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sábado, 16 de agosto de 2014

A Crítica do Vianna

                                   A crítica do Vianna...

Ao ler a matéria de capa do Segundo Caderno do Globo de hoje, dia 28/04/2011, não me contive e me indignei! De acordo com a matéria do jornalista Luiz Fernando Vianna "a falta de uma reflexão crítica no Rio pode ter um fundamento econômico"... No Rio de Janeiro existe sim uma reflexão crítica com relação às artes, o que inclui a reflexão musical também, mas essa reflexão musical, que é pautada na economia de uma sociedade de mercado - em que vivemos - também é pautada por uma reflexão ideológica, que anda enfraquecida, mas que existe ainda...

Segundo Marcelo Calado relata, o Rio de Janeiro tem artistas tão bons quanto os de São Paulo, a diferença é que lá estes artistas se organizam melhor. Ele afirma ainda que "o público aqui só se interessa por quem está estourando", e como ele mesmo diz: "Nós, músicos, somos um pouco da turma do chileno", pois diz não terem eles um pensador, como o Romulo Fróes, em São Paulo. A sociedade atual está em caus devido às manifestações!!!

De acordo com o pensamento de Mariano Marovato, doutorando da Pontifícia Universidade Católica (PUC), na música carioca falta de tudo, e talvez até "argumentação crítica devido ao comodismo", pois a música em processo acabou porque as pessoas só vão aonde todo mundo vai... Na verdade, segundo a matéria intitulada "Quem pensa esta cena?", a atitude de coesão (paulista) é maior do que os da Música Popular Carioca (MBC), que a mídia tentou rotular como Farofa Carioca.

Na cidade, não só na música, mas também nas artes plásticas, artes cênicas, poéticas e todas as outras artes a cultura se encontra meio que bagunçada sim, mas que segundo a "Teoria do Caus", no meio desta bagunça é possível se encontrar uma ordem. E quem vai dar esta ordem, este ordenamento social é a poesia!

Isso aconteceu, segundo Vianna, porque "às velocidades das comunicações jogou por terra qualquer possibilidade de movimento"", mas a crítica e a teoria, no Rio, estão ativas. Enfraquecidas, mas ativas. Tanto que em julho de 2013 estourou em manifestações e violência...

De acordo com o artigo "a Hitória precisa de classificações" (...) Infelismente com a poesia aconteceu a mesma coisa; só que nós, poetas, nos movimentamos de maneira independente das manobras do Mercado, que na realidade nunca nos prestigiou, por achar que "Poesia não tem valor de mercado."

Todos os poetas, não só os dos Rio, mas de todo o país, onde a efervescência cultural for muito grande: em todas as planícies,  estados e regiões do Brasil, o poeta precisa mostrar ao que veio e passar a sua mensagem. 

O artigo de Vianna, na verdade, fala da arte musical, mas as relações da música e da poesia são tão estreitas, que não tem como se falar de música e não se falar de poesia, enfim: não deu para ficar calado...  Na verdade, poesia, na atualidade, ganhou um novo status, pois ela engloba todas as manifestações artísticas, porém, cada uma delas se utiliza de artimanhas, artifícios (instrumentos) diferentes para conquistar o seu público - essa é uma nova fase, em que o conceito de poesia se estendeu.

Ao se pensar direito a Pós-Modernidade chegou ao Brasil com as manifestações de julho de 2013, em que nem a polícia e nem ninguém sabe como agir. Talvez isso esteja sendo feito para desestimular as famílias a irem às manifestações ou talvez seja mais um reflexo do descontentamento do povo com seus governantes, que por contradição, são os mesmos que foram colocados no Poder por eles (manifestantes) nas eleições.
Talvez as manifestações sirvam para atentar a população a prestar atenção em quem vai votar em 2014, ou “Mais do Mesmo”...
                                                                                                            Dennys Andrade

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