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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Popularização

É impressionante a reação das pessoas nas ruas ao receberem uma Sopinha de Versos, pois elas, as pessoas, não estão esperando receber nada de graça, ainda mais poesia, na rua...
Algumas me perguntam quanto é e eu respondo "nada"... Elas ficam felizes, leem e guardam a poesia no bolso, o que já é uma mudança muito significativa no paradigma da poesia no Rio de Janeiro.

Este projeto de divulgação de poesia - Sopinha de Versos - começou justamente quando eu percebi que as pessoas tinham uma certa aversão à palavra poesia. Coisa que aliás, as editoras de todo o país, sejam grandes ou de médio porte, se justificam dizendo: "Não há mercado para o seu livro (de poesia)..."

Eu mesmo já recebi três nãos de editoras importantes no cenário nacional e as três diziam a mesma coisa, a saber: "Não há mercado!"

Mas, apesar de todas as editoras às quais me dirigi terem me dito a mesma coisa, sempre me empenhei em divulgar, em popularizar o retorno da poesia na Cidade Maravilhosa, pois, apesar de todo mundo me dizer que não gostava de poesia, quando eu recitava as minhas poesias (do meu livro "Um Toque de Poesia") que tinha de cor, todos gostavam e me diziam: "Pô, legal a poesia, é sua?" , ou seja, todo mndo gosta de ouvir e até mesmo ler a linguagem poética, mas ninguém afirma isso, pois o pensamento (que chega até a ser machista) da sociedade é que "poesia é coisa de menininha indefesa",  e que a mídia até ajuda a divulgar, retratando nas novelas este pensamento. Quem não se lembra da novela O Cravo e a Rosa, que a personagem Bianca, com o esteriótipo de meninimha fraca, indefesa e sonhadora tinha como um dos seus passatempos favoritos ouvir ou recitar poesia?

Só que poesia não é coisa apenas de menininha fraca e indefesa... Dependendo do autor, a poesia é pauleira!!!  Poesia passa uma menssagem!  A poesia divulga um pensamento e faz as pessoas refletirem sobre ele.

Uma vez, lendo uma entrevista do poeta Paulo Henriques, que participou de um ciclo de leitura de poesia promovido pelo Clube do Assinante do jornal O Globo, na entrevista o profissional de jornalismo, não sei se era homem ou mulher, perguntou a ele:

_ Para o que é que serve a poesia?

E lele, o poeta Paulo henriques, poeta convidado do Globo respondeu:

_ Poesia não serve para nada, só pra fazer poesia mesmo.

                                   É mole?                              EU NÃO CONCORDO!!!!!

"Na época fiquei possesso!!! Não acreditava que ele tinha falado aquilo, que é uma coisa que não se deve falar nem no bar da esquina com os bêbados de plantão..."

Então comecei a refletir sobre o pael da poesia na sociedade atual...

E descobri que nessa onda de que poesia não é nada, não é nada, acaba orientando o pensamento da população de uma maneira informal.               

_ Até de bêbado!!!!

Digo isso, claro, em analogia - de modo geral - pois sempre que eu passo no bar e vejo alguém que  conheço eu distribuo as Sopinhas de Versos para todas as pessoas no bar e todas gostam... Algumas até recitam os versos da sopinha... Isso é uma coisa legal! É uma forma de divulgar a poesia de uma maneira sutil, e isso é muito legal!

Para concluir, de dou a liberdade de responder a pergunta feita ao poeta Paulo Henriques pelo jornal O Globo: "Para que é que serva a poesia?"

Resposta:  "Penso que a poesia não tem serventia nenhuma em m primeiro momento, mas é ela que vai orientar o pensamento da pessoa que a lê ou a escuta, pois a poesia tem a função de levar o consumidor dela, seja ele leitor ou ouvinte, a fazer uma reflexão sobre o estado atual das coisas na sociedade." 

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