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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Madrigais e música

A crítica de Luiz Fernando Vianna à música carioca, vai de encontro ao ideal da Revolução dos Versos, que enxerga como POESIA tadas as manifestações culturais existentes no cenário nacional.

Para se ocasionar uma ruptura no cenário artistico é importante que haja uma crítica, como aconteceu na Semana de Arte Moderna de 22, que o jornalista Monteiro Lobato criticou a manifestação paulista acontecida no Teatro Municipal da cidade.

Bem, no Rio a crítica veio dias antes de acontecer um novo encontro poético no Centro da cidade - o Sarau da Carioca do dia 6 de maio -, que é um movimento que já está dando o que falar, enfim, porque, sempre é assim e sempre foi assim...

Aconteceu a mesma coisa com o compositor Cláudio Monteverdi, no ano e 1605, na Itália... Foi ele que rompeu com o renascimento, inaugurando o Barroco. O poeta foi o responsável por dar a "liberdade absoluta" ao madrigal italiano, com a obra "Quinto Livro de Madrigais", com o qual entrou em polêmica com o crítico musical Giovanni Maria Artusi, que era defensor do contraponto polifônico musical: coisa que Monteverdi conhecia bem, mas queria fazer diferente!

Segundo Monteverdi, o artista - poeta - deveria criar as suas próprias regras na tentativa de se chegar ao efeito desejado. No caso, para "projetar um texto que impactasse o ouvinte".

Mais tarde, o próprio crítico Artusi, que criticara a mudança ocorrida - o rompimento ocorrido de uma fase musical para a outra - aderiu ao movimento e percebeu que a ideia de que a música tinha leis invioláveis não servia mais, tornando-se admirador do compositor.

Foi ele, Monteverdi, que alcançou o ideal do grupo Camerata... O primeiro drama musical que fez foi Orfeo (1607), o que ocasionou uma revolução na arte musical da época, pois conseguiu ampliar a capacidade vocal dos cantores, colocando cerca de 40 músicos em cena, que em certos momentos, eram utilizados apenas partes instrumentais. Cláudio Monteverdi compunha óperas e madrigais, reunindo em suas obras a paixão e a devoção religiosa.

                                                                       Dennys Andrade

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