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sábado, 24 de setembro de 2011

Fato Poético Social

Revolução dos Versos



Minha ação não é política, mas sim poética! No dia 6 de setembro (2011), quando a ONG Rio de Paz colocou as vassouras enterradas na praia de Copacabana, no Posto 2, por volta do meio-dia eu também fui lá, conversei com os integrantes da ONG, e constatei que o objetivo é mostrar a inconformação com a situação atual. Eles disseram que estavam lá desde as 4:30 da manhã...

Legal! É um jeito de se manifestar!!!

Depois desse encontro no Posto 2, fui andando pelo Calsadão de Copacabana, e quando cheguei em frente ao Copacabana Palace, fiz a minha manifestação:

_ Fiz um varal de poesias CONTRA A CORRUPÇÃO utilizando poesias, frases e versos de grandes autores brasileiros, que selecionei das Sopinhas de Versos já feitas, para manifestar a minha indignação...

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"Palavra puxa palavra, uma ideia traz a outra, assim se faz um livro, um governo, uma revolução." (Machado de Assis)
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 “Traçar-lhes a história é fazer em grande parte a nossa mesma história” (Euclides da Cunha)

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"Basta amar para escolher bem;o diabo que fosse era sempre boa escolha."       (Machado de Assis)

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Com a chave na mão              (trecho, José)
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.              (Carlos Drummond de Andrade)
José, e agora?

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“Ora, esta identidade de estímulos, efeito de antiqüíssimo contágio, reveste-nos de importância considerável na situação atual.”   (Euclides da Cunha)

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Sinto-me disperso,
Anterior a fronteiras,
Humildemente vos peço                   (trecho, Sentimento do Mundo)
Que me perdoeis.
Quando os corpos passarem,
Eu ficarei sozinho
Desfiando a recordação                  (Carlos Drummond de Andrade)
Do sineiro, da viúva e do microscopista
Que habitavam a barraca
E não foram encontrados
Ao amanhecer
Esse amanhecer
Mais noite que noite.



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Porém, ao conversar com um sociólogo sobre a manifestação realizada, que depois, foram utilizadas pelos integrantes do grupo #NAS RUAS do Facebook, como forma de manifesto, ao varrer as ruas do Centro do Rio, em frente à Câmara dos Deputados, no dia seguinte à manifestação de Copacabana; isto é, dia 7 de setembro, ouvi uma história que me fez refletir...

"A vassoura foi usada por Jânio Quadros para se eleger à presidência, e depois ele quis dar um Golpe de Estado, ao apresentar a sua carta de renúncia à Câmara... O golpe não deu certo porque o órgão aceitou a carta de renúncia!"

O professor Carlos Roma - professor 01 da Estácio de Sá -, durante uma aula sobre este fato hitórico brasileiro, afirmou que Jânio Quadros queria dar um Golpe devido ao número e votos recebidos por ele na eleição, visando o clamor popular, tendo visto que Getúlio voltou ao poder assim!

Em sua carta de Renúncia afirma ser precionado por 'forças ocultas' que nunca foram esclarecidas... Em fim, este é o embrólio eleitoral brasileiro.

Este sociólogo - Pedro Paulo Cruz - afirmou que a vassoura, na política brasileira, tem uma sinbologia muito grande...

O #NAS RUAS também utilizaram a vassoura! Viu a simbologia? O grupo é um braço político do PT.

_ Viu o indício de Golpe???

Por isso sou a favor de uma ação Poética e não Política!

Uma ação Poética vem a ser mais eficaz do que uma ação diretamente Política justamente pelo seu status de APARTIDARISMO. Ser partidário em poesia leva á loucora, ou ao suicídio: haja visto a retratação de alguns intelectuais, por exemplo, que foram denominados como SOCIÓLOGOS DO PT  por defenderem as idéias Petistas no passado.

A Marilena Chaui, que carrega este status até hoje!

