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segunda-feira, 9 de maio de 2011

Entrevista com o Mestre da Leopoldina

Jonas Gomes Camacho, é um divulgador cultural do bairro da Penha, que chega a ser tradicional. Foi devido à ele que o bairro hoje  conta com uma biblioteca, a Biblioteca Municipal da Penha Alvaro Moreyra. Quando o IAPI tinha sido lançado e ele tinha 13 anos de idade, segundo relatos do próprio meste: ele comentou com um amigo que a região não tinha nenhuma biblioteca e este amigo sugeriu a ele que fizesse um abaixo assinado para reivindicar a construção de uma na região... Ele fez o tal abaixo assinado e conseguiu que em um prédio, que na época estava vazio e que seria destinado a abrigar o Corpo de Bombeiros se transformasse na atual biblioteca da Penha.

Jonas Camacho, que é mais conhecido na região como Mestre Jonas, afirma que as maiores cabeças criativas, culturais e artísticas do planeta nascem nas comunidades, favelas e nos conjuntos residenciais, que "por ironia do destino, ou incapacidade mesmo do governo não há, não existe divulgação dos talentos que surgem neste locais do subúrbio". Cabe lembrar, diz ainda que o papel dos dirigentes é apenas "patrocinar a cultura popular e não atrapalhar o desenvolvimento de tais manifestações, pois cultura quem faz é o povo". Foi na área da Leopoldina que surgiu o samba, poe exemplo.

Segundo Mestre Jonas, em 2010 dois jovens artistas culturais do Brasil e do mundo surgiram na região. Estes jovens são destaques oriundos do Morro do Cruzeiro, no bairro da Penha: são eles Mayla Avelar, de 18 anos que foi prêmio Nobel Mundial da Juventude e Otávio Júnior, campeão do prêmio Jovem Brasil, e eles conseguiram estes pr~emios sem nenhum tipo de apoio oficial> Ela no teatro e ele na literatura...

Jonas cita sempre frases de júbilo e incentivo à Leopoldina, como "Leopoldina, lugar de sorte. A melhor parte entre o Leste e o Norte", dizendo ainda uma frase que já é tradicional na região: "Cultura e fé. Penha, um bairro mulher".

Segundo o mestre é preciso um investimento maciço em cultura e educação para aproveitar as potencialidades da região, que é rica em talentos. Jonas comenta que a boa do momento é o Doristão Xará Boy, que como ele afirma "foi o único jornalista marrom presente no casamento Real, para desespero do seu primo Agamenon;

Doristão Xará Boy 

É vagabundo da Leopoldina, eterno imitador do Rei Roberto Carlos. Morador de Vigário Geral, que sempre foi barrado nos bailes do SAJA (Sociedade dos Amigos do Jardim América) e do JAEC (Jardim América Futebol Clube.

Nos shows dos belgas aconteciam as únicas excessões porque os seus amigos Chuia Manjá Balão e Tio Marmão Beleco, carregadores das caixas sonoras do grupo musical, quebravam o galho do Doristão, transportando-o às escondidas lá para dentro dos clubes para curtir os eventos.

O Doristão Xará Boy é a versão Leopoldinense do Agamenon, cujo sobe este pseudônimo criou a boneca maria grelhuda, a protetora das grelhas e tampões das ruas suburbanas. Uma boneca inflável com 1001 utilidades - prima de João Buracão e do Zé Lador: odeia verro-velho e a omissão oficial. Não gosta do Doutor varanda e nem do Sanssão Careca - o seu maior prêmio, Troféu Abacaxi do Chacrinha no ano de 1969... Esse é o nosso Doritão Xará Boy, defensor dos facos, frascos e analgésicos da região da Leopoldina.

Dennys Andrade e Mestre Jonas

Errata: O prédio onde hoje está situado a Biblioteca Municipal da Penha Alvaro Moreyra era o antigo setor  de tuberculose do antigo Posto XI (Posto de Saúde), atual Posto José Américo Fontenele, que atualmete fica situado próximo à entrada do IAPI. O Corpo de Bombeiros é outra história... 

      

   

domingo, 8 de maio de 2011

Uma nova maneira de divulgação

No sarau da carioca do dia 6 de maio, a primeira sexta-feira do mês, ficamos eu e o Carlão nos revezando, lendo as poesias de carlos Drummond de Andrade... Ficamos lendo mais ou menos uns 30 ou 40 minutos. DEpois ele disse que sexta-feira era um dia corrido porque era dia de pagamento: que era melhor mudar o dia e o horário também para fazer uma experiência...

Nem o Olivá, que é um do livreiros da carioca participaou porque o Argentino, que fica com ele na banca estava com conjutivite e não foi trabalhar, então, ele ficou sozinho...

Bem, eu divulguei massivamente o sarau, tanto para a mídia quanto para outros poetas e niguém foi. O Osvaldo tinha me ligado na manhã do dia anterior dizerndo que não poderia ir... Nenhum dos poetas que chamei foi! Mas o sarau aconteceu mesmo assim porque para se fazer um sarau são preciso apenas duas pessoas para se ficar revezando... Se tiver uma só se transforma em um monólogo, o que cansei de fazer na faculdade, e nos colégios que estudei...

