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sábado, 16 de abril de 2011

Gafe o fato....

Bem, a história conhecida é que quando os Voluntários da Pátria retornaram da Guerra do Paraguai, que teve início em novembro de 1864 e acabou em 1870, os militares, muitos deles escravos que conquistaram, devido à vitória na guerra, sua alforria (cerca de 8 mil escravos lutaram na Guerra do Paraguai).
Após da lei Áurea, de 1888 o Rio começou a receber escravos libertos que abandonavam cidades vizinhas e outras regiões do país, que ocuparam as zonas periféricas da cidade, o que aumentou o número populacional sem ter uma estrutura organizada para isso.
No final do sécuo 19 surge a primeira favela do Rio, segundo o estoriador Franklin Ferreira de Aquino, que atualmente é a comunidade do morro da Providência, situada atr´sa da Central do Brasil. A comunidade foi batizada inicialmente pelo nome de favela, que é o nome de uma planta que existia em abundãncia na região de Canudos, na Bahia. Depois o nome favela se expalhou por outras comunidades do Rio de Janeiro...
O Morro do castelo era visto como o símbolo degredado do passado português, pois nele havia sido construída uma fortaleza com vista privilegiada para o monitoramento da baía de Guanabara. No ano de 1921 o prefeito do Distrito Federal, Carlos Sampaio decretou o fim no morro, que foi demolido no ano seguinte...
A modernização destruidora do Estado visava eliminar a cidade colonial, com ruas estreitas e sinuosas, como também romper com os valores culturais do tempo em que o país era colônia de Portugal, valorizando assim a inserção cultural e econômica europeia, fazendo a absorção da visão de mundo francês.
A construção de um novo Centro, portanto, significava a construção de um novo país, regido pela ordem Republicana. No entanto, esse ideário progressista não atendia ao bem-estar geral da população. Com o desmonte do Morro do castelo e o arrasamento do bairro da Misericórdia, que ficava no sopé do morro, desapareceram da cidade duas áreas residenciais que haviam resistido à reforma de Pereira Passos. No Morro do Castelo residiam aproximadamente 5 mil pessoas.
O prefeito Carlos Sampaio, nos últimos meses de demolição, devido as controvérsias sobre o desaparecimento do Hospital São Zacharias e do complexo jesuítico frustrou os defensores dos valores históricos do morro dizendo: "...Como se fosse possível arrasar o morro do Castelo sem demolir tudo o que se achava sobre ele..." Carlos Sampaio  finalizou o seu mandato de prefeito no dia 15 de novembro de 1922: seu mandato é comparado às reformas de Pereira Passos, pois marco de forma definitiva a paisagem do Rio de Janeiro...   
Segundo Ferreira os primeiros moradores do morro da favela eram ex-combatentes da Guerra de Canudos (1893 à 1897) e os ex-combatentes da Guerra do Paraguai, que não tinham dinheiro para voltarem aos seus locais de origem. Ox ex-comatentes se fixaram no morro da favela devido a promessa do governo de dar casas na então capital federal...
O historiador Miro Teixeira defende a tese de que os ex-combatentes ocupavam cortiços e quartos alugados por toda a cidade, mas não o Morro da Providência, onde existiam apenas chácaras...
Bem, segundo Marcelo Crivela, "se há uma hipótese de que tenham ido ocupar cortiços e cômodos, o que exigiria deles mais recursos, certamente há também essa de que tenham ocupado as partes planas ao sopé do Morro da Providência, tendo em vista a proximidade com o epicentro da capital, que desde a sua fundação se desenvolveu entre o morro do Castelo, o Morro de São Bento, o Morro do Estado e o Largo da Carioca. Não podemos nos esquecer que ali próximo se situava o Cais do Valongo, onde efetivamente desembarcaram.
Ferreira diz ainda que durante o preríodo de presidência de Getúlio Vargas, que assumiu o poder com a Revolução de 30, encerrando a política do Café com Leite, política esta que se instalou após a expulsão da família real do Brasil, quando um grupo de militares liderados pelo Marechal Deodoro da Fonseca deu um golpe de estado, sem o uso de violência. Ele depôs o imperador do Brasil, Pedro II e o Presidente do Conselho de Ministros do Império, o visconde de Ouro Preto.
naquele dia 15 de novembro de 1889 foi instituido o Governo Provisório republicano, no qual o marechal Floriano peixoto era vice-presidente. Como ministros o governo provisório tinha: Benjamim Constant de Magalhães, Quintino Bocaiuva, Rui Barbosa, Campos Sales, Aristides Lobo, Demétrio Ribeiro e o almirante Eduardo Wandenkolk, que eram todos menbros da maçonaria brasileira...
No último gabitane ministerial do império, empossado no dia 7 de julho de 1889, no qual foi empossado Afonso celso de Assis Figueiredo, o visconde de Ouro Preto, que era do Partido Liberal, apresentou uma última e desesperada tentativa de salvar o império. Apresentou à camara-Geral, atual cãmara dos deputados, um programa de reformas políticas que contavam: maior autonomia administrativa para as províncias, liberdade de voto, liberdade de ensino, redução das prerrogativas do conselho de Estado, mandatos limitados - não vitalícios - ao Senado federal...
As propostas do visconde de Ouro Preto visavam preservar a Monarquia, mas foram vetadas pelos deputados, de tend~encia conservadoras, que eram maioria na Câmara Geral.
Diz-se que as reformas do visconde de Ouro Preto chegaram tarde demais...
No dia 15 de novembro a república era proclamada e com Dom Pedro II fora do Brasil, o país estava, pela primeira vez nas mãos de políticos...      

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