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terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Sugestão Tomas Piketty

Olha o que eu achei!!!          (Tomas Piketty, pag 528)

"A solução de longe mais satisfatória para reduzir a dívida pública consiste em arrecadar um imposto excepcional sobre o capital privado. Por exemplo, um imposto proporcional de 15% (no Brasil poderia ser de 8% a 10% de acordo com a renda) sobre todos os patrimônios privados geraria perto de um ano de renda nacional e permitiria, assim, reembolsar todas as dívidas públicas. O Estado continuaria a deter seus ativos públicos, mas o valor de suas dívidas seria reduzido a zero e, portanto, ele não teria mais juros a pagar. Tal solução é equivalente a um repúdio total da dívida pública... é sempre muito difícil prever a incid~encia final de um repúdio, mesmo parcial. As moratórias completas ou parciais da dívida pública são frequentemente em situações extremas de crise de superemdividamento público, como, por exemplo, na Grecia 2011-2012, sob a forma de um haircut de magnitude variável (usando a expressão consagrada): diminui-se entre 10% e 20% (ou mais) do valor dos títulos públicos detdos pelos bancos e pelos diferentes credores. O problema é que, se aplicarmos esse tipo de medida em grande escala, por exemplo, na escala da Europa, e não da Grécia(que representa 2% do PIB europeu), poderíamos apostar que isso suscitaria movimentos de pânico bancário e falências em cascata. (...) A vantagem do imposto excepcional sobre o capital, que se assemelha a um haircut fiscal, é precisamente que ele permite organizar as coisas de maneira mais civilizada. Garante-se, assim a contribuição de cada um, e, acima de tudo, evitam-se as falências bancárias, jé que são os detentores finais de patrimônios (as pessoas físicas), e não os estabelecimentos financeiros, que passam a contribuir. Para isso, é indispensável, claro, que as autoridades públicas disponham permanentemente de transmissões automáticas de informações bancárias para todos os ativos financeiros detidos pelas pessoas. Sem o cadastro financeiro, todas as políticas adotadas estariam em risco."      

  

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