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sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Tempos de Recessão

Revolução dos Versos

Joaquim Levy disse que o Brasil precisa de crescimento. Uma forma de se conseguir isso, ao meu ver seria:

Começar a reforma pela base. Existem milhões de Cadernetas de Poupança no país. Penso que se o governo taxasse as cadernetas em 10 reais (o mínimo possível) e depois devolvesse esse dinheiro para o correntista ao final do ano resolveria o problema. 

Como seria: A cada mês seria cobrado de cada caderneta de poupança 10 reais, que seria depositado em uma conta especial, que rendesse um juros maior para o governo, e no fim do ano - tipo um décimo quarta salário - esse dinheiro fosse devolvido ao correntista corrigido à taxas bancárias normais.

A URV (Unidade Real de Valor) , segundo um professor que tive na faculdade - Carlos Roma, de História - serviu para o governo fazer caixa para implantar o Real mais tarde. Com esse esquema o governo iria fazer caixa sem onerar muito a população e utilizando os princípios do mercado para isso.

O governo ficaria no fim do ano com os rendimentos do dinheiro que foi depositado nesta conta especial para se financiar, sem apertar demais a classe trabalhadora e achando uma saída para o quadro de recessão!

Dennys Andrade

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Como sair da recessão 2

Refiz a estratégia apresentada em "Como sair da recessão" e bolei o seguinte:

Se uma pessoa que ganha por dia, informalmente, e que ganha de 100 a 300 reais por dia - o consumo está aquecido no país!

Marcos Silvestre diz no livro "10 Mandamentos da Prosperidade" que se você tem ma prestação de 1500 mensais no banco, 1000 reais é correspondente à dívida e os outros 500 são um "dízimo" que você paga ao banco. da mesma forma, se você deixar um dinheiro na poupança durante todo o mês você ganhará um juro sobre esse valor, que será o "dízimo" que o banco te paga por você ter controlado a ansiedade de tirar o dinheiro antes de um mês.

Se esta pessoa, que trabalha informalmente, colocar na poupança 20 reais por dia de semana apenas, em uma semana terá 100 reais poupados. Em um mês terá 400 reais. E no fim de semana, a pessoa que trabalha informalmente não para de trabalhar e poderá usar o dinheiro todo que ganhar nos sábados e domingos!

Se em um mês o trabalhador informal tem 400 reais poupados, em um ano (12 meses), terá 4800 reais. Com mais um mês de poupança neste esquema terá 5200, que poderá fazer um CDB, ou CDI por exemplo, que segundo Gustavo Cerbasia a transferência da Poupança para esses planos, nos bancos é gratuita!

Bem; fazendo esse esquema de se colocar 20 reais por dia na poupança durante dois anos se terá 9600 guardados. Com mais um mês de poupança - 400 reais por mês - se terá 10 mil reais, sem contar com os juros, que na poupança é baixo...

Essa é uma forma de uma pessoa que trabalha ganhando por consignação economizar e então se tornar um micro-empresário, pois com 10.000 reais se pode montar uma empresa bem legal, seja esta funcionando por consignação ou não...

Imagina se duas ou três pessoas se associam e fazem isso para depois de dois anos e um mês montarem uma empresa? Na nave do Conhecimento, por exemplo, se tem cursos de Empreendimentos de graça para a população!!!

Essa ideia é baseada nos estudos dos "Tempos e Movimentos" de Marx. O André Lara Rezende define o marxismo como comunismo, porém não é todo o marxismo que se deve jogar fora como conceito básico!

