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sábado, 5 de fevereiro de 2011

Diversidade Cultural

Ontem, dia 4 de fevereiro, primeira sexta-feira do mês, no Sarau da Carioca, foi muito legal. A TV Câmara fez a cobertura do evento. O sarau é realizado na banca do Carlão (livreiro) que fica em frente à Estação da Carioca, esquina com a Rio Branco.

Um sarau que começou no mês de novembro (2010), não me recordo se na ultia ou penúltima sexta-feira do mês... Acho que foi na última!, e uma ou duas semanas depois, voltei lá e fiz o sarau de novo - aí sim, foi na primeira sexta-feira do m|ês de dezembro...

No mês seguinte, na primeira segunda-feira de janeiro, quando fui na banca do Carlão para saber se poderia fazer mais um sarau na sexta, ele me respondeu: "O espaço é seu!" , legal...

Retornei na sexta e fizemos o sarau, que era uma forma de se expressar culturalmente. Nunca tinha mais de três pessoas: eu, o carlão e um outro conhecido dele que ele havia convidado. O carlos Antônio até me perguntava se eu não tinha um grupo de poetas para participarem do sarau e eu respondia que: "Avisar eu aviso, mas nunca niguém vem".

Pois bem: no dia 4 de fevereiro houve tanta gente - muita gente! - que até me surpreendeu, superando as minhas expectativas...

Eu como sempre chego antes, mas ontem cheguei em cima da hora! O Carlão me avisou que tinha uma TV que vinha cobrir o sarau... No início eu não acreditei muito, afinal, eu já batalho hà muitos para colocar a poesia na televisão - coisa que não tem entrada em lugar nenhum -, e então ele me mostrou o cartão da pessoa que havia falado com ele de manhã, então acreditei!

Até falei que eu ia esperar eles chegarem para começar o sarau, mas aí ele resmungou, por assim dizer,:"começa logo" , então dei início ao sarau retirando uma sopinha e ele, na mesma hora disse "não, faz o que você sempre faz"...

E eu, com a minha cara de pau que Deus me deu comecei a falar ás pessoas que passavam pelo Largo da Carioca, ou seja, falar para ninguém e a falar à esmo: "É isso aí galera. Eu gostaria de começar o Sarau da Carioca de hoje. E hoje nós vamos fazer uma homenagem à Fernando Pessoa com a nossa Sopinha de Versos. Cada sopinha tem uma versos do autor. (...) E comecei! Retirei uma sopinha, l os versos que estavam na sopinha e pedi para um outro livreiro retirar uma sopinha. Ele não quis, então o segundo a retirar a sopinha foi o próprio Carlão... Depois o livreiro que eu havia pedido para retirar a segunda sopinha (o Francisco) se interessou e foi o terceiro da fila, quando a equipe de reportagem chegou e todos os livreiros quiseram participar do sarau retirando uma sopinha de Fernando Pessoa para ler.

Nos saraus passados eu até tinha convidado os livreiros a participarem, mas eles se recusaram dizendo que não iriam deixar de ganhar dinheiro para participar de um sarau de poesia, pois o horário, meio-dia, meio-dia-e-meia, é um horário em que se vende muito - o Francisco nuca havia participado porque ele sempre chegava em um horário mais tarde que o sarau. No primeiro que teve, no mês de novembro, ele não participou porque o trafego de pessoas era grande e ele estava atendendo alguns clientes, então não pode participar, mas depois falou comigo que gostaria de ter participado... Nos outros ele chegou mais tarde mesmo.

Em um dos saraus, no mês de janeiro, o carlão falou comigo: "Existe uma diferença entre livreiro e vendedor de livros" , falou isso comigo depois que todos os livreiros e até um saxofonista que fica em frente à entrada da Estação do Metrô me disse que não iria sair do ponto, que ele já estava a mais de vinte anos, para participar de um sarau e deixar de ganhar dinheiro... Mas é isso aí! Que a cultura estava desvalorizada e que ninguém dava valor à ela eu já sabia, então ficou eu e o Carlão nos revezando, lendo os trechos de poesia do Vinícius de Moraes - e foi legal! Nos meses de novembro e dezembro o oeta homenageado foi o João do Rio mesmo, que aliás, é o autor que me deu a ideia da Sopinha de Versos no ano de 2009, no dia 29 de outubro, quando houve o primeiro Sarau Leopoldinense no Centro Cívico Leopoldinense, que é um clube tradicional do bairro da Penha.

Quem me chamou para organizar um sarau no clube foi o Jonas, que é mais conhecido no bairro da Penha como "Mestre Jonas". Ele disse que era para eu organizar um sarau de poesia no Centro Cívico e eu perguntei se poderia ser na próxima semana... Ele disse que sim e afirmou que isso era comigo. Então marquei para a próxima quinta-feira (29 de outubro). Comentei com a minha mãe que o Jonas tinha me chamado para organizar um saau no Centro Cívico, e então, comcei a fazer a divulgação do sarau por e-mail.

Na quinta-feira (dia 29) saiu uma notinha na coluna do Marcelo de mello no caderno Zona Norte do jornal O Globo avisando sobre o sarau, e como havia saído no jornal houveram cerca de 10 pessoas, o que foi legal.

