É impressionante como a receptividade das pessoas muda de um bairro para o outro. Na Villa da Penha as pessoas não são tão receptivas quanto no bairro da Penha, mas acho que é pela quantidade de panfleto que é distribuído no bairro.
Estava eu distribuindo as Sopinhas de Versos em frente ao Carioca Shopping e muitas pessoas se recusaram a pegar a sopinha, que eu estava oferecendo. Tendo em vista a recusa da pessoa, guarva o verso sobrado... Outras pessoas me perguntavam "o que é isso?", e eu respondia "Versinho...".
Aliás, sempre que alguém me pergunta o que é a sopinha de versos, apenas respondo: "Versinho." Existem pessoas que se animam e abrem a Sopinha de Versos com agilidade e presteza, outras se recusam a pegá-as mesmo. Já teve gente que me perguntou se era de graça mesmo. Disse que sim! Outras pessoas me devolvem a poesia após ler e eu apenas afirmo: "A poesia é sua."
A maioria das pessoas agradecem a guardam no bolso, outras não acreditam que realmente é de graça a poesia. Te gente que me pergunta o porquê é que eu estou fazendo isso... Já me perguntaram se eu estava ganhando alguma coisa para divulgar a poesia... Sempre respondo que não, que faço isso porque gosto de poesia e porque a poesia não é devidamente valorizada na sociedade, então, a sopinha foi a forma que eu criei de divulgar a poesia.
No início comecei fazendo-as apenas com autores renomados, como João do Rio, Vinícius de Moraes, Fernando Pessoa, ms agora que eu consegui um apoio para fazer as impressões das folhas que irão se tornar Sopinhas de Versos, que é um curso de inglês que gostou do projeto, comecei a fazer as sopinhas com autores novos, da nova geração.
Na Penha tá dando certo, todo mundo comenta comigo que essa é uma iniciativa legal e que a Penha estava precisando disso...
Quero deixar bem claro que estou falando do bairro da Penha e não o bairro da Villa da Penha, que conversando com o meu amigo Evando, que é o dono da Biblioteca Comunitária Tobias Bareto, descobri que ele já faz uma divulgação de poesia a mais de 20 anos nas praçãs do bairro com um megafone...
_ Legal!!!
Teve um dia que eu estava distribuindo as sopinhas pelo IAPI da Penha e tee u amigo meu que disse que eu era o primeiro que estava distribuindo versos n bairro da Penha, pois ele nunca tinha visto niguém fazer isso antes...
_ Legal... Pioneiro da divulgação da manifestação da poética na Penha.
Espliquei a ele que eu tinha um amigo que faz isso já há 20 anos na Vila da Penha e elevoltou a afirmar que eu era o primeiro a distribuir poesia na Penha... Ele já deve morar no bairro a mais de 30 anos, sei lá... Mas é legal de qualquer forma.
Teve uma vez que estava distribuindo as sopinhas do outro lado da Penha (o lado do Shopping) e recebi uma crítica. A mulher da banca de jornal me disse que a iniciativa não daria certo porque o povo da Penha não era culto o suficiente para entender uma poesia de Camões por exemplo. Retruquei que a sopinha já estava dando o resultado esperado, pois as pessoas já estavam comentndo e discutindo poesia...
Ela voltou aafirmar que as pessoas não leriam a poesia e me sugeriu colocar uma frase para abrir a mente das pessoas... Bem, depois de uma hora discutindo aos berros com ela qual a melhor forma de se chegar na mente das pessoas que não são muito letradas, que segundo ela são maioria daquele lado da Penha ela sugeriu colocar uma frase qualquer antes da poesia.
Na hora não dei muita atenção á sugestão dela, mas depois fui fazendo testes. Coloquei frases de autores renomados nas sopinhas depois da poesia. Essa conversa e isso foi feito no mês de janeiro de 2011 e no próximo sarau, que foi realizado no dia 4 de fevereiro no Largo da Carioca, a Tv Rio Câmara foi cobrir o sarau...
Foi legal! O sarau ficou tão bom, que até a jornalista da TV que foi fazer a cobertura do evento participou. A ocasião foi a primeira vez também que todos os livreiros do Largo da Carioca participaram do sarau - por causa da televisão, mais isso não importa...
Durante o sarau as pessoas que passavam pelo Largo da Carioca vinham me perguntar se poderiam participar, e eu dizia: "Claro!"
Até comentei com o Carlão, que e o dono da banca de livros onde faço o sarau - carioca esquina com Rio Branco - que a preença da equipe de televisão no meu sarau era a realização do meu sonho. Depois chegou o Osvaldo, um poeta amigo meu, que mora no bairro do Rio Comprido...
Foi legal! Foi muito legal!!!
Foi a realização de um sonho: conseguir levar a poesia para a televisão...
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