Dennys Andrade  

Alternativa Econômica

Fui pensando e fiz um esquema (mental) para o Brasil sair da recessão antes do previsto. Segundo a Economia existem três variáveis: famílias/consumo (C), Empresas (I) , e gastos do governo (G). As dívidas empresariais internas do Brasil têm um montante de  R$2,49 trilhões:

“A dívida pública federal, que inclui os endividamentos interno e externo do governo, registrou aumento de 1,83% em maio deste ano, para R$ 2,49 trilhões, segundo informações divulgadas nesta terça-feira (23) pela Secretaria do Tesouro Nacional”

Uma sugestão legal seria se perdoar as diversas dívidas das empresas do país, que provavelmente nunca serão pagas, de todas as empresas do país. Isso seria legal para destravar a economia do país, visto que estamos numa recessão pior do que a iniciada em 1929. O legal seria perdoar as dívidas para que a economia do país continue crescendo!
Segundo Thomas Piketty a taxa de retorno de uma economia é maior do que o que ela realmente produziu ( r > g ) , e se a taxa de r é maior que g , como se terá retorno se  todas as empresas ( I ) estão endividadas?  Na faculdade me foi explicado que numa economia socialista, por exemplo, quando se está em paz tudo corre perfeitamente, porém quando esta entra numa guerra os trabalhadores que produziam alimentos são remanejados para produzir canhão, e é isso que gera a crise de alimentos no país em questão.

Faço minhas estratégias próprias de esforço de poupança e outras estratégias econômicas também, bolo esquemas mentais, enfim. No livro “10 mandamentos da Prosperidade”, de Marcos Silvestre, ele dá um exemplo de uma pessoa que ganha 4000 reais por mês guardar numa poupança 400 reais. Adaptei esta sugestão e atualmente busco colocar ao menos 40 reais na poupança. Apenas 1% do proposto!

Uma outra sugestão que dei para destravar a economia do país é as editoras emitirem notas com um prazo maior, pois quando elas emitem boletos chega num dia com vencimento para o dia seguinte. Então os jornaleiros de todo o país têm que ficar correndo atrás do dinheiro. Com isso os jornaleiros apenas pagariam os boletos com o dinheiro que passa por eles, visto que uma banca de jornal vive de freqüência de clientes, e como todo negócio, tem dia que vende mais e dia que vende menos! Os jornaleiros acabam ficando reféns das editoras do país, e dar 2 ou 3 dias de prazo não prejudicaria o processo nas editoras. Porém prejudica e muito o jornaleiro, que se não pagar a boleta em dia têm o jornal ou a revista cortados e prejudicando assim a economia como um todo. Isso é só um exemplo! Fora os outros produtos que se vendem numa banca de jornal, e que são todos por consignação. Fui jornaleiro e sei disso.

Uma alternativa à CPMF que bolei também seria se cobrar 10 reais por mês de todas as poupanças do país, que seria colocado em uma conta especial do governo, com uma rentabilidade maior (tipo 10%) e depois de um ano (12 meses) o correntista poderia resgatar esse dinheiro integral, que renderia a 2% ao mês, ficando assim uma remuneração para o governo. Ou se cobrar 1% do poupado no mês anterior...


segunda-feira, 6 de abril de 2015

Como sair da recessão

Vamos sair da Recessão se a ajuda do governo?

Se diz ainda que estamos em uma proto-recessão...

Gostaria de sugerir de a todo brasileiro que começasse a estimular as pessoas a a fazerem Poupanças pelo país à fora... Isso porque penso que se o governo não nos dá condições efetivas de crescimento pessoal, temos que nos esforçar por nós mesmos. Ao escrever esse texto estou pensando em pessoas que trabalham por conta própria, vendendo doces em barraquinhas ou café nos pontos de ônibus de manhã a 0,50 centavos...
Hoje li um artigo na net dizendo que a Poupança não é o melhor investimento, porém, se faz interessante por não haver pagamento de taxas, como nos CDBs.
Penso que se todos, começando pelos taxistas ouvintes da Band News, começarem a poupar ao menos 10 reais por dia nos bancos, em poupanças - uma poupança interessante é a da Caixa, a qual se tem acesso rápido em loterias, por exemplo - o país começará a ter uma retomada de investimentos por si só, já que o governo não faz a sua parte.
Aumentando os níveis de poupança da população o governo será obrigado a dar mais atenção à poupança...

Isso é uma ideia que tive ao Ler O Capital do Século XXI, em que Thomas Piketty diz que é preciso, para um país, aumentar os seus níveis de poupança. Para um país que está quase em recessão, como o Brasil, ou em recessão de fato, porém escamoteado (o que penso), uma saída para se combater as iniciativas desastrosas do governo seria essa: aplicar o dinheiro na poupança, penso.

