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sábado, 28 de julho de 2012

As coisas se constróem

A Revolução dos Versos realmente é uma realidade em todo o Brasil e no mundo! Outro dia estava eu falando com o jornalista que aqui no Rio de Janeiro sou o único que disytribui versos de graça para as pessoas... Faço isso por convicção mesmo, e o objetivo não é lucrar com isso e sim fazer com que as pessoas leiam mais, se esclkareçam mais e reflitam mais sobre o que a Grande Mídia apresenta para elas.

Não sou louco, mas não tenho pretençõs de ganhar dinheiro com as Sopinhas de Versos, pois a minha fonte de lucro é outra - a banca de jornal!

Faço poesia desde 98 e sempre achei que a sociedade em geral precisava de mais poesia, então ficavam mentalizando, bolando, conjecturando um geito de fazer isso - fazer a sociedade pensar mais. Sempre fiz poesia, e de maneira compulsiva e sempre às guardava, mas foi só em 2009 que inventei uma maneira de colocar a Revolução dos Versos nas ruas. O conceito foi criado em 2006 num sarau que eu estava ajudando a organizar no bairro da Penha - foi o primeiro sarau do bairro em muitos ano...

O sarau tinha o nome comprido de "Sarau, Cultura e Poesia na Penha Acontece" e foi de iniciativa do senhor Mário Xavier, um autor que surgiu no bairro mesmo, mas que morava na Ilha do Governador. Bom, quem fazia a divulgação do sarau era eu e divulgava o evento com o nome de "Sarau Cultura e Poesia" apenas. Era um sarau mensal e itinerante... Eu cheguei a comentar com a Ana cristina Pinto, da "Biblioteca Popular Alvaro Moreyra" na época que nós deveríamos fazer uma revolução dos versos e me acusaram de querer mudar o nome do sarau, mas isso depois que eu tinha conseguido colocar uma notinha no Prosa e Verso do Globo e levar o RJTV para cobrir um dos sarau realizados, que na ocasião foi no Colégio São Fabiano - pois é, o que a inveja não faz...

Em outubro, depois do sarau foi que eu saí do grupo que estava organizando o sarau por causa que colocaram uma folha com o nome de todos os participantes do sarau, menos o meu nome: me indignei!!!!
Não gostei, reclamei e saí do grupo, pois eu era um dos que mais estava trabalhando - tanto que consegui enplcar duas chamadas para o sarau e uma cobertura. A terceira chamada saiu no Prosa e Verso também, com o título "Poesia na Penha" ou alguma coisa assim informando que teria um sarau de poesia no bairro - o que na época era mais inusitado ainda.

Saí em outubro e houve o sarau de novemnbro, o de dezembro não fiquei sabendo e nem me enteressei em saber... No ano seguinte fiquei sabendo que o Mário Xavier havia falecido, aos 83 anos.


A Revolução dos Versos foi adiada, apenas, mas agora ela está à todo vapor! Foi inventada em novembro de 2009, teve iníco em dezembro de 2010  e não parou mais... A revolução continua vigente na banca de jornal.

A banca fica na esquina da rua Coelho Neto esquina com a Ipiranga, em Laranjeiras, no Rio, e com certeza é a esquina mais poliglota, irreverente e contemporânea da cidade, pois lá passa de tudo: de turista perdido à morador de rua querendo conversar. Na minha banca passa gente falando inglês, francês, espanhol, japonês e até já passou um chinês, que fazia curso de português e que adorou a Sopinha de Versos.

Ele pegou uma frases de Nélson Rodriguês, e eu explquei - em inglês - que o autor foi um grande escritor brasileiro que modernizou o teatro brasileiro, e que também era jornalista. Acabei mesclando na conversa inglês e português, e o mais interessante é que ele, que tinha o nome de Kung, entendia mais quando eu falava português do que inglês, e olha que o português ainda não é uma língua internacional! Bem, o Acordo Ortgráfico está tentando resolver esta parte, mas já vi uma reportagem em que o portuguêses resistem à adoção deste por acusar-lo de dar preferência às regras ramaticais brasileiras.

