man's land" (terra de ninguém) dividir ainda mais nitidamente suas residências".

Ainda, segundo o autor, teve Beirute, em que haviam setores Leste  e Oeste, fronteiras internas, com seus túneis e avenidas minadas. A frase em questão dita rebelara um efeito que atingia tanto as capitais do país, quanto o interior das cidades americanas da época, e que atualmente atinge todos os países do mundo, em que cidade e empresas sofriam e sofrem reflexos vindos da economia multinacional, o que nos remete à Globalização.

Nos anos de 1960 - anos de Pré-Modernidade - houve uma reorganização urbana mundial, o que  contribuiu para o esvaziamento de cidades como Liverpool e Sheffield, na Grã-Betanha, que se transformaram em cidades dormitório, por serem próximas à outras cidades com centros urbanos vigorosos - como acontece com as cidade de Duque de Caxias e Xerem, em que muitas vezes, pessoas que residem nelas trabalham no Rio de Janeiro -, ou como em Detruitou Saint Louis, nos Estados Unidos etambém como em Dortmond, na Alemanha.

Foi a partir de 1970 , com o início da crise do petróleo, que a construção de aeroportos ganhou o "status" da luta contra a pirataria mundial, em que os projetos arquitetônicos "passaram a ser concebidos em função da contaminação terrorista" e também a organização dos espaços passou a conceber, por exemplo, zonas de chegada e de partida: sistemas de desvio de tráfego, em que a arquitetônica passou a refletir precaussões à segurança nacional, em que os aeroportos, na Modernidade, e já na fase Pré-Moderna também, tornaram-se Fortes, pois os portos ou as estações de trem do passado, eram tidos como os locais de trocas do passado - no Japão as precaussões na arquitetura são referentes aos terremotos, que se sucedem à todo momento no país.

Atualmente, segundo Paul Virilio, diversas áreas residenciais americanas têm o policiamento realizado através de circuito interno de televisão que são ligados à postos televisivos de monitoramento, que se transformaram no local de encontro da Modernidade e não mais nas estações de trem e as delegacias.

Na Modernidade a ruptura de continuidade não se dá mais nos limites do setor urbano, mas sim na "duração" dos eventos e acontecimentos sociais.

Virilio argumenta: "Duração esta que as tecnologias avançadas e a reorganização industrial não cessam de modificar através de uma série de interrupções e de oculttações sucessivas ou simultãneas  que organizam e desorganizam o meio urbano".

A Revolução dos Versos é fruto dessa fragmentação da sociedade. Foi daí que surgiu as Sopinhas de Versos, que são trechos de poesia, e não poesias inteiras - e cansativas - que é o reflexo da dinamicidade social, do encurtamento da "duração" dos eventos e manifestações ocorridas na sociedade de massa, que é envolvida por vários segmentos de informação. Nesta sociedade cabe ao leitor-consumidor escolher e consumir o seu nicho de preferências...

                                                                      Dennys Andrade    

A efervescencia dos anos 60

Segundo o site (pt.shvoong.com/books) os anos 60, no Brasil, foram anos de rebeldia, mais do que o slogan "sexo, drogas e rock'n roll" revela, pois foram estes anos revolucionários, em que aconteceram: a revolução sexual - com a pílula anticoncepcional -, a intensificação da Guerra Fria, em que rivalizavam Estados Unidos e União Soviética, como a corrida armamentista, a chegada do homem à lua... Estes foram anos em que as mulheres queimaram situãs em praça pública, anos da contracultura manifesta, principalmente a cultura hippie.

No Brasil houve o Golpe de 64 pelos militares, que teve como momento culminante o AI5 de 1968, com a censsura e movimentação cultural da Jovem Guarda, dos festivais da MPB e o tropicalismo...  

Mosaico de Cultura Leopoldinense

                              Mosaico Cultural

O bairro da Penha é mosaico de cultura, seja na música, artes-plásticas, artes cênicas e poesia... Foi nele que a Revolução dos Versos começou, e é no bairro que está havendo, de maneira cada vez mais intensa, uma produção cultural que se extende para bairros vizinhos, como Ramos, Olaria, Bonsucesso e Villa da Penha.

Na Villa da Penha existe já um movimento cultural intenso, que é feito pelo Evando dos Santos, que é o dono da Biblioteca Comunitária Tobias Barreto, e isso é legal, muito legal, mas ele se resringe...

O Evando gosta de se manifestar apenas no bairro onde ele mora, então existe, meio que uma espécie de cerceamento da cultura manifesta, concentrada no bairro. 

Como os bairros tem tendência ao isolamento na questão da cultura, as manifestações culturais de rua são realizadas somente nos limites bairristas cariocas. Um exemplo desse isolamento que existe foi quando, na segunda metade de 2006, que participei de um grupo que se organizou para realizar saraus itinerantes do na Penha, dei a sugestão de o grupo se aproximar das manifestações que estavam sendo realizadas na biblioteca comunitária da Villa da Penha e recebi como resposta de uma das organizadoras: "A biblioteca comunitária é uma coisa da Villa da Penha. Deixa ele lá com a biblioteca dele e vamos nos manifestar aqui", não exatamente com essas palavras, mas na síntese foi isso.

O grupo, idealizado pelo escritor Mário Xavier se chamava "Sarau Cultura e Poesia na Penha Acontece", que se formou apenas para organizar saraus de poesia, que no bairro, na época dessese encontros, não tinha nenhum. Como eu estava fazendo faculdade de Comunicação Social, da divulgação nas mídias, quem cuidava era eu, mas fazia a divulgação e dava o telefone da Biblioteca Popular Alvaro Moreyra, que é a biblioteca do bairro. Isso acabou gerando um certo desconforto, pois as pessoas ligavam e perguntavam por mim, e como eu não estava no local, falavam com a pessoa representante do grupo da biblioteca mesmo.

Isso gerou uma certa inveja do seu Mário Xavier, que além de escritor também era jornalista... As pessoas começaram a me rotular como "o inimigo do seu Mário".

Na época eu também tive a oportunidade de fazer um programa na rádio comunitária da Penha, a Rádio Rayzes FM, que eu precisava fazer um trabalho para a faculdade sobre uma ONG e fiz sobre a nstituição. Aproveitei para fazer a proposta de um programa de rádio voltado para a poesia - que não havia na época! Seis meses depois consegui o espaço na rádio. Como eu tenho um livro de poesia que se chama "Um Toque de Poesia", o nome do programa ficou sendo Toque de Poesia mesmo.

O programa teve uma vida breve, durando desde o início do mês de setembro de 2006 até dezembro do mesmo ano. Tinha um senhor, que particiava do sarau, o Paulo Roberto, que fazia o programa comigo, falando uma poesia dele no final... Acho que isso contibuiu para o desentendimento com o seu Mário, pois ele também havia sido locutor de rádio ...

O primeiro encontro deste grupo foi realizado, no mês de agosto, na Biblioteca Popular Alvaro Moreyra mesmo. O segundo foi realizado no Colégio São Fabiano, ocasião em que consegui levar o RJTV para fazer a cobertura do evento: no dia seguinte teve uma "nota pé" no jornal, com uma inserção rápida de imagem: o que não foi nada, mas que já foi alguma coisa!

No mês de outubro o sarauf oi feito no Colégia Nova Jerusalém, que ficava na rua do Couto, esquina com a Leopoldina Rego, e que até já trocou de nome. Neste evento, fui, falei minha poesia, mas percebi que a linguagem poética estava sendo deixada de lado. Minha esposa, namorada na época, viu um papel com todos os nomes das pessoas do bairro que iriam se apresentar no dia, logo depois de eu ter recitado minha poesia, e me perguntou: "Por que o seu nome não está ali?", respondi que não sabia e fui para casa.

No dia seguinte, cobrei explicações da Ana Cristina, diretora da Biblioteca Popular Alvaro Moreyra na época... Recebi como resposta a seguinte pérola: "Não tinha porque o seu nome estar naquele papel porque você é só um poeta" - saí do grupo!

Acho que em novembro teve outro sarau, na própria biblioteca, e no mês seguinte o sarau acabou. Fiquei sabendo tempos depois que o sarau teve fim porque o seu Mário Xavier havia morrido e este sarau ficaria como uma espécie de legado para ele no bairro.

O programa de rádio também acabou porque estava tomando muito o meu tempo e eu precisava terminar a faculdade, afinal, eu fazia-o como uma espécie de trabalho voluntário - não ganhava nada!

Bem, o programa Toque de Poesia, pesar de sua vida breve, pelo que eu pude perceber na época, foi o que inseriu um coditiano cultural no bairro da Penha - me orgulho muito de o ter realizado enquanto pude!

No ano seguinte o Miguel Gustavo, um dos vice-presidentes do Olaria Atlético Clube me convidou para organizar um sarau de poesia em uma padaria no bairro de Olaria... Disse a ele que tudo bem. O nome da padaria era Confeitaria Alhambra.

O sarau, em si, não tinha nome, então era chamado de "Sarau de Olaria" mesmo. Começou com três pessoas apenas, no dia 26 de maio de 2007. Ficou definido que toda última quarta-feira do mês ele seria feito lá.

Eu sempre chamava outros poetas, de outros saraus de poesia do Rio, utilizando a interne.. No segundo houveram cinco pessoas, e entre elas o Jonas, que sempre apresentava os eventos culturais do bairro...

