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sábado, 6 de dezembro de 2014

Obra-de-arte

Bem, a obra-de-arte, como Barthes já disse, perdeu a sua aura com a reprudutibilidade técnica, ou seja, deixou de ser a obra prima original para se tornar cópias de si mesma para serem vendidas, em fim...

Porém a arte é revolucionária, apenar de conspiradores de plantão dizerem que não!

A arte nos leva a uma catarse, a uma consciência de si mesmo, que se aplicada, pode trazer a consciência necessária que vai modificar a vida do indivíduo e vai fazê-lo progredir.

Segundo Freud:

"A ligação com a realidade se orna ainda mais frouxa, a satisfação é obtida a partir de ilusões reconhecidas como tais, sem que se permita que o seu afastamento da realidade perturbe o gozo. A região donde provém tais ilusões é a fantasia; quando o desenvolvimento do senso de realidade se completou, ela foi expressamente dispensada das exigências da prova de realidade e foi destinada ao cumprimento de desejos de difícil realização. No topo dessas satisfações fantasísticas se encontra o gozo de obra de arte, também tornado acessível a quem não é criador através da mediação do artista. Quem é sensível à fluência da arte não tem palavras suficientes para louvá-la como fonte de prazer e consolo da vida. No entanto, a suave narcose em que a arte nos coloca não é capaz de produzir mais do que uma fugaz libertação das desgraças da vida, e não é forte o bastante para fazer esquecer a miséria real. / Há outro procedimento mais enérgico e mais radical que considera que o único inimigo é a realidade, a qual seria a fonte de todo sofrimento e com a qual não se pode conviver, sendo preciso, por isso, cortar todas as relações com ela caso se queira ser feliz em algum sentido."

_ Não se pode cortar relações com a realidade porque no fim do mês vem as contas, mas você pode guardar 10% do salário todo mês. Seria um pequeno sofrimento no presente para uma benção no fim de 12 meses ou mais.  

Freud diz ainda:

"O eremita volta as costas para este mundo, não quer ter nada haver com ele. Mas é possível fazer mais do que isso, é possível querer a sua transformação, a construção de um outro mundo em seu lugar, do qual os aspectos mais insuportáveis sejam eliminados e substituídos por outros mais de acordo com os próprios desejos. Em regra, não alcançará coisa alguma quem segue esse caminho para a felicidade com revolta desesperada; a realidade é demasiado forte para ele. / Afirma-se, porém, que cada um de nós se comporta, em algum ponto, de maneira semelhante ao paranóico, corrigindo um aspecto insuportável da realidade. É particularmente digno de note  o caso em que um grande número de pessoas empreende conjuntamente a tentativa de obter garantias de felicidade e proteção contra o sofrimento mediante uma transformação delirante da realidade."       


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