Eles dizem que estão sendo colonizados pelo Brasil, é mole???

O problema é que o Português é uma lingua viva, e que se manifesta de formas diferentes nos países que que ele é falado... Acho que isso acontece também com o Inglês, mas eles acabaram achando um conversos comum para tornar a língua internacional...

Dennys Andrade





domingo, 22 de julho de 2012

Alguns conceitos para a sociedade se orientar!!!

Revolução dos Versos - a revolução se dá através da Sopinha de Versos, que são trechos (identificados) de poesia ou de pensamento de autores consagrados.




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[A era keynesiana iniciou-se com a publicação da Teoria geral do emprego, dos juros e da moeda, de John Maynardes Keynes, em 1936 – Revolução Keynesiana]
... preocupações como com as implicações práticas da Teoria Econômica. A economia mundial atravessava, na década de 30, uma crise, que içou conhecida como a Grande Depressão. A realidade dos fatos relacionados à situação conjuntural da economia dos principais países capitalistas, naquele momento, era crítica. Nos Estados Unidos, após a quebra da Bolsa de Nova York, o número de desempregados assumia proporções elevadíssimas. Segundo o pensamento keynesiano, um dos principais fatores responsáveis pelo volume de emprego é explicado pelo nível de produção nacional de uma economia, que por sua vez é determinado pela demanda agregada ou efetiva. Ou seja, inverte o sentido da Lei de Say (a oferta cria a sua p´ropria procura) ao destacar o papel da demanda agregada de bens e serviços. Para Keynes, como não existem forças de autor- ajustamento na economia, torna-se necessária a intervenção do Estado através de uma política de gastos públicos (...) De modo geral, essas políticas revelaram-se eficientes e apresentaram resultados positivos no período que se seguiu à Segunda Guerra Mundial.   
 
®Revolução dos Versos                                                                                                                                      Dennys Andrade
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A sociedade decretou que determinado bem era o bem verdadeiro. Suponhamos que este bem é, por exemplo, um prazer honestamente adquirido através do trabalho, e que Tu preferes os numerosos prazeres da preguiça; neste caso a sociedade não teria em conta o Teu prazer. Ao proclamar que deseja o bem de todos o comunismo destrói o bem-estar  daqueles que vivem das suas rendas, etc.

(Marx e Engels, A Ideologia Alemã, pag 277, 278) 


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...o comunismo destrói o bem-estar daqueles que vivem das suas rendas, etc.

O bem de Todos = Comunismo
                            = Se assim é
                            = Um mesmo bem de Todos
                            = O bem-estar igual de Todos
                                Numa mesma situação
                            = O bem verdadeiro
                            = [O bem sagrado, o sagrado, o
                                reino sagrado, a hierarquia]
                            = Domínio da religião.
        Comunismo = Domínio da religião.

...impor como bem verdadeiro o prazer honestamente adquirido através do trabalho. Além de Stirner e de alguns mestres sapateiros ou mestres alfaiates, quem poderá sonhar com um prazer honestamente adquirido através de trabalho?  E consegue por tais frases justamente na boca dos comunistas, que negam a própria base dessa antítese trabalho-prazer! O nosso santo moralista pode ficar tranquilo quanto a esse ponto. Os cuidados adquiridos de adquirir honestamente através do trabalho ser-lhes-ão abandonados, a ele e a todos aqueles que representa sem o saber: todos os seus queridos pequenos artesãos arruinados pela liberdade de empresa e moralmente revoltados. Os numerosos prazeres da preguiça fazem igualmente parte das mais banais concepções burguesas.