A poesia não está á serviço de ninguém, e nem nunca esteve!
Veja a história de Vladimir Mayakovsk: teve um professor meu, o André Filipe de Lima que disse que este poeta escreveu a pesia "O balaço" e deu um tiro na cabeça...
                                                                                   (wikipedia)
Fortemente impressionado pelo movimento revolucionário russo e impregnado desde cedo de obras socialistas, ingressou aos quinze anos na facção bolchevique do Partido Social-Democrático Operário Russo.Detido em duas ocasiões, foi solto por falta de provas, mas em 1909-1910 passou onze meses na prisão. Entrou na Escola de Belas Artes, onde se encontrou com David Burliuk, que foi o grande incentivador de sua iniciação poética. Os dois amigos fizeram parte do grupo fundador do assim chamado cubo-futurismo russo, ao lado de Khlebnikov, Kamiênski e outros. Foram expulsos da Escola de Belas Artes. Procurando difundir suas concepções artísticas, realizaram viagens pela Rússia. Após a Revolução de Outubro, todo o grupo manifestou sua adesão ao novo regime. Durante a Guerra Civil, Mayakovsky se dedicou a desenhos e legendas para cartazes de propaganda e, no início da consolidação do novo Estado, exaltou campanhas sanitárias, fez publicidade de produtos diversos, etc. Fundou em 1923 a revista LEF (de Liévi Front, Frente de Esquerda), que reuniu a “esquerda das artes”, isto é, os escritores e artistas que pretendiam aliar a forma revolucionária a um conteúdo de renovação social. Fez inúmeras viagens pelo país, aparecendo diante de vastos auditórios para os quais lia os seus versos. Viajou também pela Europa Ocidental, México e Estados Unidos. Entrou freqüentemente em choque com os “burocratas’’ e com os que pretendiam reduzir a poesia a fórmulas simplistas. Foi homem de grandes paixões, arrebatado e lírico, épico e satírico ao mesmo tempo. Oficialmente, suicidou-se com um tiro em 1930, sem que isto tivesse relação alguma com sua atividade literárira e social. Mas o fato é que o poeta estava sendo pressionado pelos programas oficiais que desejavam instaurar uma literatura simplista e dita realista, dirigidos por Molotov e perseguindo antigos poetas revolucionários como o próprio Maiakovski[1]. Em vista disso, aponta-se a possibilidade real de um suicídio forjado por motivos políticos.

Já outro site, o www.apropucsp.org.br/revista/ que fala sobre o poeta:

O dilema de Maiakovski teve relação direta e efetiva com as críticas que apontavam o descompasso existente entre suas metáforas ousadas/instigantes/intrigantes e uma linguagem mais despojada, capaz de conquistar efetivamente o coração do povo. Nesse sentido, o combate/crítica dirigido ao poeta era dos mais virulentos. Críticos e polemistas não entendiam o posicionamento do poeta em relação ao fazer poético. Não entendiam como os operários e os camponeses poderiam chegar à compreensão de certos versos do poeta, como por exemplo estes, de seu poema “Incompreensível para as massas”:Poesia, Amor e Revolução; um tripé interessante, pois na sociedade atual só se realiza as coisas que são feitas com Amor. A Poesia é amor. Um amor por lguma coisa ou alguém que se está apaixonado!
Qualquer Revolução só se realiza através de sentimentos exarcerbados, sejam estes de amor ou ódio...
O Amor puxa a Poesia. A Amor acarreta a Revolução. O Amor é um sentimento bom! A Política nos traz os piores sentimentos do mundo...

                                 Política                              Desespero

               Amor                         Desesperança


Poesia                    Revolução                   


O tripé Poesia, Amor e Revolução faz um triângulo perfeito, mas como na economia, a Política, que acarreta outros fatores pode ocasionar uma crise em W. Uma crise pessoal, eixistencial e social!

Se você leitor chegou até aqui, responda você mesmo:

             Qual a função do poeta na Sociedade??? 

Dennys Andrade
E para a massa
flutuam
dádivas de letrados –
lírios,
delírios,
trinos dulcificados.
Considerado um talento artístico incomum (poesia, pintura, cinema, teatro, publicidade, jornal), Maiakovski foi alertado por David Burliuk - em cujo estúdio ensaiava alguns desenhos - no tocante à sua excelência como poeta e decidiu-se pela poesia. Era na poesia que estava a sua genialidade, afirmara o amigo Burliuk com convicção após ter tido a oportunidade de ler algumas de suas primeiras composições poéticas (“Tenho diante de mim um poeta genial”).
Burliuk se tornará uma espécie de anjo da guarda do poeta, protegendo-o sempre, a ponto de oferecer-lhe ajuda financeira para que pudesse dedicar-se exclusivamente ao trabalho poético.
Em 1912, com 19 anos, Maiakovski publicou seu primeiro poema, “Noite”. A partir daí, ele tornou-se um poeta marcado pelo sinete da rebeldia exacerbada e desmedida. Apoiou sua vida no tripé e RevPoesia, Amor e Revolução. A revolução se fez poesia e o amor se converteu em revolução. Como diretriz artística, o poeta optou pela vanguarda, que se bifurcaria em vanguarda formal e vanguarda revolucionária.
Em sua poesia, vida e obra acabaram por se interpenetrar.
Maiakovski conseguiu uma união orgânica e concreta de seus sentimentos pessoais com o coletivo de grande complexidade do contexto russo-soviético. Para ele, o amor era pura fonte de poesia, e falar de amor era falar de Lili Brik, que era mulher de Óssip Brik, outro grande intelectual, e foi a grande musa de sua vida .
Afora o teu amor
Para mim
Não há mar,
E a dor do teu amor nem a lágrima alivia
[...]
Afora o teu amor,
Para mim
Não há sol,
E eu não sei onde estás e com quem.
[...]
Afora o teu olhar
Nenhuma lâmina me atrai com seu brilho.

(Entre outras poesias e outros autores também...)

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