Depois do sarau foi andando para uma livraria que fica ali no Largo da Carioca, a livraria Camões. O dono da livraria é um senhor português muito simpático que ficou me contando que teve uma vez, em um restaurante em Teresópolis, ele foi antes do estabelecimento abrir e conversou com o gerente pedindo autorização para colocar uma poesia em cada mesa... Depois quando o restaurante já estava cheio ele se levantou e pediu para que umas das 4 pessoas de cada mesa se levantasse e lesse o poema que ele havia deixado na mesa.

A primeira pessoa se levantou, leu o poema e todo o restaurante também... Ele disse que depois veio uma moça falar com ele que nunca tinha visto isso, que todas as pessoas começaram a ler poesia e que havia sido uma das melhores noites da vida dela.

Sugeri para que ele fizesse isso aqui no Rio também e ele disse que aqui não daria erto porque tem que ser feito em um restaurante pequeno. Comecei a matutar sobre a história que ele me contou...

NO dia 7 de maio, sábado, antes de ir para um curso que estou fazendo de 11 ás 13 horas fui no Tropo Itália, um restaurante que fica perto da minha casa e conversei com o gerente - o Jerry - e contei a história que havia sido contada a mim no dia anterior e perguntei se poderia fazer a mesma coisa no local e ele disse que sim.

Comecei a distribuir as sopinhas, sem as dobrar nas mesas do restaurante. O restaurante havia sido vendido e mudou de nome...
Agora é Pizza Grill.

Distribuí as tiras de papel, sem dobrar nas mesas e fui para o curso. Na volta passei no restaurante para perguntar se alguém tinha comentado alguma coisa... Recebia resposta que não, mas que as pessoas estavam levando as tiras de papel com os trechos de verso para casa - fiquei feliz!

O objetivo das sopinhas foi alcançado! O objetivo é fazer as pessoas lerem cada vez mais poesia, fazendo da leitura - de poemas especificamente - um hábito... O hábito da leitura por si só já está amplamente disseminado, tanto que se faz um hábito, que é o de ler jornal todos os dias de manhã, mas disseminar o hábito de ler poesia é que é o desafio.

Desafio esse que está sendo alcançado, pois as pessoas já estão comentando, discutindo nas ruas poesiacomigo e entre eles mesmos.

Ontem, por exemplo, o André Gentilezadisse que não iria pegar mais as sopinhas. Perguntei o porquê da atitude e ele me respondeu que ele era espírita e que nas sopinhas tinham algumas palavras com as quais ele não concordava.

Perguntei então de qualq autor ele estava falando. Ele se recusou a responder! Disse a ele que na verdade eu não selecionava as poesias, que as sopinhas são a digitação de todas as poesias do livro de um determinado autor, que eram divididas em trechos e cortadas em tiras de papel... Disse que "hoje estou fazendo do carlos Drummond de Andrade", então, ao saber do autor, ele aceitou a sopinha oferecida.

Foi uma surpresa para mim! Na verdade as sopinhas não têm conotação religosa nenhuma. Quem coloca conotação religiosa são as pessoas que as leem. Teve uma vez que distribuindo as sopinhas com os versos de João do Rio, uma pessoas abriu o papel dobrado e leu o verso "zas-trás zas-trás, malagueta do cabaz, com jeito tudo se arranja, com jeito tudo se faz"  e depois veio me perguntar se aquilo tinham algum coisa mistica envolvida. Respondi que não, que o autor deve ter posto aquilo para rimar...

Outras pessoas me perguntam o que o autor quis dizer com determinada frase; quando eu sei respondo, quando não sei digo que "pode ter sido uma libertade poética que o autor pode ter utilizado".

É por isso que eu coloco o signifiado das palavras estranhas, ou incomuns nas sopinhas... mais recentemente tenho colocado histórias e mitos e algumas infrmações históricas também... É isso aí, vamos ver no que é que dá!



  

sábado, 7 de maio de 2011

Poesia (dia das mães)

                       Mamãe

Mãe é mãe,
mãe é vida.
Sua mãe
te deu a vida.

Não viva contra ela!

Mãe só tem uma,
mãe se deve amar...

Ame a sua!
                                  (Dennys Andrade)

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Ditadura Legítima no Século 21

Segundo o jornalista Merval Pereira, no Glbo de 5 de maio de 2011, "enquanto o presidente Joerge W. Bush alegava querer disseminar a democracia pelo mundo utilizando guerras para impor o regime ao mundo.Barack Obama foi eleito defendendo uuma abordagem mais humanista, pios propunha mostrar as vantagens da democracia  através do exemplo e do respeito ao outro.

Obama fechou a prisão de Guatánamo, em Cuba, impondo o fim da tortura como método, mas, como Pareira relata foi em Guatánamo "que um preso revelou, sob tortura de simulação de afogamento, a identidade do mensageiro que fazia a ligação de Bin laden com o seu grupo, dando as informações necessárias para localizar e eliminar o inimigo n° 1 dos EUA" - fato que de certa forma legitima a tortura!