(Marx e Engels, A Ideologia Alemã, pag 278, 279)  
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“A natureza nos dá a vida, como dinheiro emprestado a juros, sem fixar o dia da restituição” (Cícero)

[Eduardo Giannetti da Fonseca, O Valor do Amanhã,]
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“A velhice é uma calamidade” (De Gaulle)
[Eduardo Giannetti da Fonseca, O Valor do Amanhã]
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“A velhice é a mais inesperada de todas que acontecem a um homem” (Trotski)
 [Eduardo Giannetti da Fonseca, O Valor do Amanhã]
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Ao mirar seu futuro terreno, cada indivíduo tem por desafio conquistar os meios que lhe permitam virar a página do trabalho sob a compulsão da necessidade e tornar-se dono do seu próprio tempo. Embora distante do horizonte da grande maioria, a alternativa de viver da renda de juros sem precisar trabalhar – no sentido de “vender” ou “alugar” parte do seu tempo a terceiros em troca de renda – é algo que poucos recusariam (vide o sucesso das loterias). “Economia de tempo”, dizia Marx,  “a isso toda a economia em última instância se reduz”.
     [Eduardo Giannetti da Fonseca, O Valor do Amanhã]
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No conto “O empréstimo”, Machado de Assis retrata os pedaços de um personagem que possuía “a vocação da riqueza, mas sem a vocação do trabalho”. A resultante desses dois impulsos discrepantes era uma só: dívidas. Elas têm a vocação do crescimento, mas sem a vocação da espera. E a resultante, quando não é inflação ou crise no balanço de pagamentos, é também uma só: juros altos.
 [Eduardo Giannetti da Fonseca, O Valor do Amanhã]
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A vida não admite solução de continuidade quando necessidades inadiáveis estão em jogo, o aqui-agora governa as ações. O que puder ser feito para atender a essas necessidades, não importando os custos futuros, valerá a pena.
[Eduardo Giannetti da Fonseca, O Valor do Amanhã]
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A liberdade de escolha desligada da capitação para o seu exercício é uma expressão vazia. (...) Os indivíduos perecem, mas a sociedade a que pertencem – obra aberta que une na mesma trama os valores dos mortos, dos vivos e dos que estão por vir – segue em frente. O passado condiciona. O presente desafia; o futuro interroga.
[Eduardo Giannetti da Fonseca, O Valor do Amanhã]
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   A opção por um mundo em que desfrutar o momento e viver a vida subordine o imperativo de acumular, competir e consumir sempre mais é perfeitamente racional e justificável do ponto de vista ético. Mas, para que isso reflita uma escolha cultural, alguns requisitos precisariam ser atendidos. A pobreza em larga escala  num ambiente de profunda desigualdade de oportunidades; o descaso secular com a educação e a conseqüente perpetuação de um sistema de ensino vergonhosamente falho, e, por fim a incerteza e instabilidade do marco institucional são realidades que não só distrocem os valores da convivência, como deformam, em larga medida a psicologia temporal da sociedade. A resultante dessa combinação é o predomínio da razão curta: um estreitamento de horizonte de futuro e a exacerbação da preferência pelo aqui-e-agora  em sério prejuízo dos interesses vindouros. Isso não reflete uma escolha autônoma – a vitória da “arte de viver”  sobre a “arte de acumular”  -, mas o jugo de distorções que cerceiam a margem de escolha dos indivíduos e encontram nos juros cronicamente altos uma de suas mais contundentes e perversas manifestações.
[Eduardo Giannetti da Fonseca, O Valor do Amanhã]
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Como reconhece o jovem Marx – com uma pitada talvez de exagero –, no sistema econômico vigente nessas sociedades “a principal parte do esforço produtivo, como por exemplo na construção de templos no Egito, Índia e México, pertencia ao serviço dos deuses, assim como o produto final também a eles pertencia”. Se a opção causa estranheza aos olhos modernos, a recíproca não seria talvez menos verdadeira . Afinal, vale indagar, quem ousaria supor que homens algum dia deixariam de oferecer o excedente  aos seus deuses e fariam da própria geração de excedentes, cada vez maires, o seu novo deus?
[Eduardo Giannetti da Fonseca, O Valor do Amanhã]
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“Economia de tempo”, dizia Marx, “a isso toda a economia em última instância se reduz”   (Estudo dos tempos e movimentos)
[Eduardo Giannetti da Fonseca, O Valor do Amanhã]
