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A sociedade decretou que determinado bem era o bem verdadeiro. Suponhamos que este bem é, por exemplo, um prazer honestamente adquirido através do trabalho, e que Tu preferes os numerosos prazeres da preguiça; neste caso a sociedade não teria em conta o Teu prazer. Ao proclamar que deseja o bem de todos o comunismo destrói o bem-estar daqueles que vivem das suas rendas, etc.
(Marx e Engels, A Ideologia Alemã, pag 277, 278)
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...o comunismo destrói o bem-estar daqueles que vivem das suas rendas, etc.
O bem de Todos = Comunismo
= Se assim é
= Um mesmo bem de Todos
= O bem-estar igual de Todos
Numa mesma situação
= O bem verdadeiro
= [O bem sagrado, o sagrado, o
reino sagrado, a hierarquia]
= Domínio da religião.
Comunismo = Domínio da religião.
...impor como bem verdadeiro o prazer honestamente adquirido através do trabalho. Além de Stirner e de alguns mestres sapateiros ou mestres alfaiates, quem poderá sonhar com um prazer honestamente adquirido através de trabalho? E consegue por tas frases justamente na boca dos comunistas, que negam a própria base dessa antítese trabalho-prazer! O nosso santo moralista pode ficar tranquilo quanto a esse ponto. Os cuidados adquiridos de adquirir honestamente através do trabalho ser-lhes-ão abandonados, a ele e a todos aqueles que representa sem o saber: todos os seus queridos pequenos artesãos arruinados pela liberdade de empresa e moralmente revoltados. Os numerosos prazeres da preguiça fazem igualmente parte das mais banais concepções burguesas.
(Marx e Engels, A Ideologia Alemã, pag 278, 279)
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“A naturezanos dá a vida, como dinheiro emprestado a juros, sem fixar o dia da restituição” (Cícero)
[Eduardo Giannet, O Valor do Amanhã,]
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“A velhice é uma calamidade” (De Gaulle)
[Eduardo Giannet, O Valor do Amanhã]
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“A velhice é a mais inesperada de todas que acontecem a um homem” (Trotski
[Eduardo Giannet, O Valor do Amanhã]
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Ao mirar seu futuro terreno, cada indivíduo tem por desafia conquistar os meios que lhe permitam virar a página do trabalho sob a compulsão da necessidade e tornar-se dono do seu próprio tempo. Embora distante do horizonte da grande maioria, a alternativa de viver da renda de juros sem precisar trabalhar – no sentido de “vender” ou “alugar” parte do seu tempo a terceiros em troca de renda – é algo que poucos recusariam (vide o sucesso das loterias). “Economia de tempo” , dizia Marx, “a isso toda a economia em última instância se reduz”.
[Eduardo Giannet, O Valor do Amanhã]
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No conto “O empréstimo”, Machado de Assis retrata os pedaços de um personagem que possuía “a vocação da riqueza, mas sem a vocação do trabalho”. A resultante desses dois impulsos discrepantes era uma só: dívidas. Elas têm a vocação do crescimento, mas sem a vocação da espera. E a resultante, quando não é inflação ou crise no balanço de pagamentos, é também uma só: juros altos.
[Eduardo Giannet, O Valor do Amanhã]
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A vida não admite solução de continuidade quando necessidades inadiáveis estão em jogo, o aqui-agora governa as ações. O que puder ser feito para atender a essas necessidades, não importando os custos futuros, valerá a pena.
[Eduardo Giannet, O Valor do Amanhã]
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A liberdade de escolha desligada da capitação para o seu exercício é uma expressão vazia. (...) Os indivíduos perecem, mas a sociedade a que pertencem – obra aberta que une na mesma trama os valores dos mortos, dos vivos e dos que estão por vir – segue em frente. O passado condiciona,. O presente de safia; o futuro interroga.
[Eduardo Giannet, O Valor do Amanhã]
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A opção por um mundo em que desfrutar o momento e viver a vida subordine o imperativo de acumular, competir e consumir sempre mais é perfeitamente racional e justificável do ponto de vista ético. Mas, para que isso reflita uma escolha cultural , alguns requisitos precisariam ser atendidos. A pobreza em larga escala num ambiente de profunda desigualdade de oportunidades; o descaso secular com a educação e a conseqüente perpetuação de um sistema de ensino vergonhosamente falho, e, por fim a incerteza e instabilidade do marco institucional são realidades que não só distrocem os valores da convivência, como deformam, em larga medida a psicologia temporal da sociedade. A resultante dessa combinação é o predomínio da razão curta: um estreitamento de horizonte de futuro e a exacerbação da preferência pelo aqui-e-agora em sério prejuízo dos interesses vindouros. Isso não reflete um escolha autônoma – a vitória da “arte de viver” sobre a “arte de acumular” -, mas o jugo de distorções que cerceiam a margem de escolha dos indivíduos e encontram nos juros cronicamente altos uma de suas mais contundentes e perversas manifestações.
[Eduardo Giannet, O Valor do Amanhã]
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Como reconhece o jovem Marx – com uma pitada talvez de exagero –, no sistema econômico vigente nessas sociedades “a principal parte do esforço produtivo, como por exemplo na construção de templos no Egito, Índia e México, pertencia ao serviço dos deuses, assim como o produto final também a eles pertencia”. Se a opção causa estranheza aos olhos modernos, a recíproca não seria talvez menos verdadeira . Afinal, vale indagar, quem ousaria supor que homens algum dia deixariam de oferecer o excedente aos seus deuses e fariam da própria geração de excedentes, cada vez maires, o seu novo deus?
[Eduardo Giannet, O Valor do Amanhã]
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“Economia de tempo”, dizia Marx, “a isso toda a economia em última instância se reduz” [Estudo dos tempos e movimentos]
[Eduardo Giannet, O Valor do Amanhã]
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A sociedade é construída pelos indivíduos que a integram e não existe sem ela. Mas a interação das escolhas e ações desses mesmos indivíduos põem em movimento processos dotados de características próprias: a dinâmica do todo social tem propriedades que não se reduzem à mera soma ou agregação simples das escolhas e ações das partes.
[Eduardo Giannet, O Valor do Amanhã]
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O programa dos Dois Minutos de Ódio variava de dia a dia, sem porém, que Goldstein deixasse de ser o personagem central cotidiano. [Como de hábito a face de Emanuel Goldstein , o Inimigo do Povo, surgira na tela.] Nunca podia ver a face de Goldstein sem uma dolorosa mistura e emoções. Era um rosto judaico, magro, com um grande halo de cabelo branco esgruvinhado e um pequeno cavanhaque (...) Goldstein lançava o costumeiro ataque peçonhento às doutrinas do Partido – um ataque tão exagerado e perverso que uma criança poderia refutá-lo, e no entanto, suficientemente plausível para encher o cidadão de alarme, de receio que outras menos equilibradas o pudessem aceitar.Insultava o Grande Irmão, denunciava a ditadura do Partido, exigia a imediata conclusão da paz com a Eurásia, advogava a liberdade da palavra, a liberdade de imprensa, a liberdade de reunião, a liberdade de pensamento, gritava histericamente que a revolução fora traída – e tudo numa linguagem rápida, polissilábica, que era uma espécie de uma paródia habitual dos oradores do partido, e até continha palavras da Novilíngua: o maior número dessas palavras, com efeito, do que qualquer membro do partido usaria na vida diária. E todo o tempo para que não persistissem dúvidas quanto á realidade ocultada pela lengalenga especiosa de Goldstein, marchavam por trás de sua cabeça, na teletela, infindas colunas do exército eurasiano – fileiras após fileiras de homens sólidos com rostos asiáticos, sem expressão, que vinham até a superfície da placa sumiam, para ser seguidos por outros exatamente idênticos. O ritmo cavo e monótono das botas dos soldados formava uma coluna sonora para os balidos de Goldstein. Antes de o Ódio se haver desenrolado por trinta segundos, metade dos presentes soltava incontroláveis exclamações de fúria.
(1984, George Orwell)
[O ritmo cavo e monótono das botas dos soldados formava uma coluna sonora para os balidos de Goldstein. Antes de o Ódio se haver desenrolado por trinta segundos, metade dos presentes soltava incontroláveis exclamações de fúria.]
No segundo minuto o Ódio chegou ao frenesi. Os presentes pulavam nas cadeiras e berravam a plenos pulmões, esforçando-se para abafar a voz alucinante que saía da tela – o ódio chegou ao clímax.
(1984, George Orwell)
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O Ódio chegou ao clímax. A voz de Goldstein transformara-se de fato num balido de ovelha, e por um instante o rosto se transformou numa cara de carneiro. Depois a cara de carneiro se fundiu na de um soldado eurasiano que parecia avançar, enorme e terrível, com a metralhadora de mão rugindo, parecendo saltar da tela, de modo tão real que alguns da primeira fileira se inclinaram para trás. No mesmo momento, porém, arrancando um fundo suspiro de alívio de todos, a figura hostil fundiu-se na fisionomia do Grande Irmão, de cabelos e bigodes negros.
(1984, George Orwell)
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Ninguém ouviu o que o Grande Irmão disse. Eram apenas palavras de incitamento, o tipo das palavras que se pronunciam no vivo do combate, palavras que não se distinguem individualmente mas que restauram a confiança pelo fato de serem ditas (...) o rosto do Grande Irmão pareceu persistir por vários segundos na tela.