Quem exerceu essa tortura? Os Estados Unidos; mas torturas não são práticas legítimas de tortura? (...) Os EUA não se dizem a "democracia mais desenvolvida do mundo?" Por que estão efetuando práticas comuns em ditaduras? Quem deu autorização aos EUA para utilizarem tais métodos em tempos de democracia? (...) Alguma coisa se modificou no ar... Afinal, que Democracia é essa? (...) Que ditadura Moderna é essa? Enfim, coisas que precisam ser pensadas...

Segundo o jornal "O Globo" "a democracia nos EUA chegou a estar em xeque devido às medidas que foram adoradas conra o terrorismo, para a defesa da segurança nacional, e foi assim que ficou claro que o desatino do terror poderia se manifestar em qualquer parte do planeta"; coisa que também é razão de críticas para o feito dos soldados da Marinha Americana que executou uma ação militar em território de outro país, sem nenhum aviso prévio.

Nesse contexto fica a pergunta, para o presente século responder:

Que Democracia é essa???

                                                                   Dennys Andrade



 

Um método para a revolução

Segundo o método paulo freire, que é a metodologia utilizada pela Revolução dos Versos, segundo o qual a Alfabetização vai além do ato de alfabetizar, pois ela deve propor a inserção do aluno - adulto iletrado no caso - no seu contexto social e político, o que também é um despertar para a cidadãnia e para a transformação social - para uma mudança de postura -, o que procipia uma nova "leitura de mundo"

Este método surgiu quando Paulo Freire, através da observação do contexto do Nordeste brasileiro estava inserido em 1950, tendo 30 milhões de habitantes que eram analfabetos, tendo uma realidade de opressão, colonialismo, imposição e tudo o que isso acarretava.

Paulo freire, então, aplicou suas ideias no "Centro de Cultura Dona Olegária", que fazia parte de um circuito de cultura do Movimento de Popular do Recife (MPC) para discutir os problemas cotidianos na comunidade de Poços da Panela, em Pernambuco.

Neste método o alfabetizando é articulado, incentivado aa formar sílabas, palavras que eram extraídas de sua realidade, de suas vivências: assim o método propõe ao alfabetizando a "se apropriarem da escrita e palavra para se politizarem, tendo uma visão da totalidade da linguagem e do mundo."

O método paulo freire, segundoo site Projeto Memória, busca estimular a aprendizagem através da discussão de suas experiências de vida por meio de temas, palavras que são geradoras da realidade dos participantes, que são decodificadas das palavras, para a aquisição da palavra escrita, e também da compreensão de mundo.

A poesia, neste contexto, é a síntese, a aquisição da realidade em que vivemos, no qual os poetas assimilam a realidade vivida no século 21, produzindo um sítense: uma aquisição poética da realidade, transformando o que é vivido em arte, em manifestação artística da realidade vivida...

Como um dos resultados desta mudança de perspectiva, desta mudança de postura que ocorre no século 21, surge a poesia como artifício de prendizagem e busca de interesse por parte dos educandos:

_ Foi essa ruptura que a Revolução dos Versos ocasionou na sociedade! 

Em uma ocasião, no início de 2010, que realizei um sarau no Penha Shopping com crianças de 4ª e 5ª séries percebi que muitas tinham dificuldade para ler, e eu ajudava as crianças a ler os trechos de versos das Sopinhas de Versos, que na ocasião utilizei João do Rio - Se essa rua fosse minha, eu mandava ladrilhar com pedrinhas de brilhantes, para o meu amor passar, e as crianças, em fila se revezavam para ir na frente para eu ajudar na leitura dos versos. - fizeram arruaça no shopping!

Depois os funcionários das lojas do local me falaram que até se assustaram com a arruaça das crianças, pois não era muito comum lá. Comentei com uma outra pessoa, que é animador de festas e que tem uma loja no Shopping que "muitas crianças tinham dificuldade para ler as sopinhas" e ele me disse que crianças de 5ª, 6ª, 7ª e 8ª série, de escolas públicas, na maioria, não sabem ler, o que é preocupante para um país que tem taxas educacionais, segundo a ONU, por exemplo, razoáveis; o que não é. na verdade são "taxas para ingles ver!"

Bem, este acontecimento comprova que se utilizar da poesia como um método para se alcançar cada vez mais leitores e se criar o interesse pela leitura nas escolas dá certa!

                                                                                                                                Dennys Andrade

Poesia (texto manchetado)

Uma das caraterísticas do texto manchetado em rádio é a interpretação em rádio é interpretação do fato. Para que isso ocorra é preciso que o redadator situe o ouvinte"em nível histórico, geográfico e social, o que pode parecer uma "fina ironia".

O autor Luiz Arthur Ferrareto cita um exemplo de texto jornalístico, em seu livro, intitulado "Rádio, o véculo, a história e a técnica" radiojornalístico:

"Os metroviários gaúchos entram em greve a partir da meia-noite de hoje./ A decisão foi tomada há pouco em assembléia geral da categoria no ginásio do Colégio Protásio Alves./
Diz aina que no rádio, só para citar, a voz deve ser ativa, a informação deve ser clara e o tempo verbal deve ser o presente, utilizando-se o singular - a poesia deste início de século 21 precia e deve ser reportar á faos reais, situando o leitor.