No terceiro, os poetas que eu chamava pela internet, apareceram todos de uma vez! Na Confeitaria Alhambra, que fica em frente à Estação de Olaria se encontravam mais ou menos umas 20 pessoas.

No quarto, ainda na Confeitaria, como teve um assassinato na rua de trás do estabelecimento, acho que um ou dois dias antes da última quarta-feira do mês, houveram poucos participantes.

Quando o sarau passou para o clube do Olaria foi que ele morreu de vez, pois  nos jogaram em um parquinho cheio de mosquito... Ainda teve dois encontros lá, mas que acabou morrendo também.

Bem, esse foi o início das manifestações culturais no bairro da Penha e da região da Leopoldina também, pois o sarau, neste período, passou de um bairro para outro. Não teve continuidade porque poesia, a linguagem poética em geral, é um hábito que precisa ser cultivado. É como ler jornal de manhã no café.

Como o Jonas participava desse saraus que eu organizava, em outubro de 2009 ele me chamou para fazer um sarau no Centro Cívico. Disse que tudo bem e que seria na semana seguinte... Na quinta-feira seguinte foi realizado o Sarau Leopoldinense, dia 29 de outubro, em que foi proclamada a Revolução dos Versos no bairro da Penha e que só veio a aflorar mesmo em dezembro de 2010, com as Sopinhas de Versos!!!
  

                                                                      Dennys Andrade

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Reflexo da Modernidade

                                          Novos reflexos...

Segundo o jornalista Nelson Motta - na Modernidade -, na era Lula o que houve foi uma reedição do sindicalismo, que Getúlio Vargas inaugurou com o PTB, em 1950, quando foi eleito pelo povo, levantando a bandeira do trabalhista. Antes, no período entre 1930 e 1945 - que alguns autores é tido como o fim da segunda fase do Modernismo de 1922 -, quando ele foi posto no comando da nação pelos militares que fizeram a Revolução de 30, retirando Washiton Luis da presidência.

Segundo o jornalista, os integrantes deste novo sindicalismo, no seculo 21, tinham como missão "lutar contra o patrão ganancioso, para melhorar direitos, salários e condições de trabalho da categoria", mas quais são os ensinamentos da cartilha sindical sobre administração bancária, créditos, spread, investimentos, juros, taxa, mercado e sobre a tecnologia? (...) Quais os ensinamentos do sindicalismo do século passado?

Bem, fica atestado que os fatos que inauguram a Modernidade na economia foram as crises financeiras enfrentadas neste início de século 21, com o Mercado inserido na globalização: bancos privados e  bancos estatais têm de lutar para conquistar os memos clientes, que são os mesmos indivíduos atomizados que a sociedade de massa criou.

"O que é o roubo de um banco compadaro à fundação de um banco?", pergunta Bertold Brecht. Pergunta esta que era uma palavra de ordem da militância esquerdista brasileira dos anos 70, e que segundo Motta, ainda é. Neste início de segundo decênio do século 21 houve a ajuda financeira do governo para impedir que o banco de Silvio Santos, o Panamericano, , entrasse em processo de falência.


Estes são alguns reflexos da Modernidade - a fase literária que estamos atravessando atualmente - que na Revolução dos Versos, com a fragmentação ocorrida nas bases da sociedade, com a aceleração dos processos de construção e desconstrução da relidade, que são processos dinamicamente ocorridos, que, como diria Marx: "Tudo o que é sólido desmancha no ar". O marxismo foi a ideologia dominante dos anos 80 e 90, os anos do que se pode chamar de Pré-Modernidade.

 Para Nelson Motta; "esse bancários que viraram banqueiros de araque, com capital alheio, simbolizam uma das mais nocivas distorções da era Lula", que o governo sucessor de Dilma Rousseff, que é do mesmo partido e tem a mesma ideologia, tem de começar a desmontar, dando o início do fim da ideologia petista.

Segundo os músicos Dado Villa-Lobos, Dudu Falção e Leoni, que estão engajados na ampliação da proteção dos direitos autorais no país e contra a pirataria "é óbvio que quem não quer fiscalização tem que ser fiscalizado", que é uma frase de alerta para poetas e artistas em geral, pois é preciso estar sempre atento ao que é veiculado na mídia, e também influenciar sobre ela, concordando ou discordando do tipo de manifestação artística cosntruída pela mídia, através da internet. E para citar mais uma vez os três artistas descritos, que assinaram juntos um artigo em proclamavam: "Que a arte nos ilumine e nos faça ir adiante n discussão".

Voltando-se agora na direção de manifestações não midiáticas, mas tão artísticas quanto, que são as ediçoes de livros e o interesse por elas no pais, posso dizer que no mercado brasileiro, segundo a revista Veja, do dia 8 de abril de 2010,  em que o interesse do leitor por história, particularmente é pela história do Brasil. O veículo "propõem uma visão panorâmica da gênese nacional". citando o autor Leandro Narloch, em que em sua obra demonstra alguns dos lugares-comuns brasileiros, como a visão romantica que diz que os índios, por exemplo, viviam em um Éden pacifista antes da chegada do portugueses.

Segundo Jerônimo Teixeira, o autor Eduardo Bueno foi um dos primeiros desse tipo de literatura, com a série Terra Brasillis, que faz uma revisão dos primórdios da colonização nacional. Esta série de livros foi iniciada em 1998 com a obra "A Viagem do descobrimento". 

O autor relata "sempre fui apaixonado por esse período, do qual tenho uma visão conscientemente romantica. E achava que essa história não poderia ficar aprisionada dentro da sala de aula".

Bueno afirma que não tem uma "lembrança agradável do que ouvia nos bancos escolares", pois não haviam pessoas de carne e osso na literatura didática.

Segundo Teixeira "um esforço comum das obras de divulgação histórica é dar contornos palpáveis à vida do passado - no que  se beneficiam das pesquisas acadêmicas das vida privada e da chamada "micro-história".

Para o autor, além dessa atenção com o homem comum, há também uma nova consideração pelos figurões, e é por isso que a biografia se tornou um gênero forte neste início de século 21.

Segundo o artigo "Um passado bem presente", a atualidade é regenerada pelo interesse do grande público, pois o papel do indivíduo "vinha sendo menospresado pela história, mais à esquerda: "O engessamento provocado pelo marxismo dentro da universidade ocultou um dos gêneros mais apaixonantes da história", diz Mary del Priori, que juntamente com Renato Venancio descreveram as "presumíveis agruras dos marujos que viajaram nas caravelas com que Pedro Álvares Cabral, que aportou na Bahia, em 1500.

Sgundo Mary a obra "Breve História" surgiu da ansiedade dos ouvintes de suas palestras corporativas, que diz ainda acreditar que "a história pode até ajudar no crescimento profissional". Afirma também que essa corrente de pensamento, por si só, seria reputada por correntes de esquerda, pois o estudo da Hisatória  deveria servir apenas à uma revolução e não ao sucesso no emprego - o que já é uma mudnça de paradígma.

Duda Teixeira afirma ainda em sua matéria que os best-sellers de história, no século 21, tem a função de "sanar as deficiências da escola, corrigindo distorções, às vezes até caricaturalmente ideológicas que existem em alguns livros livros didáticos. O jornalista afirma que "o mundo que está ao redor não parece  resultado dessa história que ensinam"... É, afinal: "Tudo o que é sólido desmancha no ar", e o mundo hoje é o produto de ações feitas no passado, é o resultado da Revolução dos Versos, que foi se construindo nos anos 80 e 90 e que agora, no século 21, está vigente!

                                                                     Dennys Andrade        

Poema de José de Alencar

Há tempo para cada coisa.
Tempo de viver,
Tempo de morrer.
Tempo de iniciar,
Tempo de terminar.
A vida é assim.

              (José de Alencar, ex-vice-presidente da república do Brasil)

Madrigais e música

A crítica de Luiz Fernando Vianna à música carioca, vai de encontro ao ideal da Revolução dos Versos, que enxerga como POESIA tadas as manifestações culturais existentes no cenário nacional.

Para se ocasionar uma ruptura no cenário artistico é importante que haja uma crítica, como aconteceu na Semana de Arte Moderna de 22, que o jornalista Monteiro Lobato criticou a manifestação paulista acontecida no Teatro Municipal da cidade.

Bem, no Rio a crítica veio dias antes de acontecer um novo encontro poético no Centro da cidade - o Sarau da Carioca do dia 6 de maio -, que é um movimento que já está dando o que falar, enfim, porque, sempre é assim e sempre foi assim...

Aconteceu a mesma coisa com o compositor Cláudio Monteverdi, no ano e 1605, na Itália... Foi ele que rompeu com o renascimento, inaugurando o Barroco. O poeta foi o responsável por dar a "liberdade absoluta" ao madrigal italiano, com a obra "Quinto Livro de Madrigais", com o qual entrou em polêmica com o crítico musical Giovanni Maria Artusi, que era defensor do contraponto polifônico musical: coisa que Monteverdi conhecia bem, mas queria fazer diferente!

Segundo Monteverdi, o artista - poeta - deveria criar as suas próprias regras na tentativa de se chegar ao efeito desejado. No caso, para "projetar um texto que impactasse o ouvinte".

