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segunda-feira, 9 de maio de 2011

Entrevista com o Mestre da Leopoldina

Jonas Gomes Camacho, é um divulgador cultural do bairro da Penha, que chega a ser tradicional. Foi devido à ele que o bairro hoje  conta com uma biblioteca, a Biblioteca Municipal da Penha Alvaro Moreyra. Quando o IAPI tinha sido lançado e ele tinha 13 anos de idade, segundo relatos do próprio meste: ele comentou com um amigo que a região não tinha nenhuma biblioteca e este amigo sugeriu a ele que fizesse um abaixo assinado para reivindicar a construção de uma na região... Ele fez o tal abaixo assinado e conseguiu que em um prédio, que na época estava vazio e que seria destinado a abrigar o Corpo de Bombeiros se transformasse na atual biblioteca da Penha.

Jonas Camacho, que é mais conhecido na região como Mestre Jonas, afirma que as maiores cabeças criativas, culturais e artísticas do planeta nascem nas comunidades, favelas e nos conjuntos residenciais, que "por ironia do destino, ou incapacidade mesmo do governo não há, não existe divulgação dos talentos que surgem neste locais do subúrbio". Cabe lembrar, diz ainda que o papel dos dirigentes é apenas "patrocinar a cultura popular e não atrapalhar o desenvolvimento de tais manifestações, pois cultura quem faz é o povo". Foi na área da Leopoldina que surgiu o samba, poe exemplo.

Segundo Mestre Jonas, em 2010 dois jovens artistas culturais do Brasil e do mundo surgiram na região. Estes jovens são destaques oriundos do Morro do Cruzeiro, no bairro da Penha: são eles Mayla Avelar, de 18 anos que foi prêmio Nobel Mundial da Juventude e Otávio Júnior, campeão do prêmio Jovem Brasil, e eles conseguiram estes pr~emios sem nenhum tipo de apoio oficial> Ela no teatro e ele na literatura...

Jonas cita sempre frases de júbilo e incentivo à Leopoldina, como "Leopoldina, lugar de sorte. A melhor parte entre o Leste e o Norte", dizendo ainda uma frase que já é tradicional na região: "Cultura e fé. Penha, um bairro mulher".

Segundo o mestre é preciso um investimento maciço em cultura e educação para aproveitar as potencialidades da região, que é rica em talentos. Jonas comenta que a boa do momento é o Doristão Xará Boy, que como ele afirma "foi o único jornalista marrom presente no casamento Real, para desespero do seu primo Agamenon;

Doristão Xará Boy 

É vagabundo da Leopoldina, eterno imitador do Rei Roberto Carlos. Morador de Vigário Geral, que sempre foi barrado nos bailes do SAJA (Sociedade dos Amigos do Jardim América) e do JAEC (Jardim América Futebol Clube.

Nos shows dos belgas aconteciam as únicas excessões porque os seus amigos Chuia Manjá Balão e Tio Marmão Beleco, carregadores das caixas sonoras do grupo musical, quebravam o galho do Doristão, transportando-o às escondidas lá para dentro dos clubes para curtir os eventos.

O Doristão Xará Boy é a versão Leopoldinense do Agamenon, cujo sobe este pseudônimo criou a boneca maria grelhuda, a protetora das grelhas e tampões das ruas suburbanas. Uma boneca inflável com 1001 utilidades - prima de João Buracão e do Zé Lador: odeia verro-velho e a omissão oficial. Não gosta do Doutor varanda e nem do Sanssão Careca - o seu maior prêmio, Troféu Abacaxi do Chacrinha no ano de 1969... Esse é o nosso Doritão Xará Boy, defensor dos facos, frascos e analgésicos da região da Leopoldina.

Dennys Andrade e Mestre Jonas

Errata: O prédio onde hoje está situado a Biblioteca Municipal da Penha Alvaro Moreyra era o antigo setor  de tuberculose do antigo Posto XI (Posto de Saúde), atual Posto José Américo Fontenele, que atualmete fica situado próximo à entrada do IAPI. O Corpo de Bombeiros é outra história... 

      

   

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