Ainda falando de rádio, segundo Athur Ferrareto, no dia 19 de fevereiro de 1998 o Congresso Nacional aprovou a Lei 9.612, que autoriza o "chamado serviço de radiodifusão comunitária" que definiu que este deveria ser feito em frequência modulada (FM) e operada em baixa potência, com cobertura restrita para fundações e organizações sem fins lucrativos, com sede no local da prestação de serviços, o que dá a posibilidade de poetas de todo o país se expressarem independentemente do Mercado e das grandes mídias, por exemplo... 
 

Uma história no ar

Segundo Luiz Arthur Ferrareto, no livro Rádio, o veículo, a história e a técnica, que foi escrito no no 2000, "as perspectivas para a primeira década do século 21 apontam qualidades semelhantes à dos CDs com possibilidades de transmitir, além de som, informações captadas e um display no receptor" - o que já é possível com os celulares e smartfones modernos.

Nas noções brasileiras do radiojornalismo, a transmissão digital gera receios, pois ainda estão vivas o que acnteceu com o !AM estereofônico" (AM-E) em meados dos anos de 1980.

Nos Estados Unidos quatro sistemas disputavam o mercado; no Brasil, o Departamento Nacional de Telecomunicações optou por adotar o modelo C-Quam. Hove investimento em  novos equipamentos: algumas emissoras de rádio tinham o som estéreo, que era enxergado, na época, como a resposta, a salvação da "amplitude modular", mas os ouvintes não tendo receptores adequados à novidade "nem se deram conta do que ocorria e o AM-E, como chamava a imprensa especializada na época, foi esquecido.

No rádio, assim como em outros veículos de comunicação, a notícia - matéria-prima do jornaismo - é definida pelos fatos e acontecimentos atuais, de interesse e importãncia para a comunidade, e capaz de ser compreendid pelo público".

De acordo com o pensamento do norte-americano Fraser Bond, segundo Ferrareto, "a notícia não é um acontecimento, ainda que assombroso, mas a narração desse acontecimento". A poesia nascente deve ser enquadrada, e é como o reflexo da vibração social; reflexo do que acontece na sociedade, o que causa a alteração de estados de espíritos nos cidadãos inseridos nela.

NO rádio a apresentação das notícias do radiojornal - em textos manchetados, segundo Ferrareto, "é feita por dois ou três locutores!, com o ritmo da leitura sendo marcado por um fundo musical; na poesia os poetas devem fazer a mesma coisa, procurar marcar o ritmo da leitura através das palavras, como faz o poeta mineiro Elias José no poema "A casa e seu dono":

Essa casa é de caco
Quem mora nela é o macaco.
Essa casa é tão bonita
Quem mora nela é a cabrita.
Essa casa é de cimento
Quem mora nela é o jumento.
Essa casa é de telha
Quem mora nela é a abelha.
Essa casa é de lata
Quem mora nela é a barata
Essa casa é elegante
Quem mora nela é o elefante.
Descobri de repente
Que não falei em casa de gente.           

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Tempos de Modernidade

Em tempos de Modernidade em que a "Liberdade de Imprensa" se encontra constatemente ameaçada, seja por presidentes ou proto-ditadores espalhados pelo mundo à fora, com relação à discussão sobre a liberdade de imprenssa, segundo de Merval Pereira do jornal O Globo do dia 4 de maio de 2011, o seminário que foi realizado pela UNESCO que comemorou o "Dia Internacional da Liberdade de Imprensa", que teve uma intensa programação que foi baseada nas novas mídias. No final de vários debates, o autor que foi um dos mediadores do encontro, diz que: "ficou a sensação de que é impossível abrir-se mão da mídia tradicional como uma fonte fundamental para a divulgação de informações, assim como da capacidade de seus profissionais para apurar e checar notícias, dentro de pdrões técnicos e éticos largamente testados pelos anos, o que confere credibilidade às notícias divulgadas".

Para o autor o jornal impresso não vai ser superado pelo jornal on-line, da mesma forma que o rádio não foi superado - não desapareceu - com a introdução da televisão no Brasil, nos ano de 1950, por Assis Chateaubriant.

A poesia se encontra no mesmo patamar que o jornal impresso, pois, pois se faz em um costume, um hábito da população que tem que ser criado... Hábitos este que está sendo criado pela Sopinha de Versos, que nada mais é do que uma maneira sutil de se convidar os transeuntes das ruas a ler, cada vez mais poesia.  

Isso que acontece com o jornal impresso, e que já aconteceu com o rádio e a televisão; só aconteceu porque a sociedade é fragmentada, e é nessa fragmentação se formam nichos de preferência - nichos de audiência - em que cada mídia é consumida por uma faixa etária, uma faixa social consumidora inserida na sociedade de massa - esses são os reflexos dos novos tempos que estamos atravessando!!!         

terça-feira, 3 de maio de 2011

A poesia atual

No século 21 a telenovela se tornou a folhetim do Brasil, que constrói histórias; constrói mitos e conta o conto de fadas brasileiro - como no exemplo da novela "Cordel Encantado" da Rede Globo.

