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terça-feira, 20 de agosto de 2013

Sociedades iniciais

{Admitamos que Feurbach tem sobre os materialistas "puros" a grande vantagem de se aperceber de que o homem é também um "objecto sensível" (...) mas esta distinção apenas tem sentido se se considerar o homem como sendo diferente da natureza. De qualquer forma, esta natureza que precede a história dos homens não é de forma alguma a natureza que rodeia Feuerbach; tal natureza não existe nos nossos dias, salvo talvez em algum atóis australianos  de formação recente, e portanto não existe para Feuerbach.

(...)

Não cria as atuais condições de vida. Não consegue apreender o mundo senssível como soma da atividade vica e física dos indivíduos que o compôem e, quando por exemplo obsera um grupo de homens com fome, cansados e tuberculosos, em vez de homens de bom porte, é constrangido a refugiar-se na concepção superior das coisas e na conpensação ideal no interior do Género; cai portanto o idealismo, precisamente onde o materialismo vê simultaneamente anecessidade e a condição de uma transformação radical tanto da indústria como da estrutura social.

(...)

Em todas as revoluções anteriores, permanecia inalterado o modo de actividadee procedia-se apenas a uma nova distribuição dessa actividade, a uma nova repartição do trabalho entre outras pessoas; a revolução é, pelo contrário, dirigida contra o modo de criativdade anterior - suprime o trabalho e acaba com a dominação de todas as classes pela supressão das póprias classesde todas as nacionalidades, etc. 

Torna-se necessária uma transformação maciça dos homens para criar em massa essa consciência e levar a bom termo esses objectivos; ora uma tal transformação só pode ser efetuada por um momento prático, por uma revolução; esta não será então apenas becessária pelo facto de construir o único meio de liquidar a classe dominante, mas também porque só uma revolução permitirá à classe que derruba a outra aniquilar toda a podridão do velho sistema e tornar-se apta a fundar a sociedade sobre bases novas.

Esta concepção da história tem portanto como base o desebvolvimento do processo real da produção, concretamente a produção material da vida imediata; concebe a forma das relações humanas ligadas a este modo de produção e por ele engendra, isto é, a sociedade civil nos seus diferentes estádios, como sendo o fundamento de toda a história. Isto equivale a representá-la na sua acção enquanto Estado, a explicar através dela o conjunto das diversas produções teóricas e das formas da consci~encia, religião, moral, filosofia, etc., e a acompanhar o seu desenvolvimento a partir destas roduções; o que permite naturalmente representar a coisa na sua totalidade (e examinar ainda a acção reciproca dos seus diferentes aspectos).... se mantendo constantemente no plano real da história; não tenta explicar a prática a partir da ideia, mas sim a formação das ideias a partir da prática material; chega portanto , à conclusão de que todas as formas e produtos da consciência podem ser resolvidos não pela crítica intelectual, pela redução à "Consciência de si" ou pela metamorfose em apariçõessem fantasmas, mas unicamente pela destruição prática das relações sociais concretas de onde nasceram as bagatelas idealistas. Não é a Crítica, mas sim a revolução que constitui a força motriz da história (...) da filosofia ou de qualquer outro tipo de teoria.             

[Trechos da Ideologia Alemã - Marx]

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