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domingo, 1 de maio de 2011

Por um espaço um pouco mais crítico 2

             

Para o autor Paul Virilio "o subúrbio operou a dissolução que conhecemos, fez a oposição" Zona Norte-Zona Sul desmenbrando a cidade em zonas de convivência, que se dissipa capa vez mais com a revolução dos transportes e com o desenvolvimento das comunicações e telecomunicações: "De fato há um fenômeno paradoxal em que a opacidade dos materiais de construção se reduz a nada", e que, talvez isso seja a variante cuja qual a nota do Vianna se referisse.

Na Modernidade, com a interface da tela - televisão, computador, teleconferência - a superfície de inscrisão passou a existir enquanto distância, que se faz uma representação inovadora de uma presença sem o face-a-face, na qual se desfaz a confrontação dos indivíduos nas ruas, fazendo desaparecer a diferença de posição, o que gera fusão e confusão.  

A representação da cidade comtemporânea se relaciona com a teccnologia do espaço-tempo, que faz com que os projetos de arquitetura estejam à deriva, flutuando num éter eletrônico "sem dimenssões espaciais, inscrito na "temporalidade única de uma difusão instantânea".

Na Modernidade ninguém mais é separado por obstáculos físicos ou por grandes distâncias, pois como a "interface de monitores e telas" de controle do ethos social . Essa troca de valores instaurou no cotidiano uma falsa perspectiva de emissão luminosa, o que constrói uma topologia eletrônica onde o enquadramento, a trama digital e o ponto de vista renovaram e continam renovando o setor urbano.

Em tempos Modernos são os ritos de travessia "de uma cultura técnica - mascarada pela imaterialidade  - com ordens que não se inscrevem mais no espaço de um tecido construído e sim em um tecido virtual, passageiro - o tecido constituído da Modernidade.

Nessa sociedade flúida - líquida - a interface homem/máquina substitui os portões , os Arcos do Triunfo e as superfícies de loteamento, pois a produção de uma indústria moderna não precisa mais estar situada em um mesmo lugar, podendo desmembrar-se em vários locais ou setores industriais de uma sociedade - o que acontece de fato com a produção de celulares no Brasil.

                                                                       Dennys Andrade     

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