 No que se percebe, neste início de década que atravessamos, a poesia, além de ser desmembrada, como acontece nas Sopinhas de Versos, que são trechos de poesias, o que também se faz em uma sítense da realidade, "uma conversa rápida", como Alvaro Moreyra definia as suas crônicas.

Neste estudo da realidade, que se configura este blog, sobre a sociedade Moderna, gostaria de citar a minha monografia de fim de curso que se intitula "Análise Progressiva do Jornal Impresso e do Jornal Online", que foi o projeto que apresentei para concluir a faculdade de Comunicação Social na UNESA (Universidade Estácio de Sá).

Nesta monografia exponho que o lead introduzido no Brasil em 1950, por Pompeu de Souza , Danton Jobim no periódico "Diário Carioca". Os jornalistas eram professores da Faculdade de Filosofia Ciência e Letras da Universidade do Brasil, e modernizaram - inovaram - a imprensa brasileira com um artifício que a informatização da sociedade não conseguiu superar nas práticas jornalísticas.

Foi juntamente com Luiz Paulistano que Danton Jobim e Pompeu de Souza deram fim ao "nariz de cera": com a introdução do lead, que responde no primeiro parágrafo as perguntas: O quê?, Quem? Como? Quando? e Por quê? Antes o fato causador da notícia só vinha no fim do texto.

Segundo Pompeu, a complexidade social de 1950 - no Modernismo - levou o jornal a se transformar em veículo de notícias. Com o lead o chamariz do jornal deixou de ser "o repórter e sua desenvoltura com as palavras e deu lugar ao assunto abordado pela matéria".

Os primeiros sites noticiosos do Brasil, segundo Pollyana Ferrari, "nasceram dentro das empresas jornalísticas". Alguns deles nem tinham a concepção de portal e evoluiram posteriormente".

Segundo a autora o primeiro site noticioso do país foi o do Jornal do Brasil, de maio de 1995, que foi seguido pelo site do jornal O Globo.

Pollyana Ferrari argumenta ainda  que "para entender o surgimento dos portais brasileiros, na segunda metade da década de 90, é necessário olhar um pouco a história da imprensa brasileira, composta por grandes conglomerados de mídia, na maioria oriundos de empresas familiares. Esses mesmos grupos detêm, também, a liderança entre os portais - e por isso são informalmente chamados de "barões da Internet brasileira".

O que se percebe é a reversão, como relação à poesia, do movimento de migração do viés noticioso dos folhetins, que passaram para os jornais no século 20, no Brasil.

É esse movimento de libertação que é a Revolução dos Versos    

                                                                Dennys Andrade
      

É preciso fazer política da política!

Como relata o historiador Marco Antônio Villa no artigo "É preciso fazer política", o desafio para a oposição em qualquer parte do mundo é ter votos. A oposição brasileira, no segundo turno das eleições de 2010, em que foi eleita Dilma Rousseff presidente do Brasil. Ela teve 44% dos votos dizendo não à proposta de elegê-la... 

O problema é que Dilma quer agir como na Velha República, que teve o seu fim em 1930, com a deposição de Washiton Luis, que representava a política do Café com Leite, em que se alternavam no comando do país - um ápis - políticos paulistas e mineiros: ou seja, queriam "garantir um canal privilegiado com o governo e só em momentos eleitorais se apresentar para os eleitores" como posição.

Segundo Villa essa estratégia dá certo, mas só na esfera estatal, pois não há debate político. "No campo federal está fadada ao fracasso". O Partido dos Trabalhadores (PT), no Brasil atual (2001), "reservou para si o que é mais lucrativo, pois é assim que pretende se relacionar com o mercado global: com um movimento de estatizando a economia.

O historiador revela que em uma tentativa de se fazer a banalização do debate "quanto menos política, melhor". Para arregimentar parlamentarmente seu ministério, a presidente, segundo Villa utiliza o métido "delubiano", que é - quem precisa fazer política é a oposição...

Como afirma ainda, "não é possível assistir um governo destruir o que foi edificado com tanto sacrifício"; que é inaceitável não se efetivar canais efetivos de participação da sociedade com os partidos - que não ocorre em momentos pré-eleitorais), pois é inadimissivel que os 44 milhões de eleitores que não votaram na sucessora de Lula, não tenham voz no Congresso nacional - que é de tal forma nocivo à sociedade democrática, que pode até se denominar de Congresso Nocional.

                                                                   Dennys Andrade

No fundo do Mar (poesia)

Mar ó mar
Osama enterrado no mar;
Osamar.

Um mito esquecido,
à se esquecer,
deixado de Laden... 
Que não se faz lenda.
O fundo do mar
que guarda segredos,
amores, aventuras...
Que guarda perigos,
que guarda o abismo,
de lendas antigas, de devaneios
de séculos passados...
Deixe-nos viver em paz!
Deixe o mundo respirar!
Vá para o mar;
para o fundo do mar
Osamar...