Mais tarde, o próprio crítico Artusi, que criticara a mudança ocorrida - o rompimento ocorrido de uma fase musical para a outra - aderiu ao movimento e percebeu que a ideia de que a música tinha leis invioláveis não servia mais, tornando-se admirador do compositor.

Foi ele, Monteverdi, que alcançou o ideal do grupo Camerata... O primeiro drama musical que fez foi Orfeo (1607), o que ocasionou uma revolução na arte musical da época, pois conseguiu ampliar a capacidade vocal dos cantores, colocando cerca de 40 músicos em cena, que em certos momentos, eram utilizados apenas partes instrumentais. Cláudio Monteverdi compunha óperas e madrigais, reunindo em suas obras a paixão e a devoção religiosa.

                                                                       Dennys Andrade

Homenagem à Monteiro Lobato

Este é um artigo que o Francisco Olivá, um dos livreiros do Largo da Carioca, que é integrante da Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC) escreveu, e que foi lido no segundo sarau realizado no dia 18 de abril, no Largo da Carioca, à pedido dos livreiros:

"Hoje, dia 18, se vivo Monteiro Lobato, se vivo Monteiro Lobato estaria completando 129 anos, nenhum escritor brasileiro sofreu tantas injustiças como M. Lobato: foi peso por querer dar petróleo ao Brasil, seus livros foram proibidos de circular, taxado de despnesto 'no jornal O Globo nos idos 30.Até em Portugal seus livros foram proibidos de circular...
No momento atual um grupo  de pseudos intelectuais sem conhecer todo o conjunto de suas obras, taxando de racista, puro oportunismo, estes desconhecem o que o primeiro livro que Lobato escreveu foi para dar nome e identdade ao personagem negro mais importante do Folclore Brasileiro, que é o Saci.
Antes de Lobato  cada estado tinha um Saci diferente. Lobato fez uma longa enquete com todo o Brasil, onde resultou no nosso saci de hoje.
Esses pseudos intelectuais desconhecem a biografia de Lobato, pois na sua biografia, eu contei quatro vezes que ee chora de emoção, todos por gente negra.
Pinçaram ditos e frases para detonarem Lobato. Até eu se pinçasse frases da Bíblia  faria um livro faria um livro proibido para crianças. Se eu pinçasse frases do Dom Quixote de la Mancha taxaria Cervantes como um psicopata, enfim, ninguém pode analisar alguém por frases soltas, sem analisar toda a sua obra...
Para finalizar, foi Monteiro Lobato o primeiro brasileiro de nome que teve a coragem de escrever no livro "Escândal do Petróleo e do Ferro" que Pinto Martins foi assassinado por querer dar petróleo ao Brasil. Diz ainda o autor  que Martins é o segundo mártir do Petróleo Brasileiro. Viva!"

Um adentro meu:

É por isso que se diz que quem foi o primeiro a descobrir petróleo no Brasil foi Monteiro Lobato, que achou petróleo atrás do Sítio do Piacapau Amarelo!

Na verdade ele foi o primeiro a dizer isso publicamente, nos seus livros, pois o alto escalão ´político brasileiro, do início do século 20, foi proibido de comentar este fato, por que iria aumentar o preço do petróleo. Os Estados Unidos eniou uma comssão para analisar se o país tinha realmente o bem mineral e qual a qualidade dele.. Constatou-se que o Brasil não só tinha o bem natural, mas que esse era de alto valor, então, por razões econômicas, claro, os EUA vetaram o petróleo do Brasil, que é vetado em vários outros bens naturais, como as 'areias monazídicas', da qual o país tem em abndãncia, de onde é possível se fazer chegar ao composto químico da "Bomba Atômica" de maneira mais rápida e barata, segundo o militar Renato Archer, do que o processo que os Estados Unidos utilizam, por exemplo. É por isso talvez que volta e meia haja um portaviões de tropas americanas parado, ao fundo da práia de Copacabana... Quando há algum resquício de movimentação militar na Venezuela ou a Bolívia, por exemplo, é lá, na práia de Copacabana, que tropas americanas aportam - a práia de Copacabana fica muito distante das fronteiras dos países sul-americanos citados.

Razões políticas e econômicas... É isso que move o monto!!!

                                                                     Dennys Andrade   

quinta-feira, 28 de abril de 2011

A crítica do Vianna

Hoje ao ler a matéria de capa do Segundo Caderno do Globo, não me contive e me indignei!

Segundo a matéria do jornalista Luiz Fernando Vianna, página 2 do caderno, ele diz que: "A falta de uma reflexão crítica no Rio pode ter um fundamento econômico"...

Pois é no Rio existe sim uma reflexão - reflexão crítica! - com relação às artes, o que inclui a reflexão musical também... Mas essa reflexão musical, que é pautada na economia de uma sociedade de mercado - em que vivemos - também é pautada por uma reflexão ideológica, que anda enfraquecida, mas que existe!

Segundo Marcelo Calado, bateirista de Caetano Veloso, o Rio de Janeiro tem artistas tão bons quanto os de São Paulo, a diferença é que lá estes artistas se organizam melhor! Ele afirma ainda que "o público aqui só se interessa por quem está estourando", e como ele mesmo diz: "Nós, músicos, somos um pouco da turma do chileno", pois afirma não terem eles um pensador, como o Romulo Fróes, em São Paulo.

De acordo com o pensamento de Mariano Marovato, doutorando da Pontifícia Universidade Católica (PUC), na música carioca falta de tudo, e talvez até, como relata, "argumentação crítica devido ao comodismo", pois a música em processo acabou porque as pessoas só vão aonde todo mundo vai... na verdade, segundo a matéria "Quem pensa esta cena?", a atitude de coesão (paulista) é maior do que os da Música Popular Carioca (MBC), que a mídia tentou rotular como Farofa Carioca.

No Rio de Janeiro, não só na música, mas também nas artes plásticas, artes cênicas, poéticas e todas as outras também se encontra, meio que bagunçadas, o que segundo a Teoria do Caus, no meio desta bagunça é possível se encontrar uma ordem.

E quem vai dar esta ordem, este ordenamento social é a poesia!

Isso aconteceu, segundo Luiz Vianna, porque "às velocidades das comunicações jogou por terra qualquer possibilidade de movimento"", mas a crítica e a teoria, no Rio, estão ativas. Enfraquecidas sim, mas ativas!

Infelismente com a poesia aconteceu a mesma coisa; só que nós, poetas, nos movimentamos de maneira independente das manobras do Mercado, que na realidade nunca nos prestigiou, por achar que: "Poesia não tem valor de mercado." 

Todos os poetas, não só os dos Rio  onde a efervescência é muito grande, em todas as planícies,  estados e regiões do Brasil!!! 

_ O artigo de Vianna, na verdade, fala da arte musical, mas as relações da música e da poesia são tão estreitas, que não deu para ficar calado...  Na verdade, penso que poesia na atualidade engloba todas as manifestações artísticas, porém, cada uma delas se utiliza de artimanhas diferentes para conquistar o seu público.

Pensamentos sobre a Modernidade...

 
O Sarau da Carioca, cujo o próximo será realizado no próximo dia 6 de maio, na verdade, é um movimento literário que estou tentando fazer no Rio de Janeiro e que, ao que me parece, está crescendo cada vez mais...  No prefácio do livro Esses Poetas, de 1998, por exemplo, Heloisa Buarque descreve:
 
"Sem entrar em critérios de qualidade ou densidade literária, não há como negar a evidência de que o emergente mercado de poesia falada atene a democratizar o consumo da poesia e abrir enormes possibilidades para a redistribuição da fala do poeta num espaço público mais amplo. A poesia escrita começa a tender na direção de uma culturalização, ou seja, uma inédita amlação de seu ´ráio de consumo através da abertura de espaços culturais não-formais e da emergência de novos hábitos sociais e comportamentais."
 
 
Bem, isso foi escrito em 1998, que segundo o meu pensamento, foi uma preparação, uma espécie de vanguarda para a poesia nascente no século 21 no Brasil... 

Na verdade penso que o Rock in Rio, de 1981 inaugurou uma espécie de vanguarda para a poesia do século 21. Na fase literária anterior, de lutava contra a ditadura, o objetivo era ultrapassar a repressão; a partir de 1981, com a explosão da bomba do Riocentro, que foi um show organizado por empresários de tendência esquerdista, foi inaugurada uma nova vanguarda, que chegou ao seu ápice agora, em 2011, com o atentado de Realengo, no Rio de Janeiro, e mais uma vez, a realização do Rock in Rio...
 
A geração 90, que descrita no livro Esse Poetas, fez parte da Pré-Modernidade, que foi inaugurada com a bomba do Rock in Rio e que, durante a vigência desta fase houve as Diretas Já e a abertura política no Brasil. 

Em 2001, com a queda da Torres Gêmeas do Word Traid Center, nos Estados Unidos, época em que houve, mais uma vez, o Rock in Rio, foi inaugurada outra fase, a Modernidade, que, permeada pela internet, começou no Brasil iniciou-se nos anos 90, e que acarretou tudo o que há na sociedade atual.
 
Como se percebe, sempre há um fato histórico que causa da ruptura de uma fase para outra... No que penso, a geração que  permeia o século 21 foi se preparando, aos poucos, nos anos 90, assim como aconteceu nos anos anteriores à Semana de Arte Moderna em São Paulo, no ano de 1922, que é conhecida como a fase Pré-Modernista. Nesse viés de pensamento s anos 80 e 90 do século 20 foram a fase Pré-Modernidade!
 