Se houver um implemento na Poupança em nível nacional, ela pode se tornar a porta de saída de uma situação pior, já que grandes investidores preferem outros tipos de investimento, mas a poupança é o único investimento seguro e sem risco do país.
Analistas preferem CDBs, CDIs e outras aplicações, mas penso que a recessão oprime mais intensamente as populações de baixa renda, então, uma forma dessas populações responderem a isso é aplicar, todos os dias, em Caderneta de Poupança. Após a leitura de Investimentos Inteligentes, de Gustavo Cerbasi, minha confiança na poupança cresceu mais ainda!

Uma estratégia que bolei a algum tempo para um amigo meu, que trabalhava ganhando por dia, vendendo picolé na rua foi a seguinte:
Ele havia me dito que ganhava 100 reais em dia ruim e 300 reais em dia bom, então sugeri a ele que colocasse 10 reais todos os dias numa poupança, e que às sextas-feiras colocasse 30 reais: sexta, sábado e domingo. No fim do mês ele teria economizado 300 reais. E se fizesse isso durante uns 5 ou seis meses, ou até um ano, ele teria condições de alugar  uma lojinha para abrir uma sorveteria, com uma consignação da Kibon, por exemplo... (Investimento de curto prazo!)
_ Ele, o Paulo, ficou doido, colocou a mão na cabeça e ficou imaginando as possibilidades.
Isso porque ele ganhava dinheiro de dia para comer bem à noite. Passou um tempo e encontrei com ele de novo e ele tinha me dito que estava guardando 50 reais por semana. E olha que ele não tinha nem conta bancária. Ao meu ver foi uma evolução pessoal dele!
Para abrir uma poupança qualquer é preciso identidade, CPF e comprovante de residência. Disse isso para ele! Ele, desenformado, não sabia nem como abrir uma conta qualquer o banco. Orientei-o e ele agora tem uma Poupança, e se tiver seguido as recomendações que dei para ele, tem mais de mil reais na conta, isso se não tiver feito a sorveteria por consignação que havia sugerido também...
Como é que falam que a poupança não é interessante?
_ Poupança é investimento de pobre.
Como falam as más línguas, mas é o investimento mais confiável, pois tem uma certa imunidade às oscilações do mercado.  

Dennys Andrade

domingo, 8 de março de 2015

Migração ou Êxodo Urbano?

Fico pensando que não existe nenhuma fórmula para potencializar os lucros de um país, porém, há estratégias para tentar diminuir ou equalizar as distorções das deslocações populacionais, como a migração, por exemplo.

Hoje, no periódico O Globo, em entrevista ao jornal, numa reportagem sobre a Venezuela expõe uma fórmula populacional para a América Latina, em que Alfredo Valadão, brasileiro, professor de América Latina em Paris da Sciences Po, diz que "... o mundo vai continuar - se não mudar o quadro de exportação atual - olhando para a América do Sul apenas relevante em três quesitos" que é exposta pela formula E = mc2, ou seja: Energia é igual a migração vezes cocaína.

Segundo Thomas Piketty r>g (retorno é maior que o efetivamente gerado por um país), porém oslucros da fórmula de Piketty são consumidos para manter os presos da fórmula anterior.

Penso que a migração não deve ser encarado por prejuíso, mas sim como um implemento à economia. Já imaginou se o C de cocaína fosse substituído por C de consumo?

Para isso seria preciso dar um número, tipo o CPF para os estrangeiros, permitindo a eles (imigrantes) se estabelecerem e se legalizarem no país, sendo dado a eles todos os direitos e deveres de um cidadão brasileiro. Na copa os "motohomes" dos argentinos que ficavam em locai irregulares não foram multados justamente porque eles eram estrangeiros e não havam sistema de intercãmbio de multas entre as nacões da América Latina, o que é um contrassenso, visto que eles não são impedidos de entrar no país quando quiserem.  Nem de sair!

domingo, 1 de março de 2015

Recessão Brasil

Bem, se estamos em Recessão penso que a fórmula usada na Economia se equivocou. Ela é baseada no consumo!