                                   (Dennys Andrade)

segunda-feira, 2 de maio de 2011

O socialismo que desmancha no ar...

Segundo Daniel Aarão Reis, o 6º Congresso do partido Comunista Cubano realizou-se entre os dias 16 e 19 de abril de 2011: segundo a blogueira cubana Yoani Sánches o evento foi "uma procissão de baionetas", acrescentou ela amarga e ironicamente. 

Segundo Reis esse congressos cubanos são convocados com finalidades precisas - o 5º congresso foi realizado há 14 anos... O congresso foi convocado, segundo raúl Castro "para conseguir, com o apoio de todos, a atualização do modelo econônica a fim de garantir o caráter irreversível do socialismo". Como o país tendo índices de produtividade abaixo do possível e do esperado, o nível de instrução da sociedade e, as necessidades sociais surge a questão sugerida por Lenin, há mais de cem anos - O que fazer? 
Segundo Raúl castro, citando Fidel, " É preciso mudar tudo o que deve ser mudado"... Mudar o quê?, e para quê? (...)

Na convenção foram aprovados 311 Projetos de Diretrizes da Política Econômica e Social do partido e da Revolução. Como estas mudanças que foram proprostas, como ressalta Aarão, não serão por geração espontãnea, "trata-se de saber quem vai liderar o processo histórico".

Reis afirma que foram eles, os ocupantes do Olimpo, que exerceram a chefia das Forças Armadas Cubanas por 49 anos e que concentraram os poderes do Parido e do Estado por 47 anos, no caso de Fidel castro.

São esses revolucionários ultrapassados do socialismo o processo de modernização do modelo socialista cubano.

                                                                       Dennys Andrade 

  

Brasil na Modernidade

Na modernidade atual, segundo a matéria "Novas visões de mundo", de André Machado, foi depois da da inserção da internet no cotifiano que o modo como assistimos filmes, escutamos música, jogamos ou lemos nunca mais foi o mesmo que antes. De acordo com a União Internacional de Telecomunicações, com o avanço ocorrido a própria internet mudou: antes a navegação are feita via browser, no que no que se inseriu a navegação através de tablets e e-readers, que dão acessos imediatos a aplicativos de todos os tipos na Modernidade: no século 21.

Oa smartfones turbinaram de tal modo o acesso, segundo o jornalista, que se popularizaram o acesso e as redes sociais virtuais. Nessa trama tecnológica foram impulsionado  o mercado de celulares, favorecendo a aparição de um novo comportamento, um jeito novo, um novo "modo de ver o mundo".

Machado afirma ainda que "na esteira das mudanças de comportamento, o faturamento global de lojas de aplicativos de diversas mídias atingiu, como afirma a consultoria Screen Digest a cifra de dois Bilhões e duzentos mil dólares no ano de 2010.

O mundo está mudando e nos modificando também... A notícia da Morte de Bin Laden, segundo o artigo de Merval Pereira do dia 3 de maio no Globoonline relata que:

"A notícia da morte de Osama bin Laden é um excelente exemplo de como as chamadas novas mídias e a mídia tradicional se complementam em vez de umas anularem as outras. Foi uma representante da mídia tradicional - assim entendidos os jornais, as revistas, as televisões e os rádios -, a rede de televisão CNN, quem primeiro informou o fato, que imediatamente foi colocado no noticiário da internet e retransmitido pelo Twitter mundo afora.
Como a notícia só foi divulgada tarde da noite, jornais impressos tiveram papel importante nesse episódio, pois provavelmente muitos cidadãos acordaram sem saber da notícia-bomba, divulgada depois que já haviam ido dormir".

Pereira relata ainda que "as manifestações de júbilo patriótico em frente à Casa Branca, mesmo antes do anúncio oficial do presidente Barack Obama, foram possíveis por causa do Twitter", que atuou como um instrumento de organização da informação para aqueles cidadãos americanos que estavam em frente à sede do governo - a Casa Branca. 

 

                                                                    Dennys Andrade

Novas maneiras de pensar o Brasil

No Brasil  "onde quase todas as crianças têm acesso à escola, menos da metade consegue, na idade prevista terminar os ensinos fundamental e médio", afirmam os jornalistas Demétrio Weber e carolina Benevides.

Eles afirmam que o desafio da educação brasileira, no século 21, é "redizir a repetência e a evasão " para garantir que cada vez mais jovens concluam" os ensinos citados dizendo ainda que a maioria dos que os concluem o fazem acima da idade da faixa etária. 

Segundo o relato do matémático Rubem Klein, que é consultor em educação, é "por isso que eu digo que o ensino fundamental não está universalizado", pois o funilamento da educação brasileira é o resultado da repet~encia e da evasão escolar.

Nesse paradóxo que se encontra a educação brasileira, posso sugerir que se pense na utilização de poesias de diversos autores para promover o interesse das crianças e estudantes pela escola... 

Em um dos saraus que realizei no bairro da Penha, o Sarau do Penha Shopping, que aconteceu umas três vezes, o píblico do sarau foram crianças de escolas públicas... O sarau, realmente, não foi projetado para ser realizado com crianças, ainda mais como o autor que utilizei, que foi o João do Rio; mas como eu fui pego pelo pé, pois não havia sido avisado que o sarau seria feito apenas para crianças em idade escolar, utilizei as poesias do autor mesmo...