A variedade de saraus que são realizados no Rio de janeiro e em todo o Brasil à fora, comprova esta minha tese!
 
Em fim, estas são percepções minhas e que penso serem verdadeiras.
 
Penso que nós já estamos vivenciando uma nova fase literária desde a virada do século, que, utilizando a minha licença poética, designo como Modernidade: a vanguarda desta fase, na minha opinião, se esendeu de 1981 até o ano 2000, com o Bug do Milênio.
 
Na fase anterior, de luta contra a ditadura, houveram canções que desmascaravam a repressão, como a canção de Chico Buarque: "Pai, afasta de mim esse cálice. Afasta de mim esse cálice. Afasta de mim esse cálice! Cálice! Cálice!"

_ Bem vindo á Modernidade!!!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

As privatizações de FHC...

Durante o governo Lula (200`2 à 2010) as concessões de aeroportos  foram sistematicamente proteladas, pois o presidente foi eleito criticando as privatizações realizadas no governo anterior - no fim de seu mandato Fernando Henrique cardoso abriu as comunicações do Brasil, o que possibilitou a enxurrada de celulares, de diversos modelos e marcas, no país.

Em um encontro ministerial, Dilma Roussef, que foi eleita como sucessora de Luz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2010, reconheceu que é impossível ampliar a capacidade nacional de transportes de passageiros  sem a ajuda da iniciativa privada.

A Inglaterra, como exemplo, durante a Revolução Industrial, também reconheceu isso, mas utilizou a iniciativa primada do próprio país, mantendo a riquesa em domínios nacionais, produzindo assim mais riquesa para si própria, aumentando assim, o seu capital... Hoje os tempos são outros, pois existe a globalização. 

A presidente poderia dar preferência a empresas nacionais nesta empreitada, por exemplo!!!

Segundo Paulo Rezende, coordenador de logística e infraestrutura da Fundação Dom Cabral, a decisão de conceder á iniciativa privada alguns dos aeroportos do país mostra que a face gestora de Dilma se sobrepôs à face política, diante das necessidades do setor e os possíveis constrangimentos, segundo  ele "na aviação a ideologia ficou de lado".        

Considerações filosóficas...

Segundo o antropólogo e escritor Roberto Damata, "a lindeza democrática é concordarem discordar", pois na Democracia brasileira, entre outras coisas, para se reformar isso ou aquilo, do jeito, do um geitinho de uma "culpabilização de todos contra todos", o que Hobbes chamou de Leviatã.

Quando se trata de culpa chegamos a uma harmonia - ou seria consenso? - em que o recalque está no dogma da transparência absoluta que suprime o direito à autonomia, que segundo Damata é "a prerrogativa de ser diferente num universo de iguais".

Para o antropólogo o indivíduo que se desvia - o desigual - que normalmente em nossa sociedade, é tomado como traidor" pode também ser um guia porque enxergou o que ninguém viu. Segundo damata a literatura de kafka é anterior à de Marx Weber, que é anterior à de Louis Dumond, que fala sobre o indivíduo e o individualismo como, construções: invenções culturais.

Diz que o respeito, em nossa sociedade, é uma coisa que vem de fora para dentro, citando ainda "o amor aos ditadores e nas concórdias políticas sem oposição e com vantagens financeiras, como ocorre hoje no Brasil", como acontecia no governo Lula... A Dilma foi eleita como sucessora dele!

O filósofo diz ainda que a individualização precisa do seu contrário, que precisa de uma visão de todos, obtido desta relação, o que permite a discórdia positiva. O autor cita, em seu artigo (O Globo, 27/04/2011) um caso: o texto escrito por A. R. Radcliffe-Brown, que é um importante antropólogo de Oxford, tinha um projeto que era uma contradição, en termos, pois o intento deste projeto era "construir um ciência natural da sociedade humana"... damata relata que quando radcliffe discordou de um dos seus professores, verificando que a dissociação era irremediável, os dois chegaram em um paradoxo, pois eles concordaram em discordar!       
Para damata é fantástico o "concordar em discordar", dizendo que todo o seu aprendizado acadêmico e cultural era o de "concordar a despeito da discordia", que "esse apanágio dos autoritarismos ", representa, na verdade, o paralelo que é o Brasil em que vivemos...

NO século 21 viemos em um país que precisa de ordenação e o que pode nos dar uma orientação à essa ordemação é a poesia.    

Poetas Pré-Modernidades

Poetas, artistas, cantores, escultores, todos precisamos fazer uma revolução dos Versos. O momento é esse e a revolução está acontecendo agora!

O Rock in Rio de 1981 foi um marco, não só pelo show que foi, mas que inaugurou uma nova espécie de vanguarda. O evento, como relata o jornal O Globo de 27 de abril de 2011, foi um show organizado por um grupo de esquerda... Por isso é que foi marcante, com a bomba do Riocentro, que explodiu na véspera do Dia do Trabalho, data esta que recebeu o nome de Dia do Trabalhador, por movimentos de esquerda mundo à fora...  

Segundo a professora Heloisa Buarque de Hollanda, irmã de Chico Buarque, um dos heróis nacionais na época da Ditadura Militar, autor de músicas que desmascaravam o regime de opressão vivido no país, relata no livro "Esses Poetas" que a produção poética dos anos 90 teve um cunho autoral, com poetas como Arnaldo Antunes, Alberto Martins, Josely Vianna Baptista, Augusto Massi e outros...

Nessa preparação que foram os anos 80, para os anos 90, e que desencadeou a Modernidade do século 21, e que também foi inaugurada com o Rock in Rio de 2001, onde houve uma grande polifonia musical de estilos e de canções... Sandy e Júnior se apresentou, para se ter ideia; e Sandy e Júnior não cantavam rock... 

Os poetas independentes, do século 21, continuam produzindo suas artes de forma não mais artezanal, mas sim caseira. Continuam fazendo suas produções e escoando-as nas ruas de todo o país, oferencendo-as e sempre respondendo á pergunta: "Quanto é?", da mesma forma, dizendo "o quanto você achar que vale".

Essa é a realidade da Modernidade literiaria no Brasil do século 21!!!

  A poesia, depois de ser transpassada pela música e pela televisão, incluindo o cinema, como no filme "Sociedade dos Poetas Mortos", na verdade perdeu o seu valor como "obra-prima" ao invés de se agregar valores, mas continua sendo, ainda assim, a força motriz da sociedade de massa!

As pessoas deste início de século 21 procuram algo que as façam pensar, que as levem a uma reflexão para então, aí sim, poderem seguir adiante.

A única manifestação artística que faz as pessoas refletirem sobre suas próprias vidas, nesta sociedade atomizada em que nós vivemos, levando as pessoas que as consomem à refletirem individual e intimamente, acarretando uma revolução pessoal, é a poesia!   

É a esse conjunto de fatos, características e movimentos realizados no século 21 que chamo de Revolução dos Versos!!!

_ Viva a revolução...

Resquísios da Luta Contra a Didadura (vanguarda)

O período da produção cultural dos anos de 1960, e principalmente após 1964, com a Ditadura Militar, a produção literária e cultural, em todas as vertentes possíveis e imagináveis ganhou amarras, com a censsura aos Meios de Comunicação de Massa (jornais, revistas, teças teatrais, programas de rádio, programas de televisão e os livros que foram editados no período).

Muitos artistas encontraram na música o modo de driblar a censsura, como os versos de Chico Buarque, cojas músicas tinham letras como: " Piai, afasta de mim esse calice! Afasta de mim esse cálice! Afasta de mim esse calice! Cálice! Cálice!" - uma coisa meio que Chaves! -, assim como tantas outras músicas da época.

E quem conseguia driblar a censsura da ditadura era tido como herói... Não pagava conta em restaurante, por exemplo...
Hoje em dia, como a Ditadura Militar já foi ultrapassada e vencida pela Democracia, isso se perdeu... 

Atualmente (2010 - 2011) é preciso apenas ter vigilância, pois, a Social-Democracia que Lula se vangloriava de ter inaugurado no Brasil, mas que só foi possível com a manobra do Plano Real de Fernando Henrique Cardoso, em 1993 e 1994, na verdade, é uma faca de dois gumes. É uma coisa de centro-direita, que vacila à toda hora! Nesse vacilo se pode ir tanto para o que se supõem que seja o Socialismo ou para uma nova Ditadura, militar ou não.

_ É preciso estar sempre alerta!!!
 

Movimento Literário do Século 21

A cultura está se manifestando à toda neste início de século 21... Talvez estes movimentos culturais sejam apenas uma preparação para algo maior a se realizar nos anos seguintes, como aconteeu com a Semana de Arte Moderna de 1922... Talvez não!!!

O período anterior à Semana de 22 é conhecido como fase Pré-Modernista, que teve se ápice na Semana de Arte Moderna, em São Paulo. A fase que se sucedeu após 1922 até 1945, com o fim da SEgunda Guerra Mundial, segundo alguns autores, é designado como Pós-Moderno; outros autores dizem que essa fase após o conflito mundial seria na verdade uma terceira fase do Movimento Modernista, e seguindo essa linha de raciocínio, concluimos que...