O Brasil perdeu graus de investimento, devido a um capitalismo de Estado Tropical.

Utilizando os argumentos de Thomas Piketty, que propõe se taxar os grandes rendimentos do país, mas ele também fala que sempre deve ser no mínimo, pois corre-se o risco de ser injusto. Gustavo Cerbasi também diz que se deveria sempre guardar uma parte da renda.

Penso que se poderia dar um cavalo-de-pau na Economia. Como? fazendo o país deixar de ser baseado no Consumo para ser baseado na poupança. Como Cerbasi mesmo diz, os juros, para quem tem um dinheiro guardado, é benéfico!

Proponho ás classes mais baixas uma poupança de 10 reais por mês, em uma poupança simples. Por exemplo, se uma pessoa que trabalha ganhando por dia, fazendo um comércio funcional - e sazonal - como um vendedor de sucos ou um vendedor de picolé, por exemplo, que trabalha no regime de consignação, e que esta quantia por dia é um valor insignificante, pois não onera o trabalhador, que ganha por dia.

Pikety diz que precisamos elevar os níveis de poupança do país. Uma pessoa que deposite 10 reais por dia no banco ou 50 reais por semana, em poucos meses terá condições de alugar uma loja e , através de uma consignação, montar um negócio e dar emprego a outras pessoas menos preparadas...

Gustavo Cerbasi diz que deveria ter uma educação financeira no país, e que, o jovem fosse capacitado para montar um negócio (sim ples) dando emprego a outros jovens menos preparados. 
  
Como política penso que o país deveria sim fazer uma poupança compulsória, ou seja: criar uma linha de crédito especial, em que das pessoas menos favorecidas seja recolhido 10 reais por mês e das poupanças maiores seja taxado em 0,1% ou 0,2%,como Pikety recomenda mesmo, pois assim o dinheiro teria sempre que ser reposto, ou seja, a conta bancária sempre teria que ser alimentada mensalmente para se manter. 

_ Até porque já ouvi no rádio que deixar dinheiro parado não é bom!

E acho que se fazendo essas medidas, se são simples, à primeira vista, o Brasil, em poucos anos pode sair da Recessão em que está, a tal da "recessão técnica", e essas medidas podem ser feitas por cidadãos comuns também, que se cansaram de ficar esperando um sinal positivo do nosso Estado Paternalista...  

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Conclusão do Piketty

Thomas Piketty conclui, em seu livro "O Capital do Século XXI" que:

"... Quando estudamos O século XVII ou o XIX, podemos mais ou menos imaginar as evoluções dos preços e do salários, das rendas e riquezas, seguindo uma lógica econômica autônoma e interagindo pouco ou nada com as lógicas propriamente políticas e culturais. Quando estudamos o século XX, tal ilusão logo se desfaz. Basta uma breve olhada nas curvas de desigualdade da renda e do patrimônio ou a aceleração capital/renda para ver que a política está em toda parte e que as evoluções econômicas e políticas são indissociáveis, devendo ser estudadas lado a lado. Isso obriga também a estudar o Estado, o imposto e a dívida nessas dimensões concretas e a sair dos esquemas simplistas e abstratos sobre a infraestrutura econômica e a superestrutura política."

_ Não é á toa que o protesto dos caminhoneiros, no mês de fevereiro de 2015, que parou o trânsito nas principais estradas do país, foi vencedor e conseguiu ser atendido em suas reivindicações totais. A lei dos caminhoneiros, regulando horas de trabalho, foi assinada sem vetos. 

Temos que saber separar, no Brasil, o joio do trigo, o que me parece que o povo não sabe fazer direito - o roubo na Petrobras tá ai para provar isso!

Seria legal as pessoas começarem a levar maquininhas de calcular para fazer compras no supermercado e boicotar os produtos que tiveram altas exorbitantes...

Com a última frase de Thomas Piketty termino este texto: "Recusar-se a fazer contas raramente trás benefícios aos mais pobres."    