As crianças da escola pública, da qual não sei nem o nome: sei apenas que fica na Penha, no início do sarau, realizado no início de 2010, tiveram dificuldade para ler as sopinhas no início, mas como eu comecei a ajudar os alunos a lerem o que estava escrito, eles se animaram, fizeram fila para ir na frente ler... Depois desfizeram a fila e foi a maior bagunça - no bom sentido!

As crianças, alvoroçadas, ficavam me falando "Tio, agora eu! Agora eu...", foi legal! Inesperado, mas legal!!!

Neste dia percebi que o que está faltando à Educação brasileira são maneiras criativas de se pescar o interesse do aluno, mais ou menos o que está acontecendo com o ensino de História do Brasil n país, onde várias instituições de ensino estão estão utilizando os livros de Laurenti Gomes, que conta a história de uma maneianão rígida e interessante, fazendo o leitor querer chegar logo ao fim do livro, dando foco à indivíduos históricos de maneira intimista, tornando-o um pessoas como qualquer outra.

                                                                       Dennys Andrade
   

O resuldado do Modernismo de 1922 na Modernidade

                              

O efeito resultante do modernismo da Semana de Arte Moderna foi, e ainda é, uma crônica mais consciênte, que segundo a autora Dileta Silveira Martins, é neste modernismo que os "gêneros literários estão determinados pelo tipo de relações que estabelece entre eles e o seu público", definindo a crônica como de aproximação entre autor-obra-autor - em uma sociedade segmentada! -, que é exercida de tal forma que as características estruturantes e as temáticas da mesma podem ser definidas como integrantes de um gênero vivo" na sociedade de massa: na sociedade da Modernidade. 

Martins define a crônica moderna como sendo um texto de pequena extensão, coloquial e sendo aberto, de maneira ampla, à recepção, o que abre espaço a uma leitura dupla: uma projetada pelo discurso mesmo e o outro pelo leitor, na sociedade de uma determinada época, e que atualmente está inserido na sociadade de massa, cujas integrações acabam por engessar ou imobilizar o leitor retirando-o a possibilidade de ação ao fato, tirando o viés de ação e reação, o que o leva a aceitação das coisas como são.

Este gênero - a crônica - surgiu nos folhetins da França do início do século 19, que se desprendeu e migrou para os jornais cintando fatos importantes acontecidos durante o decorrer da semana... No Brasil a expressão reproduzia o dia-a-dia da sociedade.

Francisco Otaviano de Almeida Rosa utilizava a crônica para se expressar no Jornal do Comércio, e no Correio Mercantil no Rio, que conquistou novos adeptos como José de Alencar, Manuel Antônio de Almeida, Machado de Assis, Raul Ponpéia, Olavo Bilac e outros...

No início de século 20, o jornalista Paulo Barreto - que utilizava o pseudônimo de João do Rio -, juntamente com Alvaro Moreyra deram início à crônica moderna. 

Na tentativa de se elevar a crônica ao patamar de gênero literário, segundo a autora Dileta Silveira Martins, na tentativa de se fazer um "espelho capaz de guardar imagens para o historiador do futuro. A crônica atual é resultado desta mudança de viés - mudança de atitude -, ao que se refere às crônicas que foi ocasionada no público leitor de jornais da época.

Alvaro Moreyra trouxe para acrônica uma dimensão inovadora, transcedendo o coloquial, até cunhando versos, por vezes. Niguém mais do que ele soube refletir sobre o cotidiano do dia-a-dia da vida urbana deste período, enxergando a alma das pessoas de uma maneira simplificada. Ele via e expressava a sociedade através de um jogo de palavras irônicas, "utilizando o recurso da síntese" ao reproduzir fatos, figuras curiosas e temas, submetendo o discurso aos choques provocados pela novidade. Utilizando a linguagem apenas o cronista estiliza emoções: pequenas fotografias de pessoas, coisas que vagam sem destino, como um flaner.  João do Rio também se utilizava deste recurso para fazer suas poesias realizando um movimento de letramento das ruas do Rio de Janeiro.

Em suas crônicas Alvaro Moreyra utiliza um estilo coloquial, com aspectos narrativos, contando histórias - o que foi uma espécie de preparação para a explosão do estilo bibliográfico neste início de século 21 - o autor define a sua crônica como " uma conversa rápida, como no telefone."

Com o poeta Alvaro Moreyra a crônica deixou de estar "à beira da história" para tornar-se mais direta: para tornar-se, enfim, uma comunicação.

Segundo Moreyra a crônica pode dar bom dia, boa tarde e dar também boa noite, pois se trata de "uma voz na solidão de quem lê e de quem escuta" - na atomização da sociedade moderna os indivíduos se emcontram isolados e sozinhos, que é o resultado do avanço das comunicações.