A produção literária da época e até mesmo a produção radiofônica que era produzida preparou os "corações e mentes" para programas de televisivos de calouros, como "Jovem Guarda", "Chacrinha", "Programa do Bolinha" e todos do gênero que se sucederam, a partir de 1965. Assim houve uma integração entre poesia, produzida pelo Movimento Modernismo, e música popular... Com prejuíso para a arte poética, que ficou jogada à um segundo plano.

Nos anos de 1980, com a geração infantil da época, agora crescida, produzindo cultura nacional (terceira fase do Modernismo), houve o Rock in Rio, em 1981, no Rio de Janeiro, que foi um marco da terceira fase do Movimento Modernista.

No Rock in Rio a integração entre música e poesia foi declarada, reverenciada de tal modo, que na década seguinte inaugurou uma nova fase literária, que chamarei de Pré-Modernidade. Nesta fase de Pré-Modernidade houve a integração entre poesia e o gosto popular, com o advento do Funk, em São paulo e depois no Rio de Janeiro.

Na mesma linha musical, a vanguarda da Pré-Modernidade, que são as bandas que surgiram nos anos 80, que participaram do Rock in Rio em 1981, por exemplo, e que se firmaram nos anos 90, ou entraram para o histórico nacional, como Barão Vermelho, Paralamas do Sucesso, Blitz, Legião Urbana, assim como outras bandas, inauguraram um reflexão moderna, de problemas individuais modernos (Pré-Modernidade), como traduz, por exemplo, os versos da Blitz "estou a dois passos do paraíso", ou contando histórias, como nas canções da Legião "Era um tal de João de santo Cristo e todo mundo dizia como ele se perdeu", ou ainda canções como: "Parece cocaina mas é só tristeza, talvez tua cidade.   

Movimentos literários sempre são marcados por grandes acontecimentos ou guerras acontecidas antes ou depois de algum fato no qual se identifique tal manifestação artística... A Semana de Arte Moderna foi seguida pela revolta dos "18 do Forte" em Copacabana e mais tarde pela revolta paulista de 1924, todas motivadas pelo Tenentismo, que em 1930 colocou Getúlio Vargas no poder. Em 1945 o retirou. Em 1950 o fez ser eleito pelo povo e que, em 1954 o fez se suicidar. 

O fato que naugurou a fase Pré-Modernidade no Brasil foi o Rock in Rio, acontecido em 1981. Os anos 90 foram fruto da efervescência cultural da década anterior, assim como o que desencadeou a fase Pré-Modernidade foi a luta pela liberdade, contra a Ditadura Militar. Os anos 90 inauguraram uma atitude artística, como evidencia os versos da Legião: "`Parece cocaína, mas é só tristeza. Tavez tua cidade. Muitos temores nascem do cansaço e da solidão".

A música dos anos de 1990 faziam uma reflexão do cotidiano, com o advento do Funk, "Eu só quero é ser feliz, andar tranquilamente na favela onde eu nasci"; todas essas músicas com letras reflexivas instigavam a nova geração de poetas que faziam seus livretinhos de maneira artezanal.   


  

domingo, 24 de abril de 2011

A Vanguarda da Nova Poesia

A produção cultural marginal ou independente é volumosa e diversifcada, segundo Proença Filho. Alguns poetas marginais, já no ano de 1987, teriam obras publicadas  em editoras convencionais. Para o autor o termo Pós-Modernidade já teria sido usado em 1945, após a 2ª Guerra Mundial... 

Dentre os Movimentos de vanguarda do Pós-Modernismo estariam o Neoconcretismo, a produção ligada à revista Tendência, a produção poética da música de rua, à base de violão, além da Arte Postal, que tiveram como principal características a intencificação do ludismona na criação literária, intertextualidade, a metalinguagem, o fragmentarismo textual, a auto-reflexão nas narrativas e a radicalização de posições antirraciocalistas e anti-burguesas.
Os principais autores do Pós-Modernismo são Guimarães Rosa, Clarisse Lispector, João Cabral de Melo Neto, Nelson Rodrigues, Adélia Prado, Autran Dourado, Augusto e Aroldo de Campos, João Ubaldo Ribeiro, Mário Quintana e outros...

Segundo Proença Filho o quem inaugurou o Pós-Modernismo foi o Tropicalismo e o Poema-Processo.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Sociedade fragmentada

A sociedade é fragmentada...




A modernidade é líquida!!!






A Sopinha de Versos é um dos resultados da Sociedade Fragmentada, pois nas sopinhas não são transcrições de poesias inteiras, mas sim de trechos de poesias, para não cansar a leitura dela por parte do leitor






A produção industrial é fragmentada e isso é reflexo da Sociedade Atomizada, fragmentada em que vivemos.


Como a sociedade é fragmentada!

Nas sopinhas de versos são colocados trechos de poesia propositadamente, para que o leitor, que é escolhido aleatoriamente, tenha curiosidade de ler a poesia inteira e que busque-a mais tarde na internet ou mesmo em livros, impulsionado pela curiosidade, a íntegra do fragmento lido.




A sopínha é um instrumento que, em sua simplicidade, está alcançando à todos os corações e mentes que entram em contato com ela... É uma coisa simples, mas transformadora.


                                                   
O PRÓXIMO A RECEBER UMA SOPINHA PODE ATÉ SER VOCÊ!!!

terça-feira, 19 de abril de 2011

Distribuição de Versos em Copacabana

Hoje, terça-feira, dia 19 de abril, não houve sarau de poesia. Houve sim uma distribuição de versos (sopinhas) na práia de Copacabana, a partir de meio-dia em ponto. Comecei a distribuição no Posto 4 e fui andando em direção à estátua do Carlos Drummond de Andrade. 

A distribuição de versos já se tornou até uma coisa rotineira no bairro da Penha, mas em Copacabana foi a primeira vez, e como homenageado da vez, não poderia ser ninguém menos do que Carlos Drummond de Andrade, que é reconhecido como o poeta do século 20...

Na orla de Copacabana, durante o caminho, em direção ao Forte, fui distribuindo as sopinhas, que algumas pessoas aceitavam de bom grado, outras recusavam e ainda tinha quem pergutasse: "O que é isso?", então eu respondia "Versinho de Carlos Drummond de Andrade...", aí sim, a pesoa aceitava.
Ao chegar na estátua do poeta, após o Posto 5 da práia, comecei a recitar os versos dele à esmo mesmo. Recitei três, mas como a garganta já estava pigarreando, devido ao esforço dos outros saraus realizados, continuei a distribuição de versos, dando proseguimento à minha peregrinação pessoal...
Como sempre, nos primeiros saraus realizados ninguém deu muita atenção à manifestação artística, mas ela aconteceu e é isso que é importante!!!
Ao chegar na estátua do Noel Rosa; aliás, Dorival Caymmi no Posto 6 - o Rio é uma cidade poesia! - sentei-me em um banco próximo e comecei a coneversar com um senhor. Dei-lhe uma sopinha de versos e também distribuí para outras pessoas que estavam no local.
Perguntei-lhe o nome e ele disse João Carlos... 
Ele começou a dizer que isso - a distribuição -  era uma coisa muito boa -, pois ninguém dava a atenção que a poesia merecia...

Disse a ele que algumas pessoas aceitavam de cara e outras recusavam, então, eu não insistia... Outras pessoas primeiro recusaram e depois de saber que eram versos do poeta aceitavam de bom grado.
Ele comentou que as pessoas achavam que era coisa de religião e por isso não aceitavam. Este senhor comentou que música começa com uma poesia... Disse a ele que em uma entrevista do Raul Seixas  ele diz que o Paulo Coelho, imortal da Academia Brasileira de Letras, e que era parceiro dele, sempre entregava escritos para ele, e Seixas, por conseguinte, sempre mudava alguma coisa... Então, Paulo Coelho perguntou: "Por que você sempre muda o que eu escrevo?", e ele, gênio que era, respondeu "Porque o que você faz é poesia e o que eu faço é música."

Este senhor, o João Carlos, comentou que tocava violão e que tinha um grupo que se reunia em um apartamento em Ipanema para tocar. Eu falei que essa era a história da Bossa Nova, e ele disse que participavam do grupo também Gilberto Gil , Caetano Veloso e outros...
Disse a ele que era o pessoal de Ipanema, que nem o grupo do Roberto Carlos. O cantor, quando adolescente tinha uma turma que se reunia em um bar no Rio Comprido: que dessa turma sairam o pessoal da Jovem Guarda, além do Tim Maia com os Sputniks... Depois ele confirmou que se tratava do pessoal da Bossa Nova!
Disse-me também que antigamente, se se queria ver artista era só ir na televisão. Disse que o Wilson Sional, apertava a sua mão dizendo "E aí, como é que você tá?" e depois ia gravar.
Perguntei de que televisão se tratava e ele disse que era a TV Excelsio. Perguntei aonde ficava, em que rua... E ele disse que ficava ali na Visconde de Pirajá.
Mostrei para ele o meu livro, "Um Toque de Poeia" e ele disse que eu tinha que aprender violão para musicar as minhas poesias...
Conversamos mais um pouco até que me despedi. Na volta, voltei distribuindo versos pelo calsadão até que parei, pois estava muito calor e pedi em um quiosque um refrigerante.
Sentei-me e comecei a conversar com uma ambulante do calsadão, que vendia pulseirinhas... Perguntei se ele gostava de poesia e ele disse que não se importava. Comentei que estava distribuindo versos do poeta (Drummond)... Ele não falou nada!
Então fui embora pra casa, no bairro da Penha.