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A sociedade é construída pelos indivíduos que a integram e não existe sem ela. Mas a interação das escolhas e ações desses mesmos indivíduos põem em movimento processos dotados de características próprias: a dinâmica do todo social tem propriedades que não se reduzem à mera soma ou agregação simples das escolhas e ações das partes.
  [Eduardo Giannetti da Fonseca, O Valor do Amanhã]
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O programa dos Dois Minutos de Ódio variava de dia a dia, sem porém, que Goldstein deixasse de ser o personagem central cotidiano. [Como de hábito a face de Emanuel Goldstein , o Inimigo do Povo, surgira na tela.] Nunca podia ver a face de Goldstein sem uma dolorosa mistura e emoções. Era um rosto judaico, magro, com um grande halo de cabelo branco esgruvinhado e um pequeno cavanhaque (...)  Goldstein lançava o costumeiro ataque peçonhento às doutrinas do Partido – um ataque tão exagerado e perverso que uma criança poderia refutá-lo, e no entanto, suficientemente plausível para encher o cidadão de alarme, de receio que outras menos equilibradas o pudessem aceitar. Insultava o Grande Irmão, denunciava a ditadura do Partido, exigia a imediata conclusão da paz com a Eurásia, advogava a liberdade da palavra, a liberdade de imprensa, a liberdade de reunião, a liberdade de pensamento, gritava histericamente que a revolução fora traída – e tudo numa linguagem rápida, polissilábica, que era uma espécie de uma paródia habitual dos oradores do partido, e até continha palavras da Novilíngua: o maior número dessas palavras, com efeito, do que qualquer membro do partido usaria na vida diária. E todo o tempo para que não persistissem dúvidas quanto á realidade ocultada pela lengalenga especiosa de Goldstein, marchavam por trás de sua cabeça, na teletela, infindas colunas do exército eurasiano – fileiras após fileiras de homens sólidos com rostos asiáticos, sem expressão, que vinham até a superfície da placa sumiam, para ser seguidos por outros exatamente idênticos. O ritmo cavo e monótono das botas dos soldados formava uma coluna sonora para os balidos de Goldstein. Antes de o Ódio se haver desenrolado por trinta segundos, metade dos presentes soltava incontroláveis exclamações de fúria.   
 (1984, George Orwell)         
[O ritmo cavo e monótono das botas dos soldados formava uma coluna sonora para os balidos de Goldstein. Antes de o Ódio se haver desenrolado por trinta segundos, metade dos presentes soltava incontroláveis exclamações de fúria.]
No segundo minuto o Ódio chegou ao frenesi. Os presentes pulavam nas cadeiras e berravam  a plenos pulmões, esforçando-se para abafar a voz alucinante que saía da tela – o ódio chegou ao clímax.
(1984, George Orwell)
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O Ódio chegou ao clímax. A voz de Goldstein transformara-se de fato num balido de ovelha, e por um instante o rosto se transformou numa cara de carneiro. Depois a cara de carneiro se fundiu na de um soldado eurasiano que parecia avançar, enorme e terrível, com a metralhadora de mão rugindo, parecendo saltar da tela, de modo tão real que alguns da primeira fileira se inclinaram para trás. No mesmo momento, porém, arrancando um fundo suspiro de alívio de todos, a figura hostil fundiu-se na fisionomia do Grande Irmão, de cabelos e bigodes negros.
(1984, George Orwell)
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Ninguém ouviu o que o Grande Irmão disse. Eram apenas palavras de incitamento, o tipo das palavras que se pronunciam no vivo do combate, palavras que não se distinguem individualmente mas que restauram a confiança pelo fato de serem ditas (...) o rosto do Grande Irmão pareceu persistir por vários segundos na tela.
(1984, George Orwell)
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Boa parte da produção literária do passado estava, na verdade, sendo transformada dessa maneira. Por uma questão de prestígio, tornou-se desejável preservar a memória de determinados personagens históricos e adequar seus atos á filosofia do Ingsoc [ideologia dominante]. Vários escritores, como Shakespeare, Milton, Swift, Byron, Dickens e outros, estavam sendo traduzidos dessa maneira; quando esse trabalho fosse concluído, suas obras originais, juntamente com tudo o que havia restado da literatura do passado seriam destruídas. Essas traduções significavam um processo lento e difícil e não se esperava que fossem concluídas antes da primeira ou segunda década do século vinte e um. Havia também grande quantidade de literatura meramente utilitária – manuais técnicos indispensáveis e publicações semelhantes – que deveria ser tratada da mesma maneira. Foi principalmente para dar tempo a esse trabalho preliminar de tradução que se fixou uma data tão distante como a do ano de 2050 para a adoção definitiva da Novilíngua.
 [Novilíngua: Um vocabulário novo, novas palavras que são impostas e substituem palavras antigas que dão liberdade ao pensamento]                