Para Dileta Marins é através da crônica que "a sátira, a psicologia, a crítica social, a senssibilidade humana fazem seus temas" e fazem dos temas de Alvaro Moreyra lembranças que ele amou e das quais, algumas vezes sorriu, como se evidencia neste trecho:

"Na porta de nossa casa, Sila, com o vestido que pintou, parece um quadro.
Em cada carroça os otimistas viam passar alguma coisa: a sugeira da cidade. Ah! a noite! A noite na Praça da Harmonia. A noite de Porto Alegre, na frente e em torno das casas se plantavam canteiros, a noite exaltava rosas.
A mulher enfim pode dizer:
- Como sou feliz!
O homem repete em êxtase:
- Como sou feliz!
               (Dois desgraçados)

Dessa maneira o autor fez o encontro do lirismo e da poesia em pequenos exercícios de simplicidade, que são instantãneos da realidade, do cotidiano Pré-Moderno (1964), sendo assim signos em si mesmo - nos anos 60 as crônicas, assim como todas as outras artes, fluiram para um espaço em que, segundo martins, "a mobilidade permanente de seus limites dificulta um sentimento topológico ou temático".

Para Alvaro tudo é natural: a forma de dizer, o modo de sentir, que, em algumas linhas apenas aproveitou observações delicadas, o pitoresco fazendo sátiras à sociedade, como no trecho: "pelo menos na zona sul, sumiram as carroças de lixo, como se dizia: de tração animal. Em cada carroça os otimistas viam passar alguma coisa: a sujeira da cidade. Mas os humildes viam passar alguém, só ou acompanhado, devagar ou depressa: o burro que a puxava entre varais, com freios, rédeas, cangalhas, chicote, coisas alheias, e a indulgência própria. O burro, os burros, funcionários da Limpeza Urbana"

Para o autor foram os burros que guardaram no fundo da memória madrugadas, orvalhos, montes de átomos tranquilos, vales com lírios, paz liberdade, alegria, que precisavam apenas do amigo que os leve de volta à condição de origem, sem mal-entendidos nem abusos de confiança, dizendo ainda "se eu fosse amigo assim entregaria a eles as minhas terras, as minhas águas, os meus capins - Eis ai a boa natureza: Sejam burros á vontade!

O século 20 foi marcado pelo aumento das velocidades empreendida pela introdução do automóvel ao cotidiano nacional, o que provocou reflexos em poemas, como na poesia Cota Zero de Carlos Drummond de Andrade:          

STOP.
A vida parou
ou foi o automóvel?


 
Para Dileta Martins as crônicas de Alvaro Moreura são mais do que um "exercício de ternuram pelos que têm voz, mas se esqueceram das palavras. Estão sempre na verdade sem ninguém". Segundo o poeta é aí que "Cada um carrega o seu deserto."; na sociedade moderna, em tempos de Modernidade, é a trama amorosa o fio para se contar a história nacional, em discussões políticas e filosóficas, como acontece na novela do SBT "Amor e Revolução" que retrata o período da Ditadura Militar no Brasil, que se inciou em agosto de 1964.




          




    

domingo, 1 de maio de 2011

Por um espaço um pouco mais crítico 2

             

Para o autor Paul Virilio "o subúrbio operou a dissolução que conhecemos, fez a oposição" Zona Norte-Zona Sul desmenbrando a cidade em zonas de convivência, que se dissipa capa vez mais com a revolução dos transportes e com o desenvolvimento das comunicações e telecomunicações: "De fato há um fenômeno paradoxal em que a opacidade dos materiais de construção se reduz a nada", e que, talvez isso seja a variante cuja qual a nota do Vianna se referisse.

Na Modernidade, com a interface da tela - televisão, computador, teleconferência - a superfície de inscrisão passou a existir enquanto distância, que se faz uma representação inovadora de uma presença sem o face-a-face, na qual se desfaz a confrontação dos indivíduos nas ruas, fazendo desaparecer a diferença de posição, o que gera fusão e confusão.  

A representação da cidade comtemporânea se relaciona com a teccnologia do espaço-tempo, que faz com que os projetos de arquitetura estejam à deriva, flutuando num éter eletrônico "sem dimenssões espaciais, inscrito na "temporalidade única de uma difusão instantânea".

Na Modernidade ninguém mais é separado por obstáculos físicos ou por grandes distâncias, pois como a "interface de monitores e telas" de controle do ethos social . Essa troca de valores instaurou no cotidiano uma falsa perspectiva de emissão luminosa, o que constrói uma topologia eletrônica onde o enquadramento, a trama digital e o ponto de vista renovaram e continam renovando o setor urbano.

Em tempos Modernos são os ritos de travessia "de uma cultura técnica - mascarada pela imaterialidade  - com ordens que não se inscrevem mais no espaço de um tecido construído e sim em um tecido virtual, passageiro - o tecido constituído da Modernidade.

Nessa sociedade flúida - líquida - a interface homem/máquina substitui os portões , os Arcos do Triunfo e as superfícies de loteamento, pois a produção de uma indústria moderna não precisa mais estar situada em um mesmo lugar, podendo desmembrar-se em vários locais ou setores industriais de uma sociedade - o que acontece de fato com a produção de celulares no Brasil.

                                                                       Dennys Andrade