Bem, dessa forma consegui que a cultura, até mesmo em Copacabana, fosse reverenciada.
Hoje na saída do Forte de Copacabana, que visitei após o encontro com o João Carlos, perguntei a um dos soldados que eu havia dado as Sopinhsa de Versos do Carlos Drummond de Andrade quandocheguei, se ele tinha gostado e ele respondeu que sim, dizendo ainda: "Estamos percisando disso, e muito!"

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Sarau da Carioca, 18 de abril

O sarau de hoje foi legal, melhor do que eu esperava...

Nós ficamos esperando alguns poetas chegarem, mas eles não foram, então começamos o sarau umas cinco para uma da tarde (estava marcado para 12:30). O Francisco Olivá, que é integrante do Academia Brasileira de Literatura de Cordel começou lendo um artigo que ele havia feito, e que tinha saído numa revista, sobre o Monteiro Lobato. O autor foi homenageado nas frases, pois logo depois das poesias do autor homenageado, coloco uma frases para abrir a mente do leitor...

Coloquei trechos do livro do laurentino Gomes nas sopinhas também, pois ele hava me dado autorização para isso. Foram homenageados os mesmos autores de ontem: Alvaro Moreyra, Augusto dos Anjos e Vinícius de Moraes. O Alvaro Moreyra porque ele é o avô da Valéria Moreyra, dona da academia homônima aqui no bairro da Penha e que ela havia me dado um lvro com as poesias do avô dela...
Os livros dele, que foi poeta modernista, pois participou da segunda fase do Modernismo de 1922 não são mais editados - tornaram-se raridade! Junto às Sopinhas de Versos dele coloquei frases de LObato, criador do Sítio do Pica-pau Amarelo. Com as poesias de Augusto dos Annjos, que foi o poeta homenageado do dia primeiro de abril - o homenageado do mês - coloquei trechos, curiosidades extraídos do livro 1808 de Laurentino Gomes e inseri também as poesias de Vinícius de Moraes porque hoje, dia 18 de abril, é o dia Nacional do Livro Infantil...
Foi legal! Com sempre, apenas quem participou foram os livreiros do Largo da Carioca, Carlão, Francisco e companhia... Um passante que se interessou pelo que estava acontecendo, e participou também... Eu não sei nem que horas o sarau acabou, pois perdi a noção e horário!
Eu sei que quando acabou fui até o Teatro Municipal e pedi uma informação de onde ficava uma rua e ele disse que não sabia, com um sutaque de estrangeiro. Ele disse que não conhecia nada ali...Perguntei: "Where are you from?" e ele me disse que era da França, então, dei uma Sopinha de Versos que havia sobrado para ele e ele começou a dizer que gostava de poesia, no castelhano, ou melhor, no "francelhano" - mistura de frances com castelhano - dele.
Perguntei-lhe o nome e ele disse que era Miguel. Disse que estava fazendo um projeto de divulgação de poesia com as sopinhas e ele foi dizendo que gostava de poesia...
Andei até o ponto final do ônibus e voltei para casa.
Amanhã haverá distribuição de Sopinhas de Versos de carlos Drummond de Andrade em Copacabana, em frente à estátua dele...

A Manifestação

A manifestação cultural não pode ser controlada por quaisquer instituição e nem ser dominada, como fora tentado na Ditadura Militar, com a Censsura.
Na Alemanha Nazista, devido ao controle que Hitler exercia, influindo até mesmo na escrita, pois à época não se oderia escrever um texto de três parágrafos, por exemplo. O texto tinha que ser em tópicos, como se fosse um relatório, talvez porque Hitler tivesse melhor intendimento das coisas escritas em tópicos...
Nem nesta época a expressão poética se insentou! O poeta Maiakovsk, tensionado pela pressão do Nazismo, não podendo se expressar livremente talvez, escreveu uma última poesia intitulada "O Balaço" e depois deu um tiro na cabeça...
O imortal paulo Coelho diria que ele completou a "sua lenda pessoal", assim como também o fez o terrorista Wellington da escola de Realengo, no Rio. Mas são exemplos comletamente diferentes: um era poeta atomizado pelo Estado Nazista e o outro era debimental...   
A Virada Cultural de São Paulo teve seu início às 18 horas do dia 17: a proposta são 24 horas de música, que se acabará às 18 horas do dia 18 de abril. Foram registrados, na edição de 2011 alguns confrontos, deixando vários feridos e até uma pessoa morta também...
Horas antes do início do Viradão Cultural paulista, teve início um Movimento Poético no Rio de janeiro. O Sarau Leopoldinense, sarau que realizado na áreada Leopoldina, se faz um movimento cultural estritamente voltado para a poesia... Músicas são poesias cantadas! A maioria das músicas da Legião Urbana, por exemplo, são poesias musicadas: “Se eu soubesse a língua dos anjos, se eu soubesse a língua dos homens, sem amor eu nada seria” (Luiz de Camões).

A música e a poesia sempre tiveram uma relação de integração entre elas, como no madrigal por exemplo.
A poesia, na sociedade moderna (com suas devidas exceções) só ganha valor quando é musicada por um cantor de sucesso.
O que venho tentando fazer  com os saraus de organizo é resgatar o valor da poesia, como poesia mesmo e assim, valorizar o trabalho dos novos poetas do século 21.
Os saraus que organizo são nomeados de acordo com o local onde são realizados: o sarau realizados na área da Leopoldina se chama "Sarau Leopoldinense", o saru realizado no Centro da cidade é chamado de "Sarau da Carioca" e assim por diante...
A poesia, na minha opinião, orienta a conduta das pessoas que vão á shows de rock, por exemplo. Tudo depende da letra da música! Sertos Funks do Rio de janeiro fazem apologia ao tráfico de drogas, outros à violência...

      Tudo!      Tudo!   Tudo!!!

Tudo depende da poesia...


domingo, 17 de abril de 2011

Sarau Leopoldinense - abril

No dia primeiro de abrl fiz o sarau da carioca, homenageando o poeta Augusto dos Anjos na banca do Carlão, no Centro do Rio... Os livreiros me pediram para fazer um segundo sarau no mês, pois no dia 18 seria o aniversário do Monteiro Lobato. Um doa livreiros faria uma palestra sobre o autor. Disse que faria outro sim no dia do aniversário dele.
Dia 18 cairia numa segunda-feira, mas como seria  o aniversário dele, não me importei. Depois do dia primeiro recebi da Valéria Moreira, neta do Alvaro Mreyra, um livro de poesias dele. Resolvi fazer um outro sarau no dia 16 na Penha, de depois passei para o dia 17, com as poesias de Alvaro Moreyra e frases de Monteiro Lobato.
Como o poeta homenageado do mês era Augusto dos Anjos, resolvi utilizar as poesias dos dois autores no sarau do GREIP da Penha.
Como, antes do sarau, fiuqei sabendo que o dia 18 seria o Dia Internacional do Livro Infantil, cloquei também no sarau as poesias do Vinícius de Moraes. Foram homenageados os três poetas no sarau!
O sarau realizado no GREIP foi o primeiro que realizei no bairro da Penha e teve 5 participantes, o que já considero um número bom, pois no primeiro que organizei no Largo da carioca teve apenas 3 pessoas: Eu, o Carlão e um amigo dele que ele havia chamado, que trabalhava lá pelo centro mesmo... Um advogado, o Magalhães, que aliás tinha um livro de poesia também... Esse primeiro sarau foi realizado no fim do mês de novembro de 2010.
Ao abrir o sarau comecei falando sobre a história do Alvaro Moreyra, poeta modernista (da segunda fase), cronista, que foi editor de duas revistas: A Para Todos e Ilustração Brasileira. Com sua esposa Eugênia, que era advogada, criou em 1927 o Teatro de Brinquedo, que marcou o iníco da renovação da arte c~enica no Brasil.
O poeta Carlos Drummond de Andrade manifestou a respeito de Alvaro: "Entre os modelos nacionais que se ofereciam ao aprendiz de literatura, este marcou mais do que os outros. As primeiras adorações i9ntelectuais manifestam-se pela imitação, e parecia fácil imitar os flgrantes, as anotações mínimas, de cena de estado de espírito, a atitude graciosa e descompromissada de Alvaro Moreyra".
Sobre Moreyra diz ainda, revelando uma certa inveja: "Não consegui, porém, o que outros também não terão conseguido. A fórmula irônico-sentimental de Alvaro era exclusiva, as modulações alheias soavam falso, Quem sabe se não será mais cômodo copiar um estilo empavesado? De qualquer modo, devo admitir que da experi~encia se apurou o saldo de uma lição de simplicidade, válida para sempre".
O poeta e cronista influenciou outros autores de crônicas também, como Rubem Braga ee Fernando sabino através de su escrita simples e objetiva. 
Falei um pouco do Augusto do Anjos - que representou o mundo como sendo cheio de tragédias, onde cada ser vivencia-a do nascimento até a morte. Augusto dos Anjos eraadvogado, filho de uma portuguesa com ex-escravo, era negro e retratava o que via a sua volta, um modo de produção pré-material com proprietários falidos. Foi também professor no Liceu paraibano, onde havia estudado.
Vinícius de Moraes, o nosso poetinha, em suas poesias jogou com a incredulidade e ilusões, por saber que a vida nada mais é do que uma forma de ficção encarnada, que teve a percepção do lado obscuro do homem e resolveu enfrentá-lo. Segundo o jornalista José Catello "ele deixou a poesia para se tornar show-man da MPB, para viver nove casamentos, para atravessar a vida viajando, exercendo mais do que nunca o poder que Drummond descreveu: "Foi o único de nós que teve a vida de poeta".
Foi legal! Tiveram 5 pessoas, mas o que importa não é quantidade e sim qualidade... Ao menos o sarau foi realizado e nós fizemos a cultura acontecer na Penha.
Hoje, dia 17 de abril realizei o primeiro sarau, amanhã irei realizar o Sarau da Carioca no Largo da carioca, na barraca do Carlão. Depois de amanhã vou recitar e fazer distribuição de versos em frente à estátua do carlos Drummond de Andrade na práia de Copacabana, o que é quase que uma "Semana de Arte Moderna informal, pois as manifestações artísticas da Semana de Arte Moderna de 1922, em São Paulo, no Teatro Municipal da cidade duraram apenas 4 dias e não uma semana inteira.

