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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

sinuosidade aguda...

"A arte não é de quem faz, e sim de quem precisa dela" - Siviane Neno.

Quem é artista é artista, não adianta negar a natureza!


Exercer-se em linha reta é fazer "mais do mesmo", como diria Renato Russo. Oscar Niemeyer diria então, neste contexto, que 'precisamos da sinuasidade da curva'...

(Por Debtro do Globo - 18/08/11)

Durante uma festa, no início da década de 1990, um colégio no Leblon (Zona Sul do Rio) convidou os pais dos alunos para uma brincadeira com os filhos. Os dois deviam fazer juntos uma pequena escultura de argila. Fernando, o estudante, e Francisco, seu pai, esculpiram o então presidente Fernando Collor, fazendo com a mão direita o "V" da vitória, gesto acracterístico de seu curto mandarinato - e com a esquerda, aquele, do dedo médio em riste. A estátua, na verdade, revela o DNA do humor comum à família Caruso, do hoje humorista Fernando, e do cartunista Chico caruso, reserva de brilhantismo diário na primeira página do GLOBO.

tanto talento, na verdade, é do espanhol chamado paco, avô de Chico e de paulo, seu irmõ g~emeo e colega de cartum, que sempre apostou no potencial artístico dos dois mas, na adolescência, a busca por um emprego "de verdade" levou Chico à faculdade de arquitetura, onde o desenho ganharia seriedade, "ajudaria a resolver problemas". Deu errado.

- Não conseguia imaginar as pessoas morando dentro de algo traçado por mim - relembra o cartunista. - E tinha que desenhar em linha reta. Era uma prisão.

A liberdade dos traços sinuosos foi o presente para os leitores, brindados diariamente com imagens inesquecíveis, na capa do jornal. Chico, que vive do desenho desde os 17 anos, concebe suas joias numa salinha num canto da Redação. Por muito tempo, usou uma mesa na editoria de arte, ao alcance dos olhos de quem passava, em direção á lanchonete. Era um show de talento, acompanhado pelos jornalistas do GLOBO e visitantes. mas o artista da primeira página não faz de seu talento um pretexto para agrados cotidianos, Nunca deu um desenho de presente, por exemplo.

- Desenhar dá muito trabalho, leva tempo. Prefiro comprar algo pronto - revela Chico, com o despojamento de quem trata os pendores como algo corriqueiro.


Pois é, com a arte poética tanbém é assim, pois a poesia sempre é alguma coisa corriqueira!!!

Dennys Andrade   


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