_ Para ser pensado, pois isso vale para tudo na vida. 











segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Capitalismo X Democracia


Teve uma vez que comentei, na faculdade com um colega, que Capitalismo e Democracia juntas não existe, pois uma acaba sendo uma antítese da outra...

E olha o que eu achei no livro do Thomas Piketty:

"Para que a democracia venha um dia a retomar o controle do capitalismo, é necessário, em primeiro lugar, partir do princípio de que as formas genuínas de democracia e do capital estão e sempre estarão para ser reinventada."

_ Acho que ele concorda com esse meu comentário.

O Carlos Roma (professor 01 da Estácio de Sá), de História, durante uma de suas aulas expôs que na democracia ou se promove o bem-estar social (da população) e deixa a economia pra lá, como foi no caso do Cruzeiro, e que a inflação era disparada, ou se arrochava a economia, controlando-a, mas tendo a piora da situação da população.

Penso que o meu comentário, no fim, estava certo, pois ou se exerce controle sobre a Democracia ou sobre o capitalismo, mas ainda temos chance, pois a situação sempre pode ser reinventada...

Dennys Andrade 

  


domingo, 22 de fevereiro de 2015

Inflação


Para Thomas Piketty:


 ... trata-se da obviamente da principal inquietude no longo prazo. O Relatório Stern, publicado em 2006, dividiu a opinião pública ao calcular que os estragos potenciais a serem causados ao meio ambiente até o fim do século poderiam ser transformados em números, segundo certos cenários, que atingiam dezenas de pontos do PIB mundial por ano. Entre os economistas, a controvérsia em torno do Relatório Stern foi muito voltada para a questão da taxa com a qual se deveria trazer estragos futuros para os valores atuais. Para o britânico Nick Stern, seria necessário utilizar uma taxa de desconto relativamente baixa, da ordem da taxa de crescimento (1-1,5% ao ano), e, nesse caso, os estragos futuros já pareceriam muito elevados do ponto de vista das gerações atuais. A conclusão do relatório é, portanto, a necessidade de uma ação forte e imediata. Para o americano William Nordhaus, é preciso, ao contrário, utilizar uma taxa de desconto mais próxima da taxa de rendimento médio do capital (4-4,5% ao ano); nesse caso, as catástrofes futuras parecem muito menos inquietantes. Em outras palavras, cada um aceita a mesma avaliação dos estragos futuros (o que é obviamente apenas uma estimativa), mas tira conclusões muito diferentes. Para Stern, a perda em matéria de bem-estar global para a humanidade é tal que justifica gastar a partir de agora o equivalente a pelo menos 5% do PIB mundial por ano para tentar limitar o aquecimento global futuro. Para Nordhaus, isso não seria de forma alguma razoável, pois as gerações futuras serão mais ricas e produtivas do que nós. Eles encontrarão uma maneira de lidar com o problema, ou consumir menos, o que, em todo caso, seria bem menos custoso para o bem-estar universal do que fazer o esforço proposto por Stern. Essa é em essência a conclusão desses sábios cálculos.

_ Falando de Brasil: De uma forma ou de outra o Brasil já vive uma crise do aquecimento global, pois a zona de convergência, entre o Atlântico e o Pacífico, que fazia o Pantanal florescer, foi para a América Central e o Pantanal não teve época de cheia este ano, como nos anos anteriores.

        Livre para escolher, as conclusões de Stern parecem-me mais razoáveis do que as de Nordhaus, que mostra um otimismo atraente, além de bastante oportuno - e de todo modo muito coerente com a estratégia americana de emissão de carbono sem nenhuma restrição ( lá tá tendo nevascas fortíssimas!) -, mas no final das contas muito pouco convincente. Parece-me, no entanto, que esse debate relativamente abstrato sobre a taxa de atualização passa ao lado do debate central. Na prática escutamos muitas vezes no debate político, especialmente na Europa, mas também na China e nos Estados Unidos, argumentos sobre a necessidade de se lançar uma grande onda de investimentos visando descobrir novas tecnologias não poluentes e formas de energia renováveis abundantes o suficientes para vivermos sem os hidrocarbonetos. O debate sobre o "estímulo ecológico" esta particularmente presente na cena europeia, porque vemos aí uma maneira possível de sair do marasmo econômico atual. Essa estratégia é muito tentadora porque a taxa de juros à qual vários Estados tomam emprestado é hoje muito baixa. SE os investidores privados não sabem como gastar e investir, então porque o poder público deveria se privar de investir no futuro para evitar uma provável degradação do capital natural?