_ É isso aí! O importante é movimentar a cultura...  

Dennys Andrade



sábado, 16 de abril de 2011

Gafe o fato....

Bem, a história conhecida é que quando os Voluntários da Pátria retornaram da Guerra do Paraguai, que teve início em novembro de 1864 e acabou em 1870, os militares, muitos deles escravos que conquistaram, devido à vitória na guerra, sua alforria (cerca de 8 mil escravos lutaram na Guerra do Paraguai).
Após da lei Áurea, de 1888 o Rio começou a receber escravos libertos que abandonavam cidades vizinhas e outras regiões do país, que ocuparam as zonas periféricas da cidade, o que aumentou o número populacional sem ter uma estrutura organizada para isso.
No final do sécuo 19 surge a primeira favela do Rio, segundo o estoriador Franklin Ferreira de Aquino, que atualmente é a comunidade do morro da Providência, situada atr´sa da Central do Brasil. A comunidade foi batizada inicialmente pelo nome de favela, que é o nome de uma planta que existia em abundãncia na região de Canudos, na Bahia. Depois o nome favela se expalhou por outras comunidades do Rio de Janeiro...
O Morro do castelo era visto como o símbolo degredado do passado português, pois nele havia sido construída uma fortaleza com vista privilegiada para o monitoramento da baía de Guanabara. No ano de 1921 o prefeito do Distrito Federal, Carlos Sampaio decretou o fim no morro, que foi demolido no ano seguinte...
A modernização destruidora do Estado visava eliminar a cidade colonial, com ruas estreitas e sinuosas, como também romper com os valores culturais do tempo em que o país era colônia de Portugal, valorizando assim a inserção cultural e econômica europeia, fazendo a absorção da visão de mundo francês.
A construção de um novo Centro, portanto, significava a construção de um novo país, regido pela ordem Republicana. No entanto, esse ideário progressista não atendia ao bem-estar geral da população. Com o desmonte do Morro do castelo e o arrasamento do bairro da Misericórdia, que ficava no sopé do morro, desapareceram da cidade duas áreas residenciais que haviam resistido à reforma de Pereira Passos. No Morro do Castelo residiam aproximadamente 5 mil pessoas.
O prefeito Carlos Sampaio, nos últimos meses de demolição, devido as controvérsias sobre o desaparecimento do Hospital São Zacharias e do complexo jesuítico frustrou os defensores dos valores históricos do morro dizendo: "...Como se fosse possível arrasar o morro do Castelo sem demolir tudo o que se achava sobre ele..." Carlos Sampaio  finalizou o seu mandato de prefeito no dia 15 de novembro de 1922: seu mandato é comparado às reformas de Pereira Passos, pois marco de forma definitiva a paisagem do Rio de Janeiro...   
Segundo Ferreira os primeiros moradores do morro da favela eram ex-combatentes da Guerra de Canudos (1893 à 1897) e os ex-combatentes da Guerra do Paraguai, que não tinham dinheiro para voltarem aos seus locais de origem. Ox ex-comatentes se fixaram no morro da favela devido a promessa do governo de dar casas na então capital federal...
O historiador Miro Teixeira defende a tese de que os ex-combatentes ocupavam cortiços e quartos alugados por toda a cidade, mas não o Morro da Providência, onde existiam apenas chácaras...
Bem, segundo Marcelo Crivela, "se há uma hipótese de que tenham ido ocupar cortiços e cômodos, o que exigiria deles mais recursos, certamente há também essa de que tenham ocupado as partes planas ao sopé do Morro da Providência, tendo em vista a proximidade com o epicentro da capital, que desde a sua fundação se desenvolveu entre o morro do Castelo, o Morro de São Bento, o Morro do Estado e o Largo da Carioca. Não podemos nos esquecer que ali próximo se situava o Cais do Valongo, onde efetivamente desembarcaram.
Ferreira diz ainda que durante o preríodo de presidência de Getúlio Vargas, que assumiu o poder com a Revolução de 30, encerrando a política do Café com Leite, política esta que se instalou após a expulsão da família real do Brasil, quando um grupo de militares liderados pelo Marechal Deodoro da Fonseca deu um golpe de estado, sem o uso de violência. Ele depôs o imperador do Brasil, Pedro II e o Presidente do Conselho de Ministros do Império, o visconde de Ouro Preto.
naquele dia 15 de novembro de 1889 foi instituido o Governo Provisório republicano, no qual o marechal Floriano peixoto era vice-presidente. Como ministros o governo provisório tinha: Benjamim Constant de Magalhães, Quintino Bocaiuva, Rui Barbosa, Campos Sales, Aristides Lobo, Demétrio Ribeiro e o almirante Eduardo Wandenkolk, que eram todos menbros da maçonaria brasileira...
No último gabitane ministerial do império, empossado no dia 7 de julho de 1889, no qual foi empossado Afonso celso de Assis Figueiredo, o visconde de Ouro Preto, que era do Partido Liberal, apresentou uma última e desesperada tentativa de salvar o império. Apresentou à camara-Geral, atual cãmara dos deputados, um programa de reformas políticas que contavam: maior autonomia administrativa para as províncias, liberdade de voto, liberdade de ensino, redução das prerrogativas do conselho de Estado, mandatos limitados - não vitalícios - ao Senado federal...
As propostas do visconde de Ouro Preto visavam preservar a Monarquia, mas foram vetadas pelos deputados, de tend~encia conservadoras, que eram maioria na Câmara Geral.
Diz-se que as reformas do visconde de Ouro Preto chegaram tarde demais...
No dia 15 de novembro a república era proclamada e com Dom Pedro II fora do Brasil, o país estava, pela primeira vez nas mãos de políticos...      

Um Movimento Modernista no Século 21

Para se fazer um novo Movimento Modernista agora no século 21, não se poderia sequer buscar fazer uma reedição do que foi a Semana de Arte Moderna de 1922.

Já começa por aí, foi no teatro Municipal de São Paulo e foi durante uma semana... A elite paulista se reuniu e financiou o movimento, que rendeu algumas notas em jornais da época, contra e à favor...

Atualmente são realizados movimentos parecidos à toda hora... Poetas, cantores e artistas se reunem para financiar suas apresentações, por exemplo. Conheço um grupo de cantores, todos profissionais formados, que se reunem uma vez por mês para cantarem. Eles mesmos arcam com o aluguel do espaço e também se cotizam para pagar a acompanhadora, que é uma professora de canto, já profissional da área e que trabalha também tocando teclado, no caso, em algumas igrejas do Rio de Janeiro.

Isso é legal!!!

Isso é a polifonia cultural do Rio de Janeiro. Não que isso aconteça apenas no Rio de Janeiro, o que deve acontecer, penso, em todo os país, mas este grupo é um exemplo típico de que não só os poetas estão se movimentando para mostrar a sua arte na cidade, pois penso ser este movimento uma coisa geral - realizado em todo o Brasil - e que já configura uma mudança de postura no cotidiano cultral do Rio de Janeiro e de todo o país também. 

Realmente, nós artistas, todos, já estamos vivendo sobre a égide da Revolução dos Versos de forma inconsciente em todo o país...

(Dennys Andrade)
  

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Por Um Novo Modernismo

No dia 15 de abril de 2011, depois de assistir à aula de arquitetura nas escadarias do Teatro Municipal, por volta de 11:30 e meio dia, comecei a conversar um uma professora, que agora me falta o nome dela na memória.
Convidei-a para um sarau e poesia que iria realizar no domingo, dia 17, na Penha, e também para o sarau do dia 18 ali no Centro, no Largo da Carioca... Ela me disse que estava dando uma aua e que iria embora no sábado, dia 16... Perguntei de onde eles eram e ela respondeu que era de São Paulo. (...)
Depois de uns segundos de reflexão das possibilidades disse a ela:
"Não, não tem problema não. A gente fazer um Movimento Modernista aqui. Não tem problema não, tranquilo..." 

Confesso que fiquei entusiasmado, e então, soltei a pérola.