Bem, à tarde, no dia 29, minha mãe me perguntou quem eu iria homenagear e eu respondi que ninguém, então ela afirmou que eu tinha que homenagear alguém, que era pra mim ir pensando... Voltei para casa e comecei a procurar os livros de poesia que tenho, até que achei o livro "A Encantadora Alma das Ruas" do João do Rio. Comecei a ler e percebi que o livro estava cheio de poesias curtinhas, então, comecei a copiar as poesias curtinhas dele como: Se essa rua fosse minha/ Eu mandava ladrilhar/ Com Pedrinhas de brilhantes/ Para o meu amor passar.

Fui para o sarau e falei para as pessoas que lá estavam: "Este é o sarau Leopoldinense, que é um sarau que visa promover a volta da poesia como manifestação de massa, da população. Essa é a minha sopinha de letras que tem os versos de João do Rio, o poeta homenageado de hoje.

Retirei uma poesia da cesta e dei início ao sarau lendo os versos dele, e depois falei uma poesia minha. As pessoas se interessaram! Todos faziam fila para retirar uma sopinha de letras e ler os versos do autor. Ficou tão legal, que no fim as pessoas só se revezavam para retirar os versos do autor - não lendo outra poesia antes ou em seguida.

No meio do sarau a minha mãe me cutucou e disse que o que eu tinha bolado tinha ficado bom, e no final do sarau, conversando com o Mestre Jonas comentei: "Nós poderíamos proclamar a Revolução dos Versos no bairro da Penha, o que você acha?", e ele começou a e mostrar o jornal com a coluna do Marcelo de Mello e dizendo: "Já tá proclamado, chapa! Já tá, proclamado! Olha aqui no jornal! Já tá proclamado!" , então, desde esse dia venho realizando a Sopinha de Versos nos saraus que organizo.

Em uma outra ocasião, no ano de 2010, realizei o sarau no Shopping da Penha, mas no evento fiquei meio sem ação, pois o sarau foi realizado para as crianças de uma escola pública do bairro. Fiquei sem ação porque eu não havia bolado o sarau para fazer com crianças, mas como utilizei as mesmas poesias do João do Rio, o sarau foi um SUCESSO!

O mais impressionante neste dia foi ver como as crianças se esforçavam para ler os versinhos que estavam nas sopinhas de letras. Haviam crianças com dificuldade de ler os versos e haviam criancinhas de maternal também, mas todas se esforçavam ao máximo para ler as sopinhas.

As crinças fizeram uma farra no evento, e eu tentando controlar elas. Aí tinha criança que me cutucava e dizia "agora eu tio", e então eu lia os versos junto com a criança... Foi legal! Foi muito legal! Mas eu não estava preparado para fazern o sarau com crianças. Mas fiz assim mesmo...

Depois os lojistas comentavam o sarau comigo, dizendo que levaram até um susto, pois as crianças estavam fazendo zoeira gritando, coisa que não é muito comum no Penha Shopping.

No mês seguinte ao realizar o sarau, combinei o dia com o a pessoa responsavel pelo marketing do Shopping e ela me disse que estava bolando um evento para ajudar o Rio. O vento se chamaria "Penha Ajuda Rio" e que ele colocaria o sarau neste evento. Eu disse "beleza", mas o nome era srau Leopoldinense".

O responsável pelo marketing do Shopping divulgou com "Penha Ajuda Rio" mesmo, pois ele dizia que só poderia colocar o sarau dentro de um outro evento, pois o nome sarau não atraía gente para o Shopping.

Eu tinha chamado um amigo, o Sérgio Marcio, que é cantor para participar do sarau e falei com o tal marketeiro. Ele, então, combinou uma apresentação no Shopping. O Sérgio participa de um grupo de cantores, digamos assim, independentes, que se reunem uma vez por mês para cantarem, e ele havia me avisado que a pianista só poderia fazer a apresentação em um determinado horário. falei com o marketeiro e ele aceitou as condições apresentadas pelos cantores.

No dia, que não sei bem qual foi a data, mas foi realizado no mês de março de 2010, no horário das 3 horas da tarde o Sérgio e os outros cantores se apresentaram no Shopping, foi legal. Avisei a quem pude sobre o coral que iria se apresentar antes do evento "Penha Ajuda Rio". O coral se apresentou cerca e duas horas antes do evento...

Depois da apresentação dele eu e minha família fomos embora, pois no dia anterior eu havia discutido com o tal marketeiro sobre o sarau. Eu tinha comentado que o ´ltimo sarau tinha sido legal, mas que o Sarau Leopoldinense não foi projetado para ser feito apenas crianças e ele me informou que o sarau era dele, e que ele   não achava que o sarau poderia ser feito com pessoas adultas, e por isso ele chamou a escola...

Falei para ele que o sarau não era dele, e que se fosse parav ser assim eu sa. Não iria do projeto. Ele me deixou à vontade, então, saí do projeto em questão, o tal do "Penha Ajuda Rio". Não que o projeto nõ tenha a sua importãncia e não que o Rio não precise de ajuda naquele momento e agora também, mas se era para eu entrar com o sarau, como um complemento de um outro evento, e ele me impondo condições para que o sarau fosse realizado, afirmei: "Se é para fazer o sarau assim, eu vou parar agora!", e realmente parei de fazer o sarau no Penha Shopping.

Foi uma pena, pois até o dono do Shopping vei me agradecer por estar fazendo o sarau, movimentando a cultura do bairro da Penha.

Recentemente comecei a fazer o sarau no Largo da Carioca, e vamos ver no que vai dar...



          

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