Esse é um dos principais debates do futuro. (...)    

(Thomas Piketty, pág 551, 552, 553 - O Capital do século XXI)

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Sugestão Tomas Piketty

Olha o que eu achei!!!          (Tomas Piketty, pag 528)

"A solução de longe mais satisfatória para reduzir a dívida pública consiste em arrecadar um imposto excepcional sobre o capital privado. Por exemplo, um imposto proporcional de 15% (no Brasil poderia ser de 8% a 10% de acordo com a renda) sobre todos os patrimônios privados geraria perto de um ano de renda nacional e permitiria, assim, reembolsar todas as dívidas públicas. O Estado continuaria a deter seus ativos públicos, mas o valor de suas dívidas seria reduzido a zero e, portanto, ele não teria mais juros a pagar. Tal solução é equivalente a um repúdio total da dívida pública... é sempre muito difícil prever a incid~encia final de um repúdio, mesmo parcial. As moratórias completas ou parciais da dívida pública são frequentemente em situações extremas de crise de superemdividamento público, como, por exemplo, na Grecia 2011-2012, sob a forma de um haircut de magnitude variável (usando a expressão consagrada): diminui-se entre 10% e 20% (ou mais) do valor dos títulos públicos detdos pelos bancos e pelos diferentes credores. O problema é que, se aplicarmos esse tipo de medida em grande escala, por exemplo, na escala da Europa, e não da Grécia(que representa 2% do PIB europeu), poderíamos apostar que isso suscitaria movimentos de pânico bancário e falências em cascata. (...) A vantagem do imposto excepcional sobre o capital, que se assemelha a um haircut fiscal, é precisamente que ele permite organizar as coisas de maneira mais civilizada. Garante-se, assim a contribuição de cada um, e, acima de tudo, evitam-se as falências bancárias, jé que são os detentores finais de patrimônios (as pessoas físicas), e não os estabelecimentos financeiros, que passam a contribuir. Para isso, é indispensável, claro, que as autoridades públicas disponham permanentemente de transmissões automáticas de informações bancárias para todos os ativos financeiros detidos pelas pessoas. Sem o cadastro financeiro, todas as políticas adotadas estariam em risco."      

  

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Solução Pikettyana...

Já que os trabalhadores não se vêem mais como uma classe, mas o são!, penso que deveria haver um importo mínimo para o país, de 10 reais para trabalhadores de baixa renda, que seriam acumulados durante um ano ou um ano e meio, e que no fim do período os trabalhadores poderiam retirar o dinheiro enquanto que os juros deste valor ficaria para o governo. Assim a sociedade deixaria de ser baseada no consumo e passaria a ser baseada na poupança, como Tomas Piketty sugere no livro “O Capital do Século XXI”

Percebo que Marx não estava totalmente errado, assim como não estava totalmente certo, porém, é importante se conscientizar as pessoas de que para se chegar ao topo – abrir um negócio – é preciso se acumular capital, o que nos tempos atuais é possível, através de uma consignação e muita disciplina... Afinal r > g !!!

(Dennys Andrade)


Marx não pôde imaginar que a classe burguesa engendraria no proletariado seus valores e daria a ele essa possibilidade de consumo. Os trabalhadores agora com poder de compra, não se vêem mais com uma classe.

Iniciamos assim a era da disciplina científica, na qual nos encontramos até hoje. Nela, não precisamos de contramestres para nos exigir disciplina e produtividade, exigimos isso de nós mesmos automaticamente porque agora, como diria Michelle Perrot, nosso contramestre é nossa consciência. Vivemos cada minuto de nossas vidas empenhados em sermos úteis e valiosos para o mercado e dessa forma - apenas dessa forma - sermos alguém, o que, na lógica capitalista quer dizer consumir e ascender economicamente para consumir mais.