Disse isso porque, na segunda fase do Movimento Modernista, iniciado com a SEmana de 1922, os poetas do Rio, como manuel bandeira e Alvaro Moreyra, se urniram aos de São Paulo...

Primeiro acho que ela não entendeu, ou, penso eu, deve ter imaginado alguma coisa com relação a eterna rivalidade idiota entre cariocas e paulistas, pelo fato de São Paulo ser o estado mais rico do Brasil, na época da monarquia, devido ao "ciclo do café" e a capital do império ser aqui no Rio de Janeiro, mas depois ela sorriu e ficou tudo bem...

Pedi para ela entrar no site (este site!) e ela disse que tudo bem...

Dennys Andrade   

Centro - Vitrini Cultural

O Centro do Rio de Janeiro realmente é uma loucura, uma vitrini cultural que irradia o fazer cultural para todos os lados...

Hoje, 15 de abril, estava eu andando pela Avenida Rio Branco e vejo umas três pessoas falando da história da cidade. Cheguei perto para ouvir... Dei uma sopinha para as pessoas de estavam falando...

Pensei se tratar de uma visita de turistas, no caso, guiada!

Foi informado de que era uma aula ao ar livre... Disse que me interessava pelo assunto e que iria ficar ouvindo.

Comecei a conversar com uma das pessoas que estavam falando e procurei me informar do que se tratava realmente...

Fui informado de que se tratava de uma aula de arquitetura! Argumentei que arquitetura e literatura tinham um pouco haver e recebi a resposta de que as duas coisas tinham "muito haver!"

Prestei atenção: Eles ficaram falado que no Rio, antigamente, após a abolição da escravidão o que passou a ter valor foi a terra. Antes o que tinham valor, como moeda de troca, era a posse de um escravo, e que com a abolição isso se alterou...

Fiquei conversando com uma das professoras, dizendo que "esse um assunto que me interessava", então ela me indicou um livro para ler... Falaram também que o desmonte do Morro do Castelo, para onde foram  foram os militares, então, ex-escravos que lutaram na Guerra do Paraguai. A guerra começou em 1864 e terminou em 1870. Os escravos que lutaram na guerra, ao reornarem, foram alfurriados... O conjunto dos Ex-Combatentes, no bairro de Bonsucesso, no Rio de Janeiro abriga alguns re,anescentes e herdeiros dos soldados da guerra que gnharam a  alforria.  

Quando houve o desmonte do Morro do Castelo, o que os professores de arquitetura explicaram também, que foi depois que o Teatro Municipal foi feito. Diziam eles que toda semana tinham uma notinha nos jornais da época confrontando, dizendo que não combinava, por exemplo, de um lado ter o teatro, centro irradiador de cultura da cidade e do outro um morro com cabras pastando...

Com o desmonte no morro do Castelo foi adda a permissão para os ex-combatentes da Guerra do Paraguai, levar os restos para onde eles quiserem. 

A obra do desmonte do Morro do Castelo só foi possível devido ao trem, que era utilizado para retirar os escombros do local. Para realizar o "arrasamento", como foi chamado o desmonte, Carlos sampaio, prefeito do Rio de janeiro, à época, contratou a empreiteira Leonatd kenned & Co. , de Nova York.
O trabalho de desmonte teve inicio mem 1922 para derrubar o korro de 184 mil metros quadrados, no Centro da cidade. Removeu-se 4.6 milhões de metros cúbicos de terra, que foram usados para aterrar a área de charco em volta do morro e ambém as áreas existentes nos bairros daUrca, Copacabana e Gávea.
Foi apartir do Morro do castelo que a cidade começou a se desenvolver e se urbanizar, pois no ano de 1567, logo após a expulsão dos franses do litoral do Rio de Janeiro, a primeira parte ocupada foi o Morro do Castelo, de onde se tinha uma visão privilegiada da Baia de Guanabara. Os jesuítas cosntruiram um colégio, um convento e uma igreja no morro.
Em 1759 os jesuítas foram expulsos do local pelo Marques de Pombal, o que deu origem a uma lenda, pois se dizia na época que os jesuítas - que saíram apressados, fugidos do morro - tinham deixado um terouro enterrado... 
Foi do ato do Morro do castelo que a cidade se espalhou pelas planícies ao redor dele. No século 17, a posição da colina, com vista para a baía da Guanabara perdeu seu valor devido ao comércio marítimo da Praça XV.

A demolição do Morro do castelo ocorreu em 1922. Ele abrigava mais de 5 mil pessoas. O morro passara a ser ocupado por uma população pobre e m arginalizada... A discussão sobre a demolição do morro durou mais de um século e ninguém acreditada que iria acontecer.

Entre os defensores da remossão no morro estavam médicos e sanitaristas, que diziam que o feito traria benefício adicional, pois a terra returada do morro seria usada para aterrar áreas de charco e mangues, que se situavam ao redor do morro, o que acabaria com os "miasmas febris", que dizia-se na época, subiam do pântano...

Um dos professores que lá estavam chegou a dizer que o morro não atrapalhava ninguém, mas que acharam que não combinava àquele contrate.

Legal!

     

O Barroco

A religião, com duas formas de se louvar a Jesus Cristo, contribuiu com a música, mas além do contraponto entre a música sacra católica e luterana houve também uma crescente busca por uma liberdade de expressão, pois com a evolução da dinãmica e da ressonancia do coros de Veneza e també, o desenvolvimento da evolução do madrigal, o desenvolver dos instrumentos, todos esses elementos evaram a uma revolução: a música barroca...

Em 1610 (século 17) Galileu Galilei provou que o astronomo Nicolau Copérnico estava certo quando afirmava que a Terra não é o centro do sistema solar...
O pai de Galileu. o músico Vincenzo Galilei  discutiu novas maneiras de se afinar os instrumentos, coisa que os músicos e cientistas da época se preocupavam na época, além da investigação  dos efeitos da música no coro e na alma do ouvinte. Ele realizou experimentos importantes na ciência dos sons e defendia uma revolução na música vocal... Seu filho Galileu Galilei realizou investigações ta,bé a respeito das vibrações das cordas musicais
No Barroco os músicos passaram a utilizar o sistema tonal, que é a base da harmonia utilizada até hoje, sistema esse no qual a música passou a gravitar, como os planetas que gravitam em torno do sol no sistema solar...
Vincenzo galilei era integrante de um grupo de artistas e intelectuais - Camerata -, que faziam reuniões, desde o final do século 16, com o objetivo de re-editar o drama grego. Na época as leis do contra-ponto polifônico era uma coisa inviolável para a música. Esses artistas do grupo Camerata passaram a questionar esses modelos musicais. para o grupo a polifonia não emocionava o público, pois, com a sobreposição das vozes, as palavras se confundiam, o que alterava e dificultava a compreensão das palavras. 
Vincenzo tocava alaúde e foi um dos primeiros a interpretar cantos monódicos, ou seja, com um único interprete e em uma só voz, que era o oposto dos vários cantores da polifonia renascentista.
O italiano Giulio caccini, tocador de arpa e teorba (espécie de aláude grande) e tinha uma certa inclinação para o teatro, abraçou a ideia do grupo Camerata.         

quinta-feira, 14 de abril de 2011

A Revolução dos Versos

Revolução dos Versos...

O objetivo como um todo, como já dito antes, é promover a
volta da poesia como manifestação cultural me massa (da população),
mas o objetivo inicial do movimento é dar uma resposta (poética) à
violência vivida por todos.

Essa violência é vivida por todos os cariocas e também por todos os
brasileiros...

O fato que me incentivo a começar de forma aleatória o sarau no Largo
da Carioca foi a ocupação do Morro do Alemão, em que as Forças
Militares (polícia e marinha) se uniram para efetuar a invasão, com
tanques de guerra e tudo mais. Eu tinha feito um sarau na sexta
anterior na barraca do Carlão - a primeira sexta-feira do mês de
dezembro.

Com a ocupação eu voltei lá na porque achei importante realizar o
sarau logo após a ocupação para marcar uma manifestação artística,
contra a violência, no Centro do Rio. Até avisei à imprensa, mas as
atenções estavam voltadas para a ocupação e a mídia concentrada em
frente ao batalhão de Olaria ou em frente ao Penha Shopping, próximos
à minha casa.

mas serviu como um marco do sarau para ele se afirmar como uma
resposta, um grito contra a violência.

Na época até entreguei uma carta para uma repórter que estava em
frente ao Shopping com a poesia Rosas e Armas e fui embora. Essa
poesia é a mesma que proclamou a Revolução dos Versos no dia 29 de
outubro de 2009 na Penha - o sarau é bairrista - e, penso eu, é
representativa do estado de espírito das pessoas, não só na época, mas
também agora, por exemplo, com o ataque Terrorista do colégio Tarsso
da Silveira, em que o cara se matou.

        Rosas e Armas

Rosas são lindas,
Armas são fogo.
Rosas exalam,
Armas atiram.
Rosas dão cores,
Armas as tiram.
Rosas podem ser armas,
Armas nunca poderão ser rosas...     (Dennys Andrade)

Essa poesia está no meu primeiro livro intitulado "Um Toque de
Poesia", que foi feito através de uma produção independente no ano de
2001. Aliás eu a fiz quando assisti, pela televisão, ao show dos GUNS
N' ROSES no Rock'n Rio, em 2001.