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sábado, 17 de dezembro de 2011

(Tudo o Que é Sólido Desmancha no Ar – Marshal Bermam)

“Pode acontecer então que voltar atrás seja uma maneira de seguir adiante: lembrar os modernistas do século XIX talvez nos dê a visão e a coragem para criar os modernistas do século XXI. Esse ato de lembrar pode ajudar-nos a levar o modernismo de vlta às suas raízes, para que ele possa nutrir-se e renovar-se, tornando-se apto a enfrentar as aventuras e perigos que estão por vir. Apropriar-se das modernidades de ontem pode ser, ao mesmo tempo uma crítica á modernidade de hoje e um ato de fé nas modernidades – e nos homens e mulheres modernos – de amanhã e do dia depois de amanhã.

“O problema estava em  que o modernismo pop nunca desenvolveu uma perspectiva crítica que pudesse esclarecer até que ponto devia caminhar essa abertura para o mundo moderno e até que ponto o artista moderno tem a obrigação de ver e denunciar os limites dos poderes deste mundo.  

Eles insuflaram ar novo e alegria em um ambiente cultural que, a partir da década de 50 [século XX], vinham se tornando insuportavelmente solene, rígido e fechado. Esse modernismo pop recriou a abertura para o mundo, a generosidade de visão de alguns dos grandes modernistas do passado – Baudelaire, Whitman, Apollinaire, Maiakovsk, William Carlos Williams. Mas se esse modernismo encontrou sua empatia imaginativa, nunca aprendeu a recapturar o seu lado crítico”

Max Weber depositava pouquíssima fé no povo e menos ainda em suas classes dominantes, aristocráticas e burguesas, burocráticas ou revolucionárias.

Muitos pensadores do sécolu XX passam a ver as coisas desse modo: as massas populantes, que nos pressionam no dia-a-dia e na vida do Estado, não têm sensibilidade, espiritualidade ou dignidadecomo as nossas.”

“Paradoxalmente, é bem possível que esses primeiros modernistas nos compreendam – a modernização e o modernismo que constitui nossas vidas – melhor do que nós nos compreendemos. Se puder fazer nossa a sua visão e usar suas perspectivas para nos ver e ao nosso ambiente com olhos mais desprevinidos, concluiremos que há mais profundidade em nossas vidas do que supomos. E voltaremos a tomar contato com uma cultura modernista admiravelmente rica e vibrante e que tem brotado dessa lutas: uma cultura que contém vastas reservas de força e saúde, basta que a reconheçamos como nossa.”






“Abdicaram de sua tentativa de construir um modelo eventualmente mais verdadeiro para a vida moderna. Em vez disso retalham a modernidade em uma série de componentes isolados – industrialização, construção, urbanização, desenvolvimentos de mercados, formação de elites – e resiste a qualquer tentativa de integrá-los em um todo. Isso libertou-os de de generalizações extravagantes e vagas totalidades – mas também do pensamento que poderia conduzir ao engajamento de seu trabalho e suas vidas e à determinação do seu lugar na história.”

“O eclipse do problema da modernidade nos anos 70 significou a destruição e uma forma vital de espaço público. Acelerou a desintegração do nosso mundo em um aglomerado de grupos de interesse privado, material e espiritual, vivendo em Mõnadas sem janelas, ainda mais isolados do que precisamos ser.”  


Revolução dos Versos _ Dennys Andrade

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