_ Penso que no Brasil, e certamente no mundo todo, já que o mundo é globalizado - tendo a consciência como contramestre – todos querem se especializar em algo, porém, como o ensino no país é débil, ao invés de ter como objetivo fazer uma faculdade, o objetivo se caracteriza num “curso técnico”, para depois ser concretizado o ensino superior, e isso é bom...


Não há marxismo sem marxistas; estes não são muitos, hoje, no Ocidente. No Brasil, às vezes tem-se a impressão de que o marxismo floresce sobretudo na universidade, na área de humanas, e ilumina muitos nichos da crítica. Mas nos partidos de esquerda, o marxismo é quase sempre um indesejado e no operariado ele é mais, é desconhecido. Operariado aliás, hoje multifacetado, reduzido nos locais produtivos, abundante nos locais de serviço, milhões nos trabalhos informais, uma grande classe não-classe. Será possível combinar reflexão criadora, novas interpretações do mundo, descoladas do trabalho?

As explorações sobre essas intrigantes questões não se farão com um marxismo ensimesmado, sectário e doutrinário; mas não se trata de proclamar um ecletismo despolitizado: as interrogações partem da tomada de posição de que o marxismo pode ainda alimentar as lutas pela transformação social e política, senão com a transcendência e abrangência mostradas no século XX, pelo menos com uma postura crítica que não se deixará seduzir nem pelo apocalipse nem pelo conformismo. Em suma, um marxismo dialógico e dialético. 


Introdução

Sabe-se que o pensamento marxiano se configurou como uma clara perspectiva crítica e revolucionária, ou seja, de compreensão da realidade social até a sua raiz e de superação radical da ordem burguesa. E foi precisamente este caráter radical e revolucionário que ele foi perdendo ao longo da sua trajetória. Entre as inúmeras deformações que ele sofreu, está a redução desta radicalidade a mera crítica teórica ou a uma crítica política, quando a questão é muito mais ampla e profunda. Ser radical, como o próprio Marx diz, é ir à raiz. Ora, continua ele, a raiz do homem é o próprio homem. Trata-se, pois, ao nosso ver, de retornar a Marx, não para encontrar o “verdadeiro Marx” – tarefa impossível e sem sentido – mas, para buscar nele os fundamentos para a compreensão do mundo dos homens até a sua raiz, compreensão que, por sua própria natureza, tem um caráter revolucionário.

O sentido preciso de nossa afirmação é este: Marx lançou os fundamentos de uma concepção radicalmente nova de fazer ciência e filosofia e, portanto, de compreender o mundo. Isto quer dizer que o fundamento da luta revolucionária está primeiramente na ontologia (natureza do ser social) e só depois na política e na ética

Argumento Histórico

O pressuposto dessas afirmações é que as idéias são sempre mediações – ainda que indiretas – para o conhecimento e a intervenção na realidade. Ora, é claro que, numa sociedade de classes, as classes dominantes buscarão compreender a realidade e orientar a intervenção nela de modo a favorecer os seus interesse que, não esqueçamos, são sempre apresentados como interesses universais. Não se trata de querer ou não. Trata-se de uma necessidade inescapável. Isto acontece até, embora de forma muito diferente, com relação ao conhecimento da natureza. Quanto mais em relação ao conhecimento da sociedade! Afinal, como bem disse Marx “As idéias dominantes são as idéias das classes dominantes”.
Contudo, não há nenhum argumento conclusivo que demonstre que a passagem do capitalismo ao comunismo é impossível. Argumentando ad hominem, em boa lógica popperiana, a afirmação de que o comunismo é impossível é uma afirmação não falsificável, o que lhe retira qualquer caráter científico e traduz muito mais o desejo da burguesia. O fracasso das tentativas até agora feitas apenas prova que aquele não era o caminho, mas não a impossibilidade de atingir tal objetivo. Isto é boa lógica!
É a classe trabalhadora, por sua própria natureza, que expressa, como já vimos, a possibilidade e a exigência de superação do capitalismo. É na análise da sociabilidade regida pelo capital que Marx encontra as possibilidades de sua superação, as balizas que deverão fundamentar essa superação e o sujeito decisivo dessa tarefa. Nada disto confere validade a tudo o que Marx escreveu. Apenas expressa o fato de que ele, ao examinar o processo real, lançou as bases para uma nova forma de fazer ciência e filosofia e de intervir no mundo, trazendo, assim, à tona a possibilidade de uma nova e superior forma de sociabilidade.


sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Como crescer na vida vendendo sorvete

Tive essa ideia lendo o livro "O Valor do Amanhã, de Eduardo Giannetti da Fonseca:
(Dennys Andrade)


Hoje passei essa estratégia para o meu psicólogo, que disse que isso é legal para se fazer uma viagem no fim do ano, por exemplo, pois a estratégia deve ter um objetivo! 

A Estratégia:

Isso foi uma estratégia que bolei, ano passado, para um amigo meu que é um dos sorveteiros do bairro de Laranjeiras (RJ):

Esse cara ganha porcentagem sobre o total de picolés e sorvetes vendidos, ou seja, trabalha com consignação de sorvete. Eu trabalhava em Laranjeiras como jornaleiro, e que também trabalhava com consignação de jornais e revistas... Nunca consegui efetivar esta estratégia enquanto jornaleiro...

Perguntei a esse meu amigo o  quanto que ele ganhava com a venda de sorvete: ele me disse que "em dia bom 300 e em dia ruim 100", então sugeri a ele começar a guardar 10 reais por dia, que não seria nada demais.

Disse até que "para mim é porque eu tenho que pagar conta todos os dias", mas para você não! Perguntei se ele tinha alguma conta em banco e ele, cujo nome era Paulo, me disse que não. Sugeria então que ele abrisse uma poupança, que se abre com 10 reais em qualquer banco no Brasil, ou até menos...

Sugeri a ele depositar todos os dias 10 reais na conta, e que se isso fosse feito religiosamente - na sexta seria depositado 30, por exemplo, no fim doa mês ele teria 300 reais. E como ele ganhava dinheiro todos os dias, pois trabalhava vendendo picolé, isso não oneraria ele de jeito nenhum - ele concordou.

Se ele fizesse isso todos os dias durante um ano teria 3600 reais na conta após um ano e 1800 após 6 meses, o que já lhe daria condições de alugar uma lojinha e abrir uma sorveteria, pois as empresas de sorvete fornecem os freezers para vender os seus produtos, porém teria uma partida mínima inicial!

No segundo mês se teria todos os dias um rendimento de 10 reais depositados no mês anterior!

_ Falei que ele já sabia trabalhar com consignação, então seria fácil.

Essa estratégia que passei para outra sorveteira também que ia todos os dias na minha banca para conversar, enquanto eu comia o segundo pote de sorvete. Ela me falou que na verdade ela estava trabalhando para "eles" - se referindo  a sorveteria que lhe fornecia o sorvete.

Disse que não, pois ela não estava pagando para produzir o sorvete e nem pelo carrinho com que ela vendia o sorvete, então ela estava, na verdade, trabalhando para ela, e que não poderia ficar com o dinheiro todo mesmo... Ela concordou!

Meses depois, ao conversar com o Paulo, ele me disse que estava guardando 50 reais por semana, já a outra sorveteira não estava conseguindo guardar nada.

Recentemente eu passei essa estratégia para um outro amigo meu que vende sucos no Centro, mas que ele não tava conseguindo guardar nada, mas se mostrou entusiasmado com a ideia, enfim.

No caso do Paulo - uma pessoa que não tinha nem conta em banco e agora tem uma poupança e ainda guarda 50 reais por semana - penso que isso foi um "up" na vida dele!!!

_ E com certeza, se continuar fazendo isso todos os dias, daqui a alguns meses ele vai virar um novo empreendedor dono de sorveteria!!!