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domingo, 8 de maio de 2011

Uma nova maneira de divulgação

No sarau da carioca do dia 6 de maio, a primeira sexta-feira do mês, ficamos eu e o Carlão nos revezando, lendo as poesias de carlos Drummond de Andrade... Ficamos lendo mais ou menos uns 30 ou 40 minutos. DEpois ele disse que sexta-feira era um dia corrido porque era dia de pagamento: que era melhor mudar o dia e o horário também para fazer uma experiência...

Nem o Olivá, que é um do livreiros da carioca participaou porque o Argentino, que fica com ele na banca estava com conjutivite e não foi trabalhar, então, ele ficou sozinho...

Bem, eu divulguei massivamente o sarau, tanto para a mídia quanto para outros poetas e niguém foi. O Osvaldo tinha me ligado na manhã do dia anterior dizerndo que não poderia ir... Nenhum dos poetas que chamei foi! Mas o sarau aconteceu mesmo assim porque para se fazer um sarau são preciso apenas duas pessoas para se ficar revezando... Se tiver uma só se transforma em um monólogo, o que cansei de fazer na faculdade, e nos colégios que estudei...

Depois do sarau foi andando para uma livraria que fica ali no Largo da Carioca, a livraria Camões. O dono da livraria é um senhor português muito simpático que ficou me contando que teve uma vez, em um restaurante em Teresópolis, ele foi antes do estabelecimento abrir e conversou com o gerente pedindo autorização para colocar uma poesia em cada mesa... Depois quando o restaurante já estava cheio ele se levantou e pediu para que umas das 4 pessoas de cada mesa se levantasse e lesse o poema que ele havia deixado na mesa.

A primeira pessoa se levantou, leu o poema e todo o restaurante também... Ele disse que depois veio uma moça falar com ele que nunca tinha visto isso, que todas as pessoas começaram a ler poesia e que havia sido uma das melhores noites da vida dela.

Sugeri para que ele fizesse isso aqui no Rio também e ele disse que aqui não daria erto porque tem que ser feito em um restaurante pequeno. Comecei a matutar sobre a história que ele me contou...

NO dia 7 de maio, sábado, antes de ir para um curso que estou fazendo de 11 ás 13 horas fui no Tropo Itália, um restaurante que fica perto da minha casa e conversei com o gerente - o Jerry - e contei a história que havia sido contada a mim no dia anterior e perguntei se poderia fazer a mesma coisa no local e ele disse que sim.

Comecei a distribuir as sopinhas, sem as dobrar nas mesas do restaurante. O restaurante havia sido vendido e mudou de nome...
Agora é Pizza Grill.

Distribuí as tiras de papel, sem dobrar nas mesas e fui para o curso. Na volta passei no restaurante para perguntar se alguém tinha comentado alguma coisa... Recebia resposta que não, mas que as pessoas estavam levando as tiras de papel com os trechos de verso para casa - fiquei feliz!

O objetivo das sopinhas foi alcançado! O objetivo é fazer as pessoas lerem cada vez mais poesia, fazendo da leitura - de poemas especificamente - um hábito... O hábito da leitura por si só já está amplamente disseminado, tanto que se faz um hábito, que é o de ler jornal todos os dias de manhã, mas disseminar o hábito de ler poesia é que é o desafio.

Desafio esse que está sendo alcançado, pois as pessoas já estão comentando, discutindo nas ruas poesiacomigo e entre eles mesmos.

Ontem, por exemplo, o André Gentilezadisse que não iria pegar mais as sopinhas. Perguntei o porquê da atitude e ele me respondeu que ele era espírita e que nas sopinhas tinham algumas palavras com as quais ele não concordava.

Perguntei então de qualq autor ele estava falando. Ele se recusou a responder! Disse a ele que na verdade eu não selecionava as poesias, que as sopinhas são a digitação de todas as poesias do livro de um determinado autor, que eram divididas em trechos e cortadas em tiras de papel... Disse que "hoje estou fazendo do carlos Drummond de Andrade", então, ao saber do autor, ele aceitou a sopinha oferecida.

Foi uma surpresa para mim! Na verdade as sopinhas não têm conotação religosa nenhuma. Quem coloca conotação religiosa são as pessoas que as leem. Teve uma vez que distribuindo as sopinhas com os versos de João do Rio, uma pessoas abriu o papel dobrado e leu o verso "zas-trás zas-trás, malagueta do cabaz, com jeito tudo se arranja, com jeito tudo se faz"  e depois veio me perguntar se aquilo tinham algum coisa mistica envolvida. Respondi que não, que o autor deve ter posto aquilo para rimar...

Outras pessoas me perguntam o que o autor quis dizer com determinada frase; quando eu sei respondo, quando não sei digo que "pode ter sido uma libertade poética que o autor pode ter utilizado".

É por isso que eu coloco o signifiado das palavras estranhas, ou incomuns nas sopinhas... mais recentemente tenho colocado histórias e mitos e algumas infrmações históricas também... É isso aí, vamos ver no que é que dá!



  

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