(1984, George Orwell)               
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Para Marx o ideal desenvolvimentista, do primeiro ao último de seus escritos (...) exala outro tipo de trabalho que habilitará o homem a desenvolver livremente suas energias físicas e mentais (...) No primeiro volume de O capital (...) é essencial para o comunismo transcender a divisão do trabalho capitalista:

... o indivíduo parcialmente desenvolvido, meramente portador de uma função social especializada, deve ser substituído pelo indivíduo plenamente desenvolvido, adaptável a várias atividades, pronto para aceitar qualquer mudança de produção, o indivíduo para quem as diferentes  funções sociais que desempenha são formas variadas de livre manifestação dos seus próprios poderes, naturais e adquiridos.

Essa visão do comunismo é inquestionavelmente moderna (...) mais ainda em seu ideal de desenvolvimento como forma de vida boa.

 (Tudo que é Sólido Desmancha no Ar, Marshall Berman – A aventura da modernidade, pag. 104, 105)           
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A dialética da nudez que culminará em Marx é definida logo no início da era moderna, no Rei Lear de Shakespeare. Para Lear, a verdade nua é aquilo que o homem é forçado a enfrentar quando perdeu tudo o que os homens podem tirar-lhe, exceto a própria vida. Vemos sua família voraz, impelida apenas pela vaidade cega, rasgar seu véu sentimental. Despido não só de político mas de qualquer de dignidade (...) ele se detém e estremece, assalta-lhe o pensamento de que todo o seu reino está repleto de pessoas cujas vidas inteiras são consumidas por um sofrimento devastador, interminável, que lhe começa a experimentar exatamente agora. Quando estava n poder, jamais o notara; todavia agora estreita a visão para o captar:

Pobres miseráveis desnudos, onde quer que estejam,
Que aguardam o golpe dessa impiedosa tormenta,
Como suas cabeças desabrigadas, seus ventres vazios,
Seus rostos e imundos farrapos poderão protegê-los
De intempéries como estas? Oh, dei muito pouca
Atenção a isso! Toma este remédio, oh pompa inútil:
E tu, que possas sentir o que os miseráveis sentem,
Para que o supérfluo de tua dor se espalhe entre eles
E mostre bem clara a justiça dos céus. (III, 4, 28 – 36)

Só agora Lear chega a ser o que almeja: “rei dos pés a cabeça”. A tragédia está em que a catástrofe que o redime humanamente, politicamente o destrói: a experiência que o qualifica de maneira genuína para ser rei torna impossível tal realização. Seu triunfo consiste em tranformá-lo em algo que ele jamais havia sonhado ser, um ser humano.

(Tudo que é Sólido Desmancha no Ar, Marshall Berman – A aventura da modernidade, pag. 104, 105)  
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Não obstante, a verdade é que, como Marx o vê, tudo o que a sociedade burguesa constrói é construído para ser posto abaixo. “Tudo o que é solido” – das roupas sobre nossos corpos aos teares e fábricas que as tecem, aos homens e mulheres que operam as máquinas, às casas e aos bairros onde vivem os trabalhadores, às firmas e corporações que os exploram, às vilas e cidades, regiões inteiras e até mesmo as nações que as envolvem – tudo isso é feito para ser desfeito amanhã, despedaçado ou esfarrapado, pulverizado ou dissolvido, a fim de que possa ser reciclado ou substituído na semana seguinte e todo o processo possa seguir adiante, sempre adiante, talvez para sempre, sob formas cada vez mais lucrativas.   
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