(1984, George Orwell)
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Boa parte da produção literária do passado estava, na verdade, sendo transformada dessa maneira. Por uma questão de prestígio, tornou-se desejável preservar a memória de determinados personagens históricos e adequar seus atos á filosofia do Ingsoc [ideologia dominante]. Vários escritores, como Shakespeare, Milton, Swift, Byron, Dickens e outros, estavam sendo traduzidos dessa maneira; quando esse trabalho fosse concluído, suas obras originais, juntamente com tudo o que havia restado da literatura do passado seriam destruídas. Essas traduções significavam um processo lento e difícil e não se esperava que fossem concluídas antes da primeira ou segunda década do século vinte e um. Havia também grande quantidade de literatura meramente utilitária – manuais técnicos indispensáveis e publicações semelhantes – que deveria ser tratada da mesma maneira. Foi principalmente para dar tempo a esse trabalho preliminar de tradução que se fixou uma data tão distante como a do ano de 2050 para a adoção definitiva da Novilíngua.
[Novilíngua: Um vocabulário novo, novas palavras que são impostas e substituem palavras antigas que dão liberdade ao pensamento]
(1984, George Orwell)
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Para Marx o ideal desenvolvimentista, do primeiro ao último de seus escritos (...) exala outro tipo de trabalho que habilitará o homem a desenvolver livremente suas energias físicas e mentais (...) No primeiro volume de O capital (...) é essencial para o comunismo transcender a divisão do trabalho capitalista:
... o indivíduo parcialmente desenvolvido, meramente portador de uma função social especializada, deve ser substituído pelo indivíduo plenamente desenvolvido, adaptável a várias atividades, pronto para aceitar qualquer mudança de produção, o indivíduo para quem as diferentes funções sociais que desempenha são formas variadas de livre manifestação dos seus próprios poderes, naturais e adquiridos.
Essa visão do comunismo é inquestionavelmente moderna (...) mais ainda em seu ideal de desenvolvimento como forma de vida boa.
(Tudo que é Sólido Desmancha no Ar, Marshall Berman – A aventura da modernidade, pag. 104, 105)
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A dialética da nudez que culminará em Marx é definida logo no início da era moderna, no Rei Lear de Shakespeare. Para Lear, a verdade nua é aquilo que o homem é forçado a enfrentar quando perdeu tudo o que os homens podem tirar-lhe, exceto a própria vida. Vemos sua família voraz, impelida apenas pela vaidade cega, rasgar seu véu sentimental. Despido não só de político mas de qualquer de dignidade (...) ele se detém e estremece, assalta-lhe o pensamento de que todo o seu reino está repleto de pessoas cujas vidas inteiras são consumidas por um sofrimento devastador, interminável, que lhe começa a experimentar exatamente agora. Quando estava n poder, jamais o notara; todavia agora estreita a visão para o captar:
Pobres miseráveis desnudos, onde quer que estejam,
Que aguardam o golpe dessa impiedosa tormenta,
Como suas cabeças desabrigadas, seus ventres vazios,
Seus rostos e imundos farrapos poderão protegê-los
De intempéries como estas? Oh, dei muito pouca
Atenção a isso! Toma este remédio, oh pompa inútil:
E tu, que possas sentir o que os miseráveis sentem,
Para que o supérfluo de tua dor se espalhe entre eles
E mostre bem clara a justiça dos céus. (III, 4, 28 – 36)
Só agora Lear chega a ser o que almeja: “rei dos pés a cabeça”. A tragédia está em que a catástrofe que o redime humanamente, politicamente o destrói: a experiência que o qualifica de maneira genuína para ser rei torna impossível tal realização. Seu triunfo consiste em tranformá-lo em algo que ele jamais havia sonhado ser, um ser humano.
(Tudo que é Sólido Desmancha no Ar, Marshall Berman – A aventura da modernidade, pag. 104, 105)
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Não obstante, a verdade é que, como Marx o vê, tudo o que a sociedade burguesa constrói é construído para ser posto abaixo. “Tudo o que é solido” – das roupas sobre nossos corpos aos teares e fábricas que as tecem, aos homens e mulheres que operam as máquinas, às casas e aos bairros onde vivem os trabalhadores, às firmas e corporações que os exploram, às vilas e cidades, regiões inteiras e até mesmo as nações que as envolvem – tudo isso é feito para ser desfeito amanhã, despedaçado ou esfarrapado, pulverizado ou dissolvido, a fim de que possa ser reciclado ou substituído na semana seguinte e todo o processo possa seguir adiante, sempre adiante, talvez para sempre, sob formas cada vez mais lucrativas.
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