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quinta-feira, 28 de abril de 2011

A crítica do Vianna

Hoje ao ler a matéria de capa do Segundo Caderno do Globo, não me contive e me indignei!

Segundo a matéria do jornalista Luiz Fernando Vianna, página 2 do caderno, ele diz que: "A falta de uma reflexão crítica no Rio pode ter um fundamento econômico"...

Pois é no Rio existe sim uma reflexão - reflexão crítica! - com relação às artes, o que inclui a reflexão musical também... Mas essa reflexão musical, que é pautada na economia de uma sociedade de mercado - em que vivemos - também é pautada por uma reflexão ideológica, que anda enfraquecida, mas que existe!

Segundo Marcelo Calado, bateirista de Caetano Veloso, o Rio de Janeiro tem artistas tão bons quanto os de São Paulo, a diferença é que lá estes artistas se organizam melhor! Ele afirma ainda que "o público aqui só se interessa por quem está estourando", e como ele mesmo diz: "Nós, músicos, somos um pouco da turma do chileno", pois afirma não terem eles um pensador, como o Romulo Fróes, em São Paulo.

De acordo com o pensamento de Mariano Marovato, doutorando da Pontifícia Universidade Católica (PUC), na música carioca falta de tudo, e talvez até, como relata, "argumentação crítica devido ao comodismo", pois a música em processo acabou porque as pessoas só vão aonde todo mundo vai... na verdade, segundo a matéria "Quem pensa esta cena?", a atitude de coesão (paulista) é maior do que os da Música Popular Carioca (MBC), que a mídia tentou rotular como Farofa Carioca.

No Rio de Janeiro, não só na música, mas também nas artes plásticas, artes cênicas, poéticas e todas as outras também se encontra, meio que bagunçadas, o que segundo a Teoria do Caus, no meio desta bagunça é possível se encontrar uma ordem.

E quem vai dar esta ordem, este ordenamento social é a poesia!

Isso aconteceu, segundo Luiz Vianna, porque "às velocidades das comunicações jogou por terra qualquer possibilidade de movimento"", mas a crítica e a teoria, no Rio, estão ativas. Enfraquecidas sim, mas ativas!

Infelismente com a poesia aconteceu a mesma coisa; só que nós, poetas, nos movimentamos de maneira independente das manobras do Mercado, que na realidade nunca nos prestigiou, por achar que: "Poesia não tem valor de mercado." 

Todos os poetas, não só os dos Rio  onde a efervescência é muito grande, em todas as planícies,  estados e regiões do Brasil!!! 

_ O artigo de Vianna, na verdade, fala da arte musical, mas as relações da música e da poesia são tão estreitas, que não deu para ficar calado...  Na verdade, penso que poesia na atualidade engloba todas as manifestações artísticas, porém, cada uma delas se utiliza de artimanhas diferentes para